"O Gabeira é quem nos une!!!
Há três anos, me vi no meio de uma reportagem que opunha um então tenente-coronel da PM e um capitão reformado. O tenente-coronel fazia uma crítica ao capitão reformado, que hesitou muito ao responder quando foi procurado por mim – naquele momento, eu cumpria o código de ética da profissão de jornalista, que mandar dar espaço ao outro lado para réplica.
O tenente-coronel – hoje promovido a coronel – é oficial acima de qualquer dúvida, embora receba críticas naturais do cargo que hoje ocupa. Por isto, talvez, a dificuldade que o capitão teve para dar uma resposta. Os dois pareciam ter a noção de que havia um valor acima de desavenças, um valor que, na falta de uma palavra mais abrangente, poderíamos chamar de honestidade.
O capitão pensou, pensou, e disse:
- Pode escrever que eu disse apenas o seguinte sobre o tenente-coronel: citando Paulo VI, 'o que nos une é muito maior do que o que nos separa'.
Este episódio não tem importância para o momento atual, e sim a frase dita, corretamente atribuída a Paulo VI durante o Concílio Vaticano de 1965. No abraço com o Patriarca Atenágoras (Igreja Ortodoxa de Istambul), em janeiro de 1964, quando a excomunhão mútua foi retirada, Paulo VI enxergou a História com H maiúsculo.
É a mesma visão que teve o prefeito Cesar Maia, que extremamente desgastado, declarou seu voto em Gabeira mesmo sabendo que do outro lado está um grande desafeto: Alfredo Sirkis, seu ex-secretário de Urbanismo, que deixou a prefeitura atirando. É a visão que teve o delegado Alexandre Neto, que mesmo tendo junto a Gabeira sua desafeta Marina Maggessi (deputada federal pelo PPS), declarou seu voto nos verdes. É, sim, a visão que tem cada policial militar, que não julga Gabeira por suas posições em relação ao uso de drogas – a família policial militar estadual vota em Gabeira porque todos estão cansados da guerra.
A guerra, meus amigos, tem sua raiz na ânsia de cargos, de licitações, de comissões, de contratos que atrai os políticos de hoje. Foi-se o idealismo – o que se tem mesmo é cabo eleitoral, cargos para dar aos cabos eleitorais, e terceirizações irregulares com dispensa de licitação. O apetite do político hoje não se baseia mais na vontade estudantil de "mudar o mundo", e sim no estômago sem fundo que engole verbas públicas de um Estado cada vez mais podre. A guerra resulta da miséria, da exclusão, da falta de crescimento econômico. A guerra vem das políticas assistencialistas-clientelistas, dos bolsas-famílias irregulares, das prefeituras comprometidas. A guerra vem das esquerdas que quiseram um dia deter o monopólio da ética e hoje estão entre o Ser e o Nada.
Nada contribuiu mais para o estado bélico em que vivemos do que o nosso modelo de democracia. Que lástima: deixamos no passado os generais Verde-Oliva. Mas nos últimos 25 anos fizemos a mesma política dos coronéis de Gabriela Cravo e Canela.
E é isto o que é mais atraente e fascinante na candidatura de Fernando Gabeira: a possibilidade de dar um soco no estômago sem fundo de políticos famintos de verbas e cargos públicos. O fato de Gabeira ter dito que seu adversário é 'uma pessoa capaz' e que 'não quer pagar determinados preços para vencer uma eleição' sinaliza com o novo de verdade. Do outro lado, Kombis com panfletos irregulares e apócrifos, campanhas ridículas por email dizendo que Gabeira 'defende a descriminalização do assédio ao menor', golpes baixos e acusações risíveis de que Gabeira tem o apoio de César Maia (como se com Paes não estivesse no mesmo balaio a Igreja Católica, a Igreja Universal e a atéia Jandira Feghali).
Gabeira, meus amigos, é aquilo que nós, cariocas com olhos de Paulo VI, estamos vendo neste momento. É o que está nos unindo, porque nossa fome é de honestidade. Temos fome de votar num político que mora desde 1968 no mesmo apartamento. Queremos votar num candidato que tem vergonha.
E além do mais, Gabeira é muito maior do que ele mesmo. Gabeira, meus amigos, é muito maior do que qualquer coisa que nos separa.
