Ano de perdas e de mudanças.
De partidas e de chegadas.
De coisas novas, inesperadas, e de coisas velhas, não assimiladas.
Convenhamos, quem de fato assimila completamente a morte?
Mas o ano está terminando... Amanhã será passado.
Sim eu sei, é só uma convenção... Uma forma quase matemática de parametrizarmos e dividirmos a esperança. Antes e depois... Velho e novo...
Afinal, como disse o poeta,
"A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida"
E que venha 2017!
31/12/2016
10/06/2016
Marcus Jardim Gonçalves
Vulto inconteste da história da Polícia
Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Marcus Jardim Gonçalves exerceu o comando de diversas Organizações Policiais Militares, podendo-se citar a 9ª CIPM, CIPMCães, 35º BPM, 7º BPM, 12º BPM, 16º BPM, além do 1º e do 3º Comandos de Policiamento de Área.
No interior das Unidades que comandava mandava grafar frases bíblicas para exortar sua tropa a bem servir.
“A ninguém queirais extorquir coisa alguma; nem deis denúncia falsa; e contentai-vos com o vosso soldo” (Lucas 3:14, área interna do 7º BPM).
Em meio aos enfrentamentos, às perdas de vidas de sua tropa na área de policiamento do 16º BPM e ao interesse internacional que recaía sobre a política de segurança do Rio de Janeiro, presenteou relator da ONU com réplica de veículo blindado ao recebê-lo em sua Unidade Operacional dizendo:
"Esta é a representação de nosso veículo blindado, carinhosamente apelidado de caveirão, que tantas vidas já salvou. Viva o 16º Batalhão da PM, viva o caveirão!”.
Comandava a circunscrição do 1ª Comando de Policiamento da Capital quando da ocupação, no ano de 2010, do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro. Como tal e como ex. comandante do 16º BPM foi o principal responsável pelo planejamento das ações que mereceram cobertura nacional e internacional.
Ainda no Comando do 1º Comando de Policiamento de Área gerou polêmica ao distribuir cartões de Natal com um Papai Noel PM, trajado de azul e equipado à frente de um veículo blindado.
Desempenhou ainda relevantes cargos no cenário municipal.
Foi Secretário de Segurança Pública de São Gonçalo e de Ordem Pública de Niterói, oportunidades em que fomentou a profissionalização das Guardas Municipais e a integração de esforços entre municípios e estado em prol da segurança pública.
Em Niterói, foi em sua gestão que teve lugar a inauguração do Centro Integrado de Segurança Pública e o advento das Bases Integradas entre PM e Guarda Municipal.
Inovador e disposto à quebra de paradigmas em prol da eficiência foi o responsável por uma das maiores e mais audaciosas inovações voltadas à melhoria do atendimento ao cidadão, implantando, com êxito, a lavratura de termos circunstanciados por servidores da Guarda Civil Municipal de Niterói nas hipóteses de infrações penais de menor potencial ofensivo.
Religioso, fervoroso devoto de São Jorge e maçom, não raras vezes e sem alarde destinava tempo e recursos à filantropia realizando a entrega de brinquedos a crianças carentes e de cestas básicas a famílias necessitadas.
Flamenguista “doente”, trabalhador compulsivo, tinha estranha cisma com as segundas-feiras e era obstinado pela vida e pela Polícia Militar.
Ficava insatisfeito quando seu nome era grafado com “o” e não com “u”. “É Marcus com ‘u’ guerreiro”. “Guerreiro” era a palavra que costumava utilizar ao lidar com pares e subordinados.
Palavra que, em verdade, bem reflete a conduta do Cel Marcus Jardim Gonçalves.
Lutou contra o câncer por mais de uma década e, já nos estertores de sua vida terrena, mesmo acamado no Hospital Central da Polícia Militar, fazia questão de despachar documentos de sua responsabilidade como secretário municipal de ordem pública.
