Gostaria de saber quais foram os parâmetros objetivos adotados pela UNIVERCIDADE para aferir a gestão de MARCELO ITAGIBA à frente da pasta de segurança pública como a melhor da história.
A indicação consta de manifestação da instituição de ensino, publicada no Jornal o Dia da presente data, onde são pedidos votos para Itagiba (bem como para Sérgio Cabral e João Pedro). É verdade que o tema aborda comparação complicada, já que as administrações da pasta têm sido débeis, amadoras e produzido (ou reproduzido) conseqüências nefastas.
Acredito que apesar da grande campanha feita em prol de Itagiba, abrangendo, inclusive, sucessivas visitas a Quartéis da PM Fluminense para ministrar "palestras" (onde nem sempre é possível se perguntar o que se pretende), participação em eventos festivos na área de segurança pública, além de amplo esforço publicitário que, a propósito, deve estar custando bastante dinheiro, os fatos falarão alto o suficiente para calar glorificações artificiosas.
É sempre bom lembrar que foi o Delegado Itagiba que contribuiu para que a PM permanecesse encerrada em seu anacronismo mórbido, ao interromper a lavratura de termos circunstanciados levada a efeito pelo 7º Batalhão, em São Gonçalo.
É bom lembrar também que os reflexos de suas "políticas públicas" (reconheço que identificá-las é tarefa difícil) persistem até hoje, com força total, afinal, em menos de dez dias, TRÊS CRIANÇAS MORRERAM vítimas (direta ou indiretamente) de ações de "combate ao crime" da PM fluminense.
Será que a UNIVERCIDADE procurou verificar os dados estatísticos alusivos à "gestão" do Delegado Itagiba? Checou as mortes de inocentes ocorridas, fruto do decantado "combate ao crime"? Verificou as pífias (e quase secretas) taxas de elucidação de delitos produzidas pelas Delegacias Legais?
E o que dizer, por exemplo, do jogo do bicho, que afrontava e continua a afrontar nossa inteligência, contribuindo para a disseminação da sensação de impunidade e cuja leniência estatal é, no mínimo, flagrante.
É bom lembrar também que o mesmo termo circunstanciado cuja lavratura pela PM foi impedida por ato do Delegado Itagiba, é instrumento eficaz de atuação estatal em face de tal prática delituosa (além, é claro, de muitas outras).
Por favor, apesar de a UNIVERCIDADE apontar Itagiba como homem "acima de qualquer suspeita", faça campanha CONTRA ELE e, se encontrar alguém disposto a votar nele (e em outros já elencados aqui neste pequeno blog), preste relevante serviço público e forneça esclarecimentos quanto à realidade, como dizem, nua e crua.
24/09/2006
17/09/2006
De quem é a culpa?
Acabo de ler no JB que duas pessoas foram mortas em incursão feita pela PM no Borel. O que também chama um pouco de atenção na matéria é que, diferentemente do que se deu em ocasiões anteriores (ou, ao menos, do que foi argumentado), os mortos eram pessoas inocentes. Trata-se de um policial mililtar de 33 anos e de uma criança de 9 anos de idade, atingida por um disparo na face.
Como de costume, a versão predominante, ao menos do ponto de vista do estado, é de que o tiro que atingiu a criança partiu de traficante de drogas.
Mas, afinal de contas, e daí? Saber de quem é a culpa é, realmente, o mais importante? E, se for, de quem é a culpa?
A culpa eu não sei, mas a responsabilidade está por demais clara (embora, inominada) !
Sendo verídicas as informações constantes da matéria, é oportuno que se verifique quem determinou (ou autorizou) a realização de tal incursão, levada a efeito às 1200 h de um sábado, em localidade densamente habitada, baseada em mera denúncia anônima (dando conta de que o "chefe do tráfico" do Morro do Alemão estaria no Borel) e incumbida a militares sem farda, os quais teriam ingressado no local a bordo de um táxi?
Por que tamanha preocupação com o "chefe do Alemão"? E o Borel, não tem chefe?
Quais normas administrativas justificam a utilização do modus operandi elencado?
Houve alguma preocupação prévia com a eventual perda de vidas inocentes?
Os militares que executaram a "missão" tinham preparo para tal?
Buscando-se culpados, é importante que se saiba, realmente, de onde partiram os tiros que levaram a óbito o militar e a criança; todavia, sob o enfoque da responsabilidade, interessa evidenciar de quem partiu o verdadeiro primeiro tiro, representado pela ordem ou consentimento para que a incursão se desse.
