De acordo com ordenamento constitucional pátrio, ao menos até que pese sobre os mesmos sentença condenatória transitada em julgado, eles são inocentes.
E se sua responsabilidade inconteste na prática de delitos cuja acusação lhes recaia for judicialmente comprovada, devem arcar com o peso da responsabilidade administrativa e penal, na medida que lhes couber e sem maiores delongas.
Não falo dos delegados de polícia Álvaro Lins, André Luiz Martins Di Rissio Barbosa, Célio Erthal, Carlos Pereira da Silva, Claudimar Lúcio Lugli, Alexandre Vieira, Eduardo Machado Fonte, Marco Aurélio Marcucci, Maurílio Oliveira, Júlio Rodrigues Bilarinho e José Januário de Freitas; nem tampouco dos policiais civis Roberto Cunha de Araújo, Renato Gabriel Alves da Silva, José Renato Barbosa de Medeiros, Paulo Roberto de C. Moreira da Silva, Rogério Delgado Carneiro, Cláudio Augusto Reis de Almeida, Luiz Carlos Rodrigues de Lima, Miguel Laino, Alcides Campos Sodré Ferreira, Ronaldo Rodrigues, Jorge da Silva Caldas, José Alexandre dos Santos, Maurício Alves Araújo, Ronaldo Gonçalves Montalvão, Armando Jorge Varella de Almeida, Waldenir Lopes Alcântara, Juarez Giffoni Hygino, Alexandre Cândido Pereira Almeida, Fernando Rodriguez Santos Salsicha e Luiz Carlos Rubem dos Santos.
Não falo também dos inúmeros “cidadãos comuns” alvo de acusações oficiais e mesmo das costumeiras “detenções para averiguação”.
Embora, é claro, a lógica ora exposta deva ser aplicada a todos, sem qualquer distinção, falo das dezenas de policiais militares ora acusados pela polícia civil do RJ e cautelarmente presos por deliberação judicial em face da suposta prática de ilícitos penais (gravosos, insidiosos e absolutamente incompatíveis com o exercício do mister profissional que lhes cabe).
Ainda que fosse possível que a investigação da qual derivam as imputações aos indiciados estivesse sendo conduzida pela Scotland Yard, pela NYPD, pelo FBI ou mesmo pela Guarda Nacional Republicana, mesmo assim, seriam inocentes até que a justiça deliberasse definitivamente em sentido contrário.
Ocorre que, faça ou não diferença, a investigação está a cargo de polícia cujos índices de elucidação de delitos com êxito, "secretos" desde julho de 2003 sob os auspícios do Instituto de Segurança Pública do governo Sérgio Cabral, não atingem sequer dois pontos percentuais.
De tal maneira, não parece de bom tom a excessiva exposição de que meros investigados têm sido alvo, fruto de inúmeras entrevistas concedidas justamente pelo responsável pela investigação da qual derivou, é verdade, sua prisão cautelar (decretada, é claro, pela justiça brasileira).
Por outro lado, do ponto de vista do êxito da investigação propriamente dita, é oportuno citar lição do delegado de polícia Paulo Henrique de Godoy Sumariva (SUMARIVA, Paulo Henrique de Godoy. O sigilo no inquérito policial . Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 661, 28 abr. 2005. Disponível em:
“Com isto, nota-se a preocupação do legislador em proteger a intimidade, vida, honra e imagem do investigado ou indiciado. Assim, deverá a autoridade policial, na condução do inquérito policial, ater-se à colheita das provas em busca da verdade dos fatos, para que, em seguida, possa ser instaurada a ação penal, caso haja elementos indiciários para tanto.”.
Diante do exposto, mesmo certo (e justamente por isso) de que o urgente e eficaz expurgo de maus policiais (civis, militares - oficiais, praças e, principalmente, comandantes -, federais, rodoviários e ferroviários), de maus políticos, de maus militares federais, de maus juízes, de maus promotores, de maus servidores públicos em geral e, é claro, de maus cidadãos "comuns" (responsáveis por homicídios, por latrocínios, por roubos de veículos, de bancos, de transeuntes, de residências, em coletivos, etc) - confesso estar em dúvida quanto aos reais propósitos das sucessivas entrevistas concedidas nos últimos meses não apenas na hipótese que ora se apresenta, mas em outras de relativa similaridade, justamente pelos responsáveis pelas investigações em curso na polícia civil do RJ.
O Governador assim que sai qualquer denuncia contra Policiais Militares nos chama de marginais, então ele que nomeia acusado de tráfico de drogas como seu assessor também é um traficante e marginal por que não renuncia?
ResponderExcluirAlguem devia ensinar ao nosso governador que todos são inocentes até prova em contrário e ele não pode chamar Policiais Militares de marginais sem que os mesmos tenham nenhuma chance de defesa senão seremos obrigados a acreditar que ele é um corrupto só porque ele já foi acusado muitas vezes de corrupção.
ResponderExcluirCoitado do nosso "GOVERNADOR VIAJANTE", ELE ESTÁ CERTO...
ResponderExcluirCONTRATOU UM GRANDE EMPRESÁRIO DO RAMO NARCOTRÁFICO PARA AJUDAR A ADMINISTRAR O GOVERNO, ELES SAÕ BEM MAIS ORGANIZADOS E HONESTOS QUE NOSSOS POLÍTICOS. SÃO TÃO COMPETENTES QUE DEVE SER O FILÃO MAIS RENTÁVEL DO MUNDO E SÃO SINCEROS POIS TRAFICAM NA CARA DE TODA A POPULAÇÃO.