Gustavo de Almeida
Jornalista e autor do blog Santa Bárbara e RebouçasO tenente-coronel – hoje promovido a coronel – é oficial acima de qualquer dúvida, embora receba críticas naturais do cargo que hoje ocupa. Por isto, talvez, a dificuldade que o capitão teve para dar uma resposta. Os dois pareciam ter a noção de que havia um valor acima de desavenças, um valor que, na falta de uma palavra mais abrangente, poderíamos chamar de honestidade.
O capitão pensou, pensou, e disse:
- Pode escrever que eu disse apenas o seguinte sobre o tenente-coronel: citando Paulo VI, 'o que nos une é muito maior do que o que nos separa'.
Este episódio não tem importância para o momento atual, e sim a frase dita, corretamente atribuída a Paulo VI durante o Concílio Vaticano de 1965. No abraço com o Patriarca Atenágoras (Igreja Ortodoxa de Istambul), em janeiro de 1964, quando a excomunhão mútua foi retirada, Paulo VI enxergou a História com H maiúsculo.
É a mesma visão que teve o prefeito Cesar Maia, que extremamente desgastado, declarou seu voto em Gabeira mesmo sabendo que do outro lado está um grande desafeto: Alfredo Sirkis, seu ex-secretário de Urbanismo, que deixou a prefeitura atirando. É a visão que teve o delegado Alexandre Neto, que mesmo tendo junto a Gabeira sua desafeta Marina Maggessi (deputada federal pelo PPS), declarou seu voto nos verdes. É, sim, a visão que tem cada policial militar, que não julga Gabeira por suas posições em relação ao uso de drogas – a família policial militar estadual vota em Gabeira porque todos estão cansados da guerra.
A guerra, meus amigos, tem sua raiz na ânsia de cargos, de licitações, de comissões, de contratos que atrai os políticos de hoje. Foi-se o idealismo – o que se tem mesmo é cabo eleitoral, cargos para dar aos cabos eleitorais, e terceirizações irregulares com dispensa de licitação. O apetite do político hoje não se baseia mais na vontade estudantil de "mudar o mundo", e sim no estômago sem fundo que engole verbas públicas de um Estado cada vez mais podre. A guerra resulta da miséria, da exclusão, da falta de crescimento econômico. A guerra vem das políticas assistencialistas-clientelistas, dos bolsas-famílias irregulares, das prefeituras comprometidas. A guerra vem das esquerdas que quiseram um dia deter o monopólio da ética e hoje estão entre o Ser e o Nada.
Nada contribuiu mais para o estado bélico em que vivemos do que o nosso modelo de democracia. Que lástima: deixamos no passado os generais Verde-Oliva. Mas nos últimos 25 anos fizemos a mesma política dos coronéis de Gabriela Cravo e Canela.
E é isto o que é mais atraente e fascinante na candidatura de Fernando Gabeira: a possibilidade de dar um soco no estômago sem fundo de políticos famintos de verbas e cargos públicos. O fato de Gabeira ter dito que seu adversário é 'uma pessoa capaz' e que 'não quer pagar determinados preços para vencer uma eleição' sinaliza com o novo de verdade. Do outro lado, Kombis com panfletos irregulares e apócrifos, campanhas ridículas por email dizendo que Gabeira 'defende a descriminalização do assédio ao menor', golpes baixos e acusações risíveis de que Gabeira tem o apoio de César Maia (como se com Paes não estivesse no mesmo balaio a Igreja Católica, a Igreja Universal e a atéia Jandira Feghali).
Gabeira, meus amigos, é aquilo que nós, cariocas com olhos de Paulo VI, estamos vendo neste momento. É o que está nos unindo, porque nossa fome é de honestidade. Temos fome de votar num político que mora desde 1968 no mesmo apartamento. Queremos votar num candidato que tem vergonha.
E além do mais, Gabeira é muito maior do que ele mesmo. Gabeira, meus amigos, é muito maior do que qualquer coisa que nos separa.
Gustavo de Almeida
http://gustavodealmeida.blogspot.com/".
Postagem retirada na íntegra do blog "quero notícia"
http://www.queronoticia.com.br/artigos.php?cod=25.