O triste é que o fato noticiado não se apresenta como algo isolado, mas como resultado regular de práxis cotidiana em nosso estado, alimentada não apenas pela incompetência e, quiçá, má fé, mas, preponderantemente, pela IMPUNIDADE, representada não somente pelas taxas quase nulas de elucidação de delitos da polícia civil, mas, em casos similares (ouso dizer), principalmente pela ausência de imposição de penalidades às autoridades públicas responsáveis pela autorização (ou determinação) para a realização de tais "operações policiais", criando verdadeiro ciclo perverso, onde nada impede que amanhã ou mesmo alguns instantes após escrever tais palavras, fato similar ocorra (se é que já não ocorreu), gerando a perda de mais vidas inocentes de EXECUTORES e vítimas de intentos que, no mínimo e na melhor das perspectivas, parecem derivar do mais lídimo idiotismo.
Como de costume, a versão predominante, ao menos do ponto de vista do estado, é de que o tiro que atingiu a criança partiu de traficante de drogas.
Mas, afinal de contas, e daí? Saber de quem é a culpa é, realmente, o mais importante? E, se for, de quem é a culpa?
A culpa eu não sei, mas a responsabilidade está por demais clara (embora, inominada) !
Sendo verídicas as informações constantes da matéria, é oportuno que se verifique quem determinou (ou autorizou) a realização de tal incursão, levada a efeito às 1200 h de um sábado, em localidade densamente habitada, baseada em mera denúncia anônima (dando conta de que o "chefe do tráfico" do Morro do Alemão estaria no Borel) e incumbida a militares sem farda, os quais teriam ingressado no local a bordo de um táxi?
Por que tamanha preocupação com o "chefe do Alemão"? E o Borel, não tem chefe?
Quais normas administrativas justificam a utilização do modus operandi elencado?
Houve alguma preocupação prévia com a eventual perda de vidas inocentes?
Os militares que executaram a "missão" tinham preparo para tal?
Buscando-se culpados, é importante que se saiba, realmente, de onde partiram os tiros que levaram a óbito o militar e a criança; todavia, sob o enfoque da responsabilidade, interessa evidenciar de quem partiu o verdadeiro primeiro tiro, representado pela ordem ou consentimento para que a incursão se desse.
O triste é que o fato noticiado não se apresenta como algo isolado, mas como resultado regular de práxis cotidiana em nosso estado, alimentada não apenas pela incompetência e, quiçá, má fé, mas, preponderantemente, pela IMPUNIDADE, representada não somente pelas taxas quase nulas de elucidação de delitos da polícia civil, mas, em casos similares (ouso dizer), principalmente pela ausência de imposição de penalidades às autoridades públicas responsáveis pela autorização (ou determinação) para a realização de tais "operações policiais", criando verdadeiro ciclo perverso, onde nada impede que amanhã ou mesmo alguns instantes após escrever tais palavras, fato similar ocorra (se é que já não ocorreu), gerando a perda de mais vidas inocentes de EXECUTORES e vítimas de intentos que, no mínimo e na melhor das perspectivas, parecem derivar do mais lídimo idiotismo.
09/09/2006
Por favor, não vote neles.
No dia de ontem, ao passar em frente ao Edifício Avenida Central (Rio Branco), observei a parada de um auto VW Santana azul, de quatro portas (semelhante às viaturas oficiais da PM), com grande adesivo de campanha eleitoral, de onde desceu o delegado candidato Marcelo Itagiba; aquele que, quando Secretário de Segurança, preservando o status quo (artificial) de também delegados de polícia, fez com que a PM cessasse experiência pioneira desenvolvida em São Gonçalo, com a lavratura de termos circunstanciados e a marcação de audiências pelo policial militar no local em que atendia às ocorrências de menor potencial ofensivo.
Hoje, lendo o JB, verifiquei que em Niterói a PM elevou em 26% o índice de mortes derivadas de confronto com supostos marginais e, poucas páginas após, observei, mais uma vez, a estampa da campanha do delegado candidato ("Lugar de criança é na escola. Lugar de Bandido é na cadeia - ITAGIBA-1518"). Um pouco mais à frente, a denúncia (alusiva ao município de São Gonçalo): "Família acusa PM de executar jovem".
Mas, e daí?
