policiamento ostensivo, impedimento de acesso por parte da PM aos bancos de dados mais elementares (Locus Web, FAC, etc.), concessão (ou não, ou não e depois sim) de nada a opor para a realização de eventos públicos, divulgação de ameaças de morte sofridas, arregimentação de "colaboradores" nos quadros (e ex) da PM e do Corpo de Bombeiros Militar e, é claro, muitas entrevistas (tudo, sob o olhar complacente da secretaria de estado de segurança)...
Quem investiga (de verdade) os crimes de maior potencial ofensivo no RJ?
"O melhor secretário (Beltrame) que já teve no estado do Rio" (Ricardo "Batman").POBRE RJ
O PROBLEMA DE (IN)SEGURANÇA DO RJ FOI RESOLVIDO... O VÍDEO FOI RETIRADO DO AR!
ANO QUE VEM HAVERÁ ELEIÇÕES
JORNAL O DIA DESMORALIZANDO A PMERJ!
ResponderExcluirO Rio que nos envergonha
Levantamento revela que ataques a turistas estrangeiros praticados por policiais militares fardados não são raros. De 2005 a 2009, 48 praças e oficiais foram identificados pelas vítimas
Leslie Leitão
Rio - Hospedado com o amigo M. A. B., de 27 anos, em apartamento alugado na Zona Sul, o inglês A. H. S., de 26, voltou para Londres, Inglaterra, semana passada, sem uma fotografia sequer da estadia de quase um mês na cidade. De imagem mesmo, o jovem levou apenas os machucados no rosto — resultado da queda que sofreu ao se jogar da viatura, para onde os dois turistas foram levados algemados no dia 1º, na esquina das ruas Joana Angélica e Prudente de Moraes, em Ipanema. Dentro da patrulha, que seria do 23º BPM (Leblon), tiveram que entregar a dois policiais armados e