10/07/2008

Nunca souberam! São incompetentes, covardes, bravateiros e, quem sabe, mal intencionados!

"NÃO SABEM MAIS O QUE FAZER! OU NUNCA SOUBERAM?
1. Quando uma secretaria de segurança, em qualquer estado ou mesmo em nível federal, não sabe o que fazer, investe em veículos e armamentos, ambos de ampla visibilidade. Quanto mais coloridos e chamativos, melhor. Funcionam como publicidade para que as pessoas pensem que aquilo ali é polícia e aumentem a percepção de segurança. Bem, isso quando não vem junto uma 'comissãozinha' tão comum nestas macro-compras de veículos, como ocorreram nestes anos pelo Brasil afora.
2. Em seguida, o governador do estado passa em revista a frota de veículos que sai em passeata com seus letreiros reluzentes piscando, algumas sirenes ligadas. De preferência com fuzis novos a mostra.
3. Quando isso ocorre, todos podem escrever: é tudo empulhação e não há chance de dar certo. De um lado, em vez de aumentar a sensação de segurança, aumentam a sensação de insegurança, pois a ostensividade coreográfica sinaliza para as pessoas que aquela região é de alto risco. Outro dia colocaram uma cabine blindada no final da Av. Princesa Isabel, na Praia de Copacabana. Será que querem dizer que só o policial dentro da cabine está seguro? Cabines imobilizam o policial. Só tem aqui.
4. Veículo é feito para transporte, para dar mobilidade quando necessário. Imobiliza o homem, ao inverso do que parece e descola o policial da rua e das pessoas. Se foram treinados para abordagem, o uso excessivo de veículos os destreina. E quando esse deslocamento em carro, como se estivesse patrulhando, é feito com fuzil, coloca em risco a população civil em seu entorno. Um fuzil desses tem alcance efetivo num raio de 2 km.
5. Mesmo quando há delinqüentes em fuga, o policial deve medir na captura se está colocando a população civil no entorno em risco. Se estiver, pode interromper a perseguição para evitar que a emenda seja pior que o soneto. Isso tem ocorrido freqüentemente no Rio. Tiroteios nas ruas em ações de perseguição pela cidade toda. Na Av. Vieira Souto e Av. Atlântica foram várias, em Ipanema na área frontal ao Pavãzinho, na Tijuca -Conde Bonfim- na Avenida Brasil, nas vias principais da zona norte e da zona oeste. Em todos os casos há pelo menos um ferido. Quando não há vários feridos e mortos, como as tragédias dos últimos dias.
6. Patrulhamento se faz a pé. É com este que a população se sente mais segura. É com este que o policial treina todos os dias as práticas de abordagem que aprendeu na escola militar. Em Londres o patrulhamento é feito com os policiais sozinhos, para evitar distração. E sem arma. Mas com uma letal: seu rádio e a memória do código de localização em cada ponto que estiver de forma a chamar apoio da intensidade que necessitar e na direção necessária que se desloca em menos de 2 minutos.
7. Nos anos 30, na Inglaterra, um policial só era autorizado a usar armas quando todos os testes-surpresa feitos com ele garantiam que ele não tinha mais como primeiro reflexo levar a mão ao coldre. O primeiro reflexo deve ser avaliar a situação e o recurso da arma deve ser uma decisão e não um reflexo.
8. Dias atrás, numa exibição de soldados do exército, na França, o sargento não trocou a munição por festim. Feriram 14 pessoas. O comandante geral do exército entregou seu cargo, o que foi aceito pelo presidente Sarkozy. Esta semana, uma operação de perseguição na cidade do México atingiu vários civis sendo que dez faleceram. O Chefe de Polícia e o Procurador de Justiça pediram exoneração, o que foi aceito. Aqui, são desculpas, lamúrias, xingamentos aos policiais, empurrando para baixo uma responsabilidade que inevitavelmente é de cima. Quando não há essa consciência, não há autoridade, não há comando, não há polícia, não há mais nada
." (ex blog-César Maia, 10/07/08).

10 comentários:

  1. Anônimo20:47

    Concordo com grande parte do artigo,apesar de ter bastante reservas quanto às comparações feitas entre polícias no momento que temos uma realidade no Rio de Janeiro completamente diferente de muitas cidades pelo mundo.
    É verdade também que a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro como Instituição Pública apresenta um sistema de sucateamento, tanto material como físico,e este problema não será resolvido simplesmente com viaturas "novas" ou viaturas velhas com adesivos novos ou ainda comprando armamento não-letal e jogando para a tropa,o que ocorre é muito mais denso do que se imagina.Um sistema perverso de governo que tende a resolver seus problemas aos berros,prisões,expulsões e desqualificando o profissional perante a mídia, como se o Governo do Estado estivesse isento de dolo.
    Precisamos reformular todo um sistema de ensino que há muito tempo mostrou-se ineficaz e priorizar as instruções práticas e não inventar matérias que não serão utilizadas na prática pelo policial militar fluminense, também precisamos dar estrutura para o policial trabalhar com dignidade e não precisar, só citando um exemplo:"favores dos padrinhos" para consertar suas viaturas de setor quando as mesmas quebram e o policial não ser mudado de tipo de serviço como se a quebra da vtr com pelo menos 05 anos de uso diário fosse dele(as viaturas no sistema privado só foram distribuídas para a Capital).
    Creio que também seria de grande relevância programas de moradias,aquisição de veículos,descontos no IPVA ou no IPTU, para pelo menos indiretamente o PM sentir-se valorizado pelo Estado pelo qual ele arrisca a sua VIDA diariamente.
    Enfim parafraseando Martin Luther King:"Eu tenho um sonho..."