Nas palavras do Cel RR José Maurício Padrone, que bem refletem a estirpe profissional do Cel Marcus Jardim, era ele “homem de ação, justo, motivador e contagiante. Seus posicionamentos e atitudes sempre foram claros e objetivos, respeitados pelos seus pares e adorado pela tropa. Defensor aguerrido da sociedade, entendia o cenário da violência como poucos. Perdem a PM e a sociedade um ícone cujas palavras e ações não serão esquecidas.”.
Na sexta-feira à noite, dia 13/05/2016, em seu leito hospitalar, já sem condições de falar e mesmo de se alimentar, fez questão de responder, com dificuldade e fazendo o gestual da continência, à saudação militar recebida por subordinado que o visitava.
Partiu na madrugada de segunda-feira vítima de câncer prostático metastático. Estava ao lado de sua esposa no quarto 765 do Hospital Central da Polícia Militar.
Em seu sepultamento e em meio às centenas de civis e militares que lotavam o Cemitério Parque da Paz, em São Gonçalo, recebeu a continência de profissionais da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal perfilados à passagem de sua urna, coberta pelas bandeiras do Brasil e do Flamengo.
Ao toque de silêncio, seu féretro desceu à sepultura, mas seu legado dentro e fora da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro continua vivo.
O legado do Coronel de Polícia Militar Marcus Jardim Gonçalves.
Marcus Jardim Gonçalves exerceu o comando de diversas Organizações Policiais Militares, podendo-se citar a 9ª CIPM, CIPMCães, 35º BPM, 7º BPM, 12º BPM, 16º BPM, além do 1º e do 3º Comandos de Policiamento de Área.
No interior das Unidades que comandava mandava grafar frases bíblicas para exortar sua tropa a bem servir.
“A ninguém queirais extorquir coisa alguma; nem deis denúncia falsa; e contentai-vos com o vosso soldo” (Lucas 3:14, área interna do 7º BPM).
Em meio aos enfrentamentos, às perdas de vidas de sua tropa na área de policiamento do 16º BPM e ao interesse internacional que recaía sobre a política de segurança do Rio de Janeiro, presenteou relator da ONU com réplica de veículo blindado ao recebê-lo em sua Unidade Operacional dizendo:
"Esta é a representação de nosso veículo blindado, carinhosamente apelidado de caveirão, que tantas vidas já salvou. Viva o 16º Batalhão da PM, viva o caveirão!”.
Comandava a circunscrição do 1ª Comando de Policiamento da Capital quando da ocupação, no ano de 2010, do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro. Como tal e como ex. comandante do 16º BPM foi o principal responsável pelo planejamento das ações que mereceram cobertura nacional e internacional.
Ainda no Comando do 1º Comando de Policiamento de Área gerou polêmica ao distribuir cartões de Natal com um Papai Noel PM, trajado de azul e equipado à frente de um veículo blindado.
Desempenhou ainda relevantes cargos no cenário municipal.
Foi Secretário de Segurança Pública de São Gonçalo e de Ordem Pública de Niterói, oportunidades em que fomentou a profissionalização das Guardas Municipais e a integração de esforços entre municípios e estado em prol da segurança pública.
Em Niterói, foi em sua gestão que teve lugar a inauguração do Centro Integrado de Segurança Pública e o advento das Bases Integradas entre PM e Guarda Municipal.
Inovador e disposto à quebra de paradigmas em prol da eficiência foi o responsável por uma das maiores e mais audaciosas inovações voltadas à melhoria do atendimento ao cidadão, implantando, com êxito, a lavratura de termos circunstanciados por servidores da Guarda Civil Municipal de Niterói nas hipóteses de infrações penais de menor potencial ofensivo.
Religioso, fervoroso devoto de São Jorge e maçom, não raras vezes e sem alarde destinava tempo e recursos à filantropia realizando a entrega de brinquedos a crianças carentes e de cestas básicas a famílias necessitadas.
Flamenguista “doente”, trabalhador compulsivo, tinha estranha cisma com as segundas-feiras e era obstinado pela vida e pela Polícia Militar.
Ficava insatisfeito quando seu nome era grafado com “o” e não com “u”. “É Marcus com ‘u’ guerreiro”. “Guerreiro” era a palavra que costumava utilizar ao lidar com pares e subordinados.