E daí que gostaria de aproveitar para solicitar o não voto a candidatos que participaram dos primeiros escalões do atual governo do estado, compartilhando a responsabilidade pelo quadro caótico ora vigente em matéria de segurança pública.
Dentre eles:
DELEGADO MARCELO ITAGIBA (Ex Secretário de Segurança Pública)
CEL PM JOÃO CARLOS (Ex assessor do Secretário de Segurança Pública)
CEL PM JOSIAS QUINTAL (Ex Secretário de Segurança Pública)
DELEGADO ÁLVARO LINS (Ex Chefe de Polícia Civil)
DELEGADO PAULO SOUTO (Ex assessor do Secretário de Segurança Pública)
DELEGADO ZAQUEU TEIXERA (Ex Chefe de Polícia Civil)
Por favor, não vote neles, e, mais ainda, faça campanha contra.
Hoje, lendo o JB, verifiquei que em Niterói a PM elevou em 26% o índice de mortes derivadas de confronto com supostos marginais e, poucas páginas após, observei, mais uma vez, a estampa da campanha do delegado candidato ("Lugar de criança é na escola. Lugar de Bandido é na cadeia - ITAGIBA-1518"). Um pouco mais à frente, a denúncia (alusiva ao município de São Gonçalo): "Família acusa PM de executar jovem".
Mas, e daí?
E daí que gostaria de aproveitar para solicitar o não voto a candidatos que participaram dos primeiros escalões do atual governo do estado, compartilhando a responsabilidade pelo quadro caótico ora vigente em matéria de segurança pública.
Dentre eles:
DELEGADO MARCELO ITAGIBA (Ex Secretário de Segurança Pública)
CEL PM JOÃO CARLOS (Ex assessor do Secretário de Segurança Pública)
CEL PM JOSIAS QUINTAL (Ex Secretário de Segurança Pública)
DELEGADO ÁLVARO LINS (Ex Chefe de Polícia Civil)
DELEGADO PAULO SOUTO (Ex assessor do Secretário de Segurança Pública)
DELEGADO ZAQUEU TEIXERA (Ex Chefe de Polícia Civil)
Por favor, não vote neles, e, mais ainda, faça campanha contra.
02/09/2006
Policiais militares têm previsão de carga horária?
Certamente!
Embora as autoridades do executivo estadual fluminense pareçam ignorar, convenientemente, tal fato, de acordo com o disposto no Decreto Estadual n.º 25538, de 26 de agosto de 1999, bem como na Resolução SESP n.º 510, de 26 de fevereiro de 2002, a jornada dos militares de polícia (todos) deve oscilar entre 30 e 44 horas semanais.
Por que não se aplica o que está previsto?
Talvez porque os oficiais do quadro de saúde atualmente trabalhem apenas 20 (vinte) horas semanais.
Talvez poque ficaria mais dificultoso para que oficiais superiores recebessem, ordinariamente, determinação para que permanecessem nos quartéis durante feriados e finais de semana.
Talvez porque a tropa seria mais preservada durante "grandes", médios e pequenos eventos, todavia, com prejuízo do exercício de poder decisório por profissionais incompetentes.
Talvez porque o paradigma eminentemente quantitativo devesse dar lugar a parâmetros realmente técnicos e qualitativos.
Talvez porque inteligência e capacitação técnica passassem realmente a ser requisitos para o exercício da autoridade.
Talvez...
Embora as autoridades do executivo estadual fluminense pareçam ignorar, convenientemente, tal fato, de acordo com o disposto no Decreto Estadual n.º 25538, de 26 de agosto de 1999, bem como na Resolução SESP n.º 510, de 26 de fevereiro de 2002, a jornada dos militares de polícia (todos) deve oscilar entre 30 e 44 horas semanais.
Por que não se aplica o que está previsto?
Talvez porque os oficiais do quadro de saúde atualmente trabalhem apenas 20 (vinte) horas semanais.
Talvez poque ficaria mais dificultoso para que oficiais superiores recebessem, ordinariamente, determinação para que permanecessem nos quartéis durante feriados e finais de semana.
Talvez porque a tropa seria mais preservada durante "grandes", médios e pequenos eventos, todavia, com prejuízo do exercício de poder decisório por profissionais incompetentes.
Talvez porque o paradigma eminentemente quantitativo devesse dar lugar a parâmetros realmente técnicos e qualitativos.
Talvez porque inteligência e capacitação técnica passassem realmente a ser requisitos para o exercício da autoridade.
Talvez...