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  2. Anônimo07:26

    Circula no blog das praças da PMERJ uma frase de efeito para início de uma grande operação omissão.
    " QUEM NÃO TRABALHA NÃO ERRA, QUEM NÃO ERRA NÃO É PUNIDO"

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  3. Anônimo13:52

    Concordo com o Cesar Maia e o anônomo acima.

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  4. Anônimo16:06

    Prezado major,
    Aqui no E.S. há uma notícia no jornal " a tribuna", de 11/7/2008, cujos fatos lamentáveis envolvem o Comandante Geral da PMES.
    Trata-se de um contrato superfaturado (mais de 100%).
    O curioso deste fato é que a denúncia foi protocolada no MP com as assinaturas de 11 Oficiais superiores da PM capixaba.

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  5. Anônimo17:09

    PRECIPITAÇÃO DA IMPRENSA

    INCOMPETÊNCIA DE CABRAL

    INCAPACIDADE DE BELTRAME

    POLICIAIS MILITARES DO 6º BPM PODEM SER INOCENTES...

    "O ônus da prova cabe às partes, mas com uma diferença. É que a prova da acusação, deve ser plena e convincente para um juízo condenatório, ao passo que para a absolvição basta a dúvida, em virtude dos princípios IN DUBIO PRO REO e ACTORE NON PROBANTE ABSOVITUR REUS, assim como da presunção legal da inocência por falta de provas".

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  6. Anônimo17:22

    "Só quem tem competência para julgar os suspeitos é o Poder Judiciário. Respeitados todos os preceitos constitucionais do contraditório, ampla defesa, e principalmente do devido processo legal. Parece que nosso governador não tem muita afinidade com este último, pois antes mesmo de saber o nome do menino, já tinha chamado os dois agentes de débeis-mentais."

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  7. Anônimo17:48

    Em se tratando de Brasil,duvido que algum dia alguma autoridade pública reconheça que errou e renuncie facilmente o cargo. A sensação do poder exerce um fascínio fatal na mente dos soberbos.

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  8. Anônimo18:17

    POLICIAIS MILITARES DO 6º BPM PODEM SER INOCENTES

    "O ônus da prova cabe às partes, mas com uma diferença. É que a prova da acusação, deve ser plena e convincente para um juízo condenatório, ao passo que para a absolvição basta a dúvida, em virtude dos princípios IN DUBIO PRO REO e ACTORE NON PROBANTE ABSOVITUR REUS, assim como da presunção legal da inocência por falta de provas".

    PRECIPITAÇÃO DA IMPRENSA

    INCOMPETÊNCIA DE CABRAL

    INCAPACIDADE DE BELTRAME

    "Só quem tem competência para julgar os suspeitos é o Poder Judiciário. Respeitados todos os preceitos constitucionais do contraditório, ampla defesa, e principalmente do devido processo legal. Parece que nosso governador não tem muita afinidade com este último, pois antes mesmo de saber o nome do menino, já tinha chamado os dois agentes de débeis-mentais."

    A PMERJ acabou!

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  9. Antes era a corrupção agora é o despreparo, até quando teremos que suportar tantas críticas.Crítticas do governo, crítica da população, crítica da própria corporação, que ao invés de estar do lado de seus braços está contra, é difícil, mas a verdade é que os PPMM do 6° BPM são vítimas como a própria criança que faleceu, vítima por que o pm entra na pmerj, faz um curso que não existe, não prepara ninguém, mas parece uma polícia de brincadeira, mas que é muito seria, que não permite erro, erro que muitas vezes levam àqueles que cometem a um único lugar, BEP e a sentar perante o JUIZ que acha que você teve todo o treinamento do mundo, infelizmente a corda sempre arrebentará no lado mais fraco, o CMT GERAL, não trabalha na rua, os CMTs dos batalhões também NÃO, acima de capitão também não, os poucos que trabalham é o 2° e o 1° Ten, mas por pouco tempo pois seu plano de carreira não deixará ser exposto nas ruas do RJ, porque em breve será CAP, é quem realmente estará de frente ´para sofrer as consequências serão infelizmente o SD, CB e o SGT, que na maioria de 90% trabalha na rua se espondo, infelizmente enquanto continuar esta política BURRA "enfrentamento" continuaremos a perder estes nobres profissionais..................................

