"Álvaro Lins recebe o apoio da governadora e de Garotinho
Leandro Mazzini
O deputado estadual eleito Álvaro Lins ganhou ontem a defesa de dois antigos chefes um dia depois de ser acusado pela Polícia Federal de ser o líder de uma organização criminosa que protege integrantes da máfia dos caça-níqueis. A governadora Rosinha Matheus, durante a convenção estadual do PMDB - partido em que Lins se elegeu - não mostrou constrangimento em defender a gestão do ex-chefe da Polícia Civil. Destacou o fato de ainda não existirem provas apresentadas contra o deputado, diplomado sexta-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral.
- A Justiça Federal não apresentou provas contra ele. Tudo deve ser apurado - comentou a governadora, ao chegar à sede do PMDB. - Há também, nas mesmas condições, um jornalista da TV Globo, que foi acusado e ainda não há provas.
A governadora se refere, em sua declaração, à denúncia do Ministério Público federal contra o jornalista da TV Globo José Messias Xavier, acusado de receber mensalmente da máfia dos caça-níqueis para repassar informações privilegiadas das polícias Civil e Federal.
No Rio, o PMDB tenta disfarçar o constrangimento com a denúncia contra o deputado estadual eleito. No partido, até que o inquérito se encerre, a ordem é abafar o caso.
Ao lado do marido, o ex-governador e ex-secretário de Segurança Anthony Garotinho, Rosinha estendeu o discurso para a defesa de gestão de Álvaro Lins na Polícia Civil.
- No tempo em que ele (Álvaro) participou do meu governo, nunca demonstrou participação em nada - disse Rosinha. - Se estiver envolvido, para mim será uma surpresa. Mas vamos aguardar. As pessoas não podem ser acusadas. Primeiro, precisamos ter provas.
Garotinho lembrou que, quando governador (1998- 2002), combateu a banda podre da polícia e em nenhum momento encontrou indícios de que Álvaro Lins estivesse ligado aos crimes de contravenção. O ex-governador evitou falar em "politização" da Operação Gladiador da PF, mas disse ter estranhado o fato de as expedições dos mandados de busca e prisão ocorrerem no mesmo dia de diplomação dos políticos eleitos.
Entre os 19 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal, nove ainda precisam ser cumpridos pela Operação Gladiador da Polícia Federal, mesma que pediu a prisão de Álvaro Lins.".
AS provas contra o jornalista vieram. Agora a senhora aguarde as contra o seu afilhado, e contra outros mais...
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