E, falando em melhorar a milícia fluminense, talvez um bom começo, certamente ao alcance de todos, seja tentar atuar de forma mais profissional.
Comecemos por aplicar ao menos um pouco dos ensinamentos apreendidos nos bancos escolares, olvidando as idéias preconceituosas de que tudo aquilo de nada serve.
O simples fato de moderarmos e escolhermos bem nossas palavras, principalmente nos momentos de interação com o público, tende a gerar nele impressão diferenciada, para melhor, do que se adotarmos linguajar eivado de gírias e palavras de calão.
O emprego de "Sr" e "Sra", bem como de termos técnicos, parece ter efeitos quase mágicos na impressão gerada em nossos interlocutores.
Mesmo no relacionamento hierárquico, a utilização de terminologia adequada parece ser altamente recomendável e em nada prejudicial aos pilares institucionais (muito pelo contrário).
A moderação quanto ao emprego indiscriminado do termo “Chefe” também parece merecer alguma reflexão.
Metaforicamente falando, precisamos vestir bem a milícia, no sentido mais amplo possível.
E o que dizer das "quebras de galho"?
Não cedam! Se recusem a fazê-lo! Denunciem se necessário!
Por exemplo, os autos de imposição de infrações de trânsito devem (todos) lograr encaminhamento devido, independentemente de quem tenha sido notificado; o mesmo vale para as Carteiras Nacionais de Habilitação recolhidas.
Procedimento diverso não prejudica apenas o exercício de autoridade pelo agente que aplica a notificação, mas, em perspectiva global, denigre a instituição de que é integrante e traz descrédito ao próprio estado.
Em caso de apreensão de veículos, os mesmos somente devem ser liberados após a satisfação de todos os requisitos, inclusive, pagamento INTEGRAL de diárias.
Em havendo insistência de quem quer que seja para a adoção de procedimento diverso, REQUEIRAM, por escrito (com cópia recibada) e com base no art. 7º, § 2º do Regulamento Disciplinar, ORDEM ESCRITA E ASSINADA por seu emissor.
Creio que apenas tal exigência tende a reduzir a possibilidade de que ordens ilegais e, portanto, passíveis, se denunciadas, de acarretar responsabilização de seus emissores, ocorram.
Caso sejam responsáveis por seções de pessoal, CONFIRAM, homem a homem (valendo-se, para tal, dentre outros meios, da folha de pagamento) o efetivo e PARTICIPEM, rogando a adoção de imediatas providências, T O D A S AS A L T E R A Ç Õ E S, sejam quais forem.
É bom lembrar que de acordo com o previsto no art 35, § 3º do mesmo R-9:
"A autoridade que tiver ciência da irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante averiguação, sindicância ou processo administrativo disciplinar, independentemente do processo civil ou criminal a que eventualmente se sujeite o policial militar pelo mesmo fato, assegurados o contraditório e a ampla defesa.".
E a propósito do final da citação e ainda tendo por foco a necessidade de atuação profissional dos integrantes da milícia fluminense, RECORRAM, se necessário, ao judiciário, em relação a qualquer punição disciplinar que seja aplicada sem o cumprimento dos requisitos necessários, como, por exemplo, a possibilidade de exercício de ampla defesa e contraditório.
Caso sejam atendidos de forma indevida em delegacias de polícia, denunciem tal fato, via participação e através da rede mundial de computadores/email (chefedepolicia@policiacivil.rj.gov.br - www.direitoshumanos.rj.gov.br/estrutura_e_programas/cgu.htm - www.mp.rj.gov.br), fornecendo detalhes da ocorrência. No corpo da participação, solicitem seu encaminhamento aos órgãos correcionais (e, se for o caso, ao próprio MP) e procurem proceder de forma análoga em relação aos fatos de que tenham sido vítimas seus subordinados.
Formulem pleitos, peçam certidão de atos nos quais sejam interessados, denunciem irregularidades.
NÃO SE ACOSTUMEM COM INJUSTIÇAS E ILEGALIDADES, NEM PERCAM A CAPACIDADE DE INDIGNAÇÃO!
Acreditem em seu potencial de subversão da desordem.
Sejamos, todos (ou, ao menos, muitos), profissionais "criadores de caso" e, talvez, algum dia (não muito longe, espero), tenhamos poucos "casos para criar".
Senhor Major, todo o seu comentario tem o meu total apoio.
ResponderExcluirCap PM Diniz.
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirMuito obrigado pela deferência Diniz.
ResponderExcluir