“ O RIO quer PAZ e não Paes!
ResponderExcluirLembre-se!
Vote 43!
O Servidor Público Estadual e Municipal, seus familiares e amigos NÃO VOTARÃO no candidato de Sérgio Cabral que está acabando com a SAÚDE, EDUCAÇÃO e a SEGURANÇA em nosso estado.
Chega de MENTIRAS!
Chega de PROMESSAS!
Lembrem-se! Eduardo Paes (Agora…) é PMDB!
PMDB é Garotinho!
PMDB é Rosinha!
PMDB é Cabral!
E com eles só temos ido LADEIRA ABAIXO!
O “boneco de ventríloquo” vive dizendo que vai governar com o Governo Federal?
E o Lula é doido de PREJUDICAR o Rio de Janeiro e perder os “votinhos” que tem por aqui?
Até para MENTIR o candidato da “situação” é incompetente!
0 Comments
Bastante esclarecedor este artigo. Estamos copiando e enviando para TODO O BRASIL, através da nossa lista de e-mails.
ResponderExcluirParabéns ao jornalista e ao dono do blog!
ATENCAO : o RioCard está funcionando em TODAS as OPMs ?
ResponderExcluirOuvi dizer que NÃO.
NÃO foi recarregado este mês de outubro. A conferir.
É PROIBIDO COMENTAR CONTRA OU À FAVOR!
ResponderExcluirNa mordaça e no chicote
"É mais fácil levar a tropa, do soldado ao coronel, na mordaça e no chicote, como acontece no Rio, que dar dignidade a esses profissionais. Governador, vamos dar o primeiro passo para implantar uma democracia para os militares"A frase foi escrita pelo deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP) em artigo publicado nesta segunda-feira em O DIA. O artigo foi devastador, caiu como uma bomba. Vem mais por aí.Comentários? Melhor ir logo ler o artigo e depois comentar por lá, onde o papo parece estar quente e bombando.
http://gustavodealmeida.blogspot.com/
Ou melhor, parecia estar quente ou bombando!
O último comentário foi publicado às 14:12, num total de 12. Como pode um assunto tão polêmico receber só 12 comentários? Cadê os comentários após as 14:12? Cadê o meu comentário? Cadê o seu comentário? Cadê a liberdade de expressão?
É proibido se expressar, basta ler o texto abaixo:
Flávio Bolsonaro: Democracia para militar
Deputado estadual pelo PP
Rio - A democracia está longe de existir no Brasil. Hoje, não há segurança, educação, respeito à Constituição Federal, ao direito adquirido. Enfim, só há os direitos de votar e falar. Para os militares, nem isso. Neste ano, 10 mil militares não puderam votar porque foram empregados nas eleições.
Recentemente, o País inteiro testemunhou o general Heleno, comandante da Amazônia, ainda na ativa, classificar a demarcação de terras indígenas, em áreas estratégicas para a soberania nacional, como crime de lesa-pátria e ser reprimido, vergonhosamente, pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, que se intitula grande democrata, no melhor estilo cubano.
Nesta semana, o major Vianna, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi punido com 12 dias de prisão por ter postado em um blog na Internet comentário se solidarizando com seu colega de corporação, major Wanderby, que vem sendo perseguido por publicar verdades que doem em algumas autoridades do estado. Onde está o direito constitucional de livre manifestação do pensamento? Se um militar não pode falar sobre segurança, quem irá fazê-lo? Um sociólogo de plantão, como sempre?
Apresentei na Assembléia Legislativa o projeto de decreto legislativo 11/2008 para revogar o Regulamento Disciplinar da PM, para que seja substituído por um Código de Ética e Disciplina, a exemplo de Minas Gerais. Lá, o militar não é punido administrativamente com prisão. O resultado foi uma polícia respeitada e que respeita seus semelhantes.
É mais fácil levar a tropa, do soldado ao coronel, na mordaça e no chicote, como acontece no Rio, que dar dignidade a esses profissionais. Governador, vamos dar o primeiro passo para implantar uma democracia para os militares.
COMENTE ESSE ARTIGO
http://odia.terra.com.br/opiniao/htm/flavio_bolsonaro_democracia_para_militar_207099.asp