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  10. Anônimo20:53

    Sr. Maj PM Wanderby,
    Estas últimas semanas assistimos, com pesar, a diversos episódios que colocam em xeque a PMERJ.
    Se analisarmos os fatos isoladamente e fora do contexto correto vamos concluir que a PMERJ é vilã e os seus críticos são virtuosos homens que só fizeram ao longo de suas vidas o bem para o Rio de Janeiro e seus cidadãos...
    Mas a realidade é outra, logo no início dos anos noventa, 93/94 o Brasil submetia um inimigo antigo, a inflação, que corroia da noite para o dia o salário dos brasileiros, com a derrota da inflação o Brasil entrava em um novo período de sua História, "o paríodo de estabilidade econômica", portanto temos como pano de fundo para os dias atuais, desde 93/94,"o período da estabilidade econômica"...
    então nosso contexto é de estabilidade econômica...
    O que nos leva ao outro ponto da discussão a PMERJ e sua estrutura. A PMERJ é estruturada como uma Instituição Militar e as instituições militares sabidamente são baseadas na "hierarquia e disciplina", portanto existe os que comandam, dirigem ou chefiam e os que são comandados, dirigidos ou chefiados...ou seja obedecem.
    Neste ponto mora a questão que quero levantar:
    Quem em um contexto de estabilidade econômica vai procurar o emprego de "SOLDADO POLICIAL MILITAR no Rio de Janeiro", não falo de quantidade, falo do perfil, quero discutir a qualidade, ou melhor a "sua qualificação para o mercado", para iniciarmos esta discussão devemos definir basicamente o que é ser um "soldado policial militar no Rio de Janeiro":

    1- estar em primeiro lugar nas estatísticas como "a carreira com mais chances de morte violenta";

    2- receber o pior salário de sua profissão no Brasil;

    3- Ser submetido a uma rotina diária estressante por conta da violência urbana que se instalou no estado e no país, por conta da falência do ensino público, da saúde pública e da ausência de uma política governamental de primeiro emprego; e,

    4- enfretar as ruas todos os dias, fardado, a cobrança por parte da população, por ser um aparelho do Estado, da solução de problemas que não estão ao seu alcance a saúde pública falida, o ensino público falido e a falta de uma política governamental de primeiro emprego.

    O nosso jovem que enfrentará tudo isso pelo pior salário de sua profissão no pago no país, de que família vem? Qual sua origem social? Qual seu nível cultural? Que pais orientariam um filho a seguir tal carreira, que possui elevado risco de vida, o pior salário e uma cobrança tão elevada???

    Em uma conjuntura econômica estável, como a existente hoje no país, veremos que o perfil do jovem que procura a PMERJ, é o do menos qualificado, ou cuja família teve menor condição de prepará-lo para o mercado de trabalho, por ser das camadas econômicas mais baixas da sociedade, por culpa do própio estado, da falência da saúde pública , do ensino público e da falta de uma política governamental de primeiro emprego.

    Portanto nosso jovem sofre no dia a dia as mesmas pressões dos mais simples, dos mais humildes que deve proteger e, se possui algum desvio de conduta ou de comportamento, não é algo que não esteja presente na sociedade da qual é oriundo, que é Governada por quem deveria melhorar a saúde pública que está falida, o ensino público que está falido e possuir uma política governamental de primeiro emprego, hoje inexistente.

    Concordo que devamos condenar os desvios de conduta do aparato de segurança do estado, porém o que fazemos para melhorar suas condições???
    Nós da sociedade fazemos passeatas para exigir melhores salários para estes homens???
    É justo exigir do filho de alguém que morra para proteger meu sono por R$ 850,00???
    Quando aplaudo a compra de uma viatura nova por um Chefe de Estado para a polícia, eu me lembro que isto é um factóide e, que o policial continuárá ganhando o mesmo salário???
    Eu concordo com a "conversa fiada" que salário não é importante, e continuo criticando a polícia, e abro mão como cidadão de ter uma polícia bem paga, permitindo que o "político desonesto" ao invés de pagar bem minha polícia, gaste meu dinheiro dos impostos com campanha, e continue co o blá blá blá que "salário não é importante"???

    "SE VOCÊ NÃO COBRA SALÁRIOS DECENTES E CONDIÇÕES DIGNAS PARA QUEM VAI MEDIAR OS CONFLITOS URBANOS, OS CONFLITOS DA SOCIEDADE NA QUAL VOCÊ VIVE, VOCÊ É UM OMISSO, VOCÊ ESTARÁ ERRANDO JUNTO COM O POLICIAL, QUANDO ELE ERRAR"...

    Rita de Cássia, Professora da Rede Estadual de Ensino.

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