"O que eu realmente não entendo, Major Wanderby, é porque ninguém vem a público falar destas mortes de pessoas pobres, principalmente CRIANÇAS pobres.
Tá certo, o governador veio a público atacar o PM do caso da Baronetti (embora ninguém tenha feito perícia nas mãos dos envolvidos para ter certeza de que a pólvora está nas mãos do PM).
Mas morre uma criança por dia. A tiros. Em operações feitas de manhã.
Estamos realmente mais seguros? A PM está sendo paga com Justiça? Estão sendo bem treinados. As famílias dos PMs estão sendo bem amparadas? Não, para todas as perguntas. Aí, a conseqüencia só pode ser uma tropa que reage a tiros ao menor sinal de distúrbio. Vira irmão contra irmão, como dizia na Bíblia - o soldado que ganha R$ 800 invadindo a favela e dando tiro na criança do pai pedreiro, da mãe doméstica. Guerra entre pobres, miseráveis, só que de um lado está o Estado armado. E do outro, a ausência completa dele.
Acima deles, governantes inaugurando PAC, fazendo alianças para as eleições, andando de bicicleta.
Quando o Rio vai se cansar de ver crianças morrendo?" (comentário postado por Gustavo de Almeida).
Cometi apenas uma injustiça: não parabenizei publicamente a jornalista Maria Mazzei por ter cumprido à risca o juramento da profissão, por ter ouvido aqueles que ninguém ouve.
ResponderExcluirE, claro, tenho a obrigação de cumprimentar o Major Wanderby (gostaria neste momento de ser um militar para poder dizer que "presto-lhe a minha continência).
Estamos cometendo, todos nós (inclusive jornalistas), crime contra a humanidade, ao tolerar a morte de crianças.
Maria Mazzei não tolerou.
Não se hospeda, e não conhece.
ResponderExcluirÉ apenas o "boneco de ventríloquo" do "capo".