Palavra que, em verdade, bem reflete a conduta do Cel Marcus Jardim Gonçalves.
Lutou contra o câncer por mais de uma década e, já nos estertores de sua vida terrena, mesmo acamado no Hospital Central da Polícia Militar, fazia questão de despachar documentos de sua responsabilidade como secretário municipal de ordem pública.
Nas palavras do Cel RR José Maurício Padrone, que bem refletem a estirpe profissional do Cel Marcus Jardim, era ele “homem de ação, justo, motivador e contagiante. Seus posicionamentos e atitudes sempre foram claros e objetivos, respeitados pelos seus pares e adorado pela tropa. Defensor aguerrido da sociedade, entendia o cenário da violência como poucos. Perdem a PM e a sociedade um ícone cujas palavras e ações não serão esquecidas.”.
Na sexta-feira à noite, dia 13/05/2016, em seu leito hospitalar, já sem condições de falar e mesmo de se alimentar, fez questão de responder, com dificuldade e fazendo o gestual da continência, à saudação militar recebida por subordinado que o visitava.
Partiu na madrugada de segunda-feira vítima de câncer prostático metastático. Estava ao lado de sua esposa no quarto 765 do Hospital Central da Polícia Militar.
Em seu sepultamento e em meio às centenas de civis e militares que lotavam o Cemitério Parque da Paz, em São Gonçalo, recebeu a continência de profissionais da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal perfilados à passagem de sua urna, coberta pelas bandeiras do Brasil e do Flamengo.
Ao toque de silêncio, seu féretro desceu à sepultura, mas seu legado dentro e fora da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro continua vivo.
O legado do Coronel de Polícia Militar Marcus Jardim Gonçalves.
30/03/2016
Exemplo e ontem
Como dizia Albert Schweitzer, dar
o exemplo não é a melhor forma de influenciar os outros, mas a única.
Ontem, ao completar meu vigésimo
sétimo aniversário de ingresso na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro,
ponderei sobre personalidades com as quais trabalhei e que, com seus exemplos, me
marcaram positiva e negativamente; de soldados a coronéis.
Como dizia meu saudoso pai, eu
deveria observar exemplos em meus locais de trabalho, bons e ruins, copiando os
primeiros e refutando os últimos.
Ontem ainda tive a oportunidade
de comparecer ao prédio em que nasci, no Estácio, na sede do Hospital Central
da Polícia Militar, para visitar uma dessas personalidades, marcante, tenho
certeza, não só para mim.
Lá estava o nem tão velho assim
Coronel de Polícia em mais um capítulo de sua aguerrida luta por restabelecimento.
Aliás, se eu tivesse que escolher uma palavra para simbolizar esse
profissional, ou melhor, esse ser humano, creio que a palavra luta seria a
melhor escolha. Sei que poderia escolher muitas outras: coragem, retidão, força,
fé, coração, etc., mas escolho luta pois é a que me vem a mente no momento em
que me recordo de sua imagem de ontem e
de outrora ao longo de sua carreira dentro e fora da PM do RJ.
Claro que, como todos os
superiores, pares e subordinados com os quais trabalhei, nem sempre houve concordância
em pontos de vista, embora talvez no caso desse Coronel de Polícia tenha sido eu
fonte de não poucas manifestações de superioridade intelectual e moral de sua
parte (não falo agora de hierarquia funcional) ao lidar e relevar, ao
longo de anos de trabalho em conjunto, minhas imperfeições e deficiências.
O Sr. é fonte de inspiração Cel...
Inspiração, por seu legado e amor
institucional, para os homens e mulheres, ativos e inativos, que integram a
importante, mas pouco compreendida e justiçada Polícia Militar do Estado do Rio
de Janeiro.
Certamente inspiração também para
seus familiares por suas demonstrações de probidade e zelo.
Inspiração para centenas de
profissionais de segurança pública de Corporações outras com os quais teve e
tem contato em razão de atribuições exercidas após sua precoce transferência para
a inatividade.
A luta continua Cel!
Coronel de Polícia e Secretário
Municipal de Ordem Pública de Niterói MARCUS JARDIM GONÇALVES