Mais uma grande operação da PM em área carente.
Mais um militar da PM tombado em ação.
Melhor seria dizer a verdade: morto por nada.
Mais um cadáver a virar número em uma trágica estatística ao lado de outros, de policiais, crianças, idosos, senhoras e até mesmo marginais.
A reação? A de sempre!
A polícia civil instaurou inquérito para buscar o culpado.
E quantos dos culpados anteriores foram descobertos?
A polícia militar fará uma nova operação para buscar o culpado (sic); com sorte, sem mais vítimas fatais.
Façamos um breve exercício...
Esqueçamos por um momento dos culpados (em geral, nunca são descobertos mesmo).
Foquemos nos responsáveis!
Voltemos nossa atenção para as autoridades (em geral integrantes da alta hierarquia e recebedoras de consideráveis gratificações).
Até que ponto o dever de cautela em relação à preservação da VIDA tem sido negligenciado pelas autoridades públicas (civis e/ou militares) responsáveis pela deflagração de tais "operações"?
A apuração da responsabilidade das autoridades que determinam/consentem com a deflagração de "operações" em que a perda de VIDA se apresente ao final e regularmente como "efeito colateral indesejado" é medida das mais urgentes no âmbito do sistema de justiça criminal e de segurança pública do RJ.
De quem é a responsabilidade?