JÁ NOSSOS POLÍTICOS, ROUBAM ÀS ESCONDIDAS, TIRAM DINHEIRO DA COMIDA DE CRIANÇAS EM ESCOLAS PÚBLICAS, DEIXAM HOSPITAIS SEM VERBA E TRABALHADORES QUE SERVEM ESTE ESTADO FAZENDO MILAGRES DIÁRIOS COM OS MINGUADOS RECURSOS QUE APARECEM DE VEZ EM QUANDO e SÃO TRATADOS COMO ESCRAVOS.
MAS, O GOVERNADOR ESTÁ CERTO, APÓS FAZER "VÁRIOS CURSOS" NOS VÁRIOS PAÍSES EM QUE ESTEVE "A TRABALHANDO", ELE CHEGOU A CONCLUSÃO CERTA QUE EM GERENCIAMENTO O TRAFICANTE É EXPOENTE, EXEMPLO DISTO É QUE ELES SÃO BEM PAGOS, A SEGURANÇA DAS BOCAS TEM ARMAMENTO DE PRIMEIRA, MUNIÇÃO A VONTADE, NUNCA FALTAM RECURSOS FINANCEIROS E OS DONOS SABEM DE TUDO QUE ESTÁ ACONTECENDO.
UM EXEMPLO DE GERENCIAMENTO.
22/9/2007 01:50:00
ResponderExcluirPolicial chamava bandido de patrão
Escutas telefônicas revelam reclamações de traficante
Rio - As investigações que levaram 57 policiais do 15º BPM (Duque de Caxias) à prisão esta semana revelam a relação promíscua dos homens da lei com bandidos de duas favelas da região: Santa Lúcia e Parada Angélica. Interceptações telefônicas feitas mês passado, às quais O DIA teve acesso, mostram que o pagamento de propinas dava aos traficantes que controlavam as bocas-de-fumo naqueles locais o poder até de mandar que PMs retirassem uma patrulha que estaria atrapalhando a movimentação dos viciados.
A determinação é dada a um PM identificado apenas pelo apelido de Sonic: “Olha só, deixa a Rua 7 dar uma fluída, cara, que a Rua 7 tá tampada (ocupada de policiais). Toda hora tão me tampando lá e eu não tô conseguindo trabalhar (vender drogas)”, reclama o bandido, referindo-se a um dos pontos de venda de Parada Angélica, onde o policial estava dando plantão.
As conversas relatam ainda vários nomes que faziam parte da lista de policiais. Num outro trecho gravado pela Polícia Civil, dois traficantes fazem uma espécie de checagem, para saber se os valores pagos a cada um estavam corretos. Os apelidos inusitados utilizados vão de um famoso chocolate e um herói mascarado até o maior do futebol argentino. “Galak, 350; Zorro, 400; Velha Guarda, 400; Carrasco, 400; Máscara, 350; Falcão, 350; Tarzan, 350; Coelhão, R$ 400; e Maradona, 350. Total de R$ 3.300”, avisa um dos gerentes da quadrilha do Comando Vermelho (CV).
PEDIDO DE AUMENTO
Em mais um diálogo captado pelos investigadores, o PM que se identifica como Zorro volta a falar com o mesmo bandido. O teor da conversa é um pedido de aumento. “Patrão, bota cinco caixas pra cá?”, pede.
Caixas, na linguagem da propina, significa R$ 100, segundo a polícia. E o traficante avisa que não vai dar mais dinheiro ao PM. “Pô parceiro, não posso fazer isso, sabe por causa de quê? Já tá em R$ 10.300...”, argumenta, referindo-se ao gasto total com os ‘arregos’ pagos e acrescentando que Zorro é um dos privilegiados: “Pode calcular aí. O Coelhão também é quatro caixas (R$ 400), igual a você. Os únicos que são ‘igual’: você, Coelhão,
Carrasco e Velha Guarda. O resto, todo mundo é três caixas e meia (R$ 350)”.
Em seguida, o bandido reclama de novo, frisando que não cortou o dinheiro dos PMs do 15º BPM, apesar de terem ocorrido operações no local ao longo da semana, inclusive realizadas pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope): “Eu tô fazendo o máximo que eu posso, senão complica a firma (quadrilha). E a firma foi zoada ‘pacaraca’ essa semana. Teve Bope, teve a p. toda. E não afetei o arrego”. Zorro aceita os argumentos e diz que “tá tranqüilo”, recebendo do bandido singelo “bom trabalho”.
Falando outra vez com o PM que se identifica como Sonic, o traficante avisa que o pagamento da propina (‘arrego’) vai ser feito por mulher identificada como ‘Tia’. “Vai ficar tudo na mão da Tia. Onze horas da noite eu vou dar na mão dela. O do Galak, o do Zorro, Velha Guarda, do Carrasco, o do Máscara, Falcão, você, (inaudível) e Tarzan”, promete.
Sonic explicou que não estava por perto e iria pedir que outro PM pegasse o dinheiro da propina para ele: “Tudo tranqüilo. É porque eu ia mandar você entregar o meu ao Velha Guarda”.
Ontem, o delegado titular da 59ª DP (Caxias), André Drumond, afirmou que os nomes dos sete traficantes que participavam do esquema não serão revelados porque eles são colaboradores e serão beneficiados com a delação premiada (informações em troca de redução da pena).