Sempre há; e o sentimento parece ficar mais aguçado quando estamos diante da mudança de gestão governamental, frente ao início do processo eleitoral.
Mas será que há saída para o RJ (e não só do Rio) e, mais particularmente, para o quadro desolador de insegurança em que se encontra?
Embora não haja de fato soluções mágicas para o problema da (in)segurança e seja ele, guardadas as devidas proporções, é claro, algo relativamente peculiar à vida em sociedade nos grandes centros urbanos, há certamente medidas que podem e devem ser adotadas para que seja controlado, tanto do ponto de vista dos dados concretos (insegurança objetiva), quanto abstratos (sensação de insegurança).
No final da década de 1980 um político alcançou a vitória no pleito para o governo do RJ com a promessa de que acabaria com a violência em seis meses. Venceu a eleição e, é claro, não cumpriu a promessa; aliás, jamais poderia cumpri-la; ninguém poderia ou pode.
Por outro lado, o delineamento claro de medidas concretas e objetivas tendentes ao menos e em curto prazo a promover o renascimento da esperança do controle do problema da (in)segurança e a redução de danos direta ou indiretamente relacionados ao mesmo, é algo não apenas factível, mas, por incrível que possa parecer, não oneroso.
A principal questão do RJ no que toca à gestão do problema da (in)segurança não é a escassez de recursos, mas sim o não descortino das inúmeras possibilidades de fazer "mais com menos", promovendo segurança com economia e incremento de qualidade, fruto da otimização de recursos e de protocolos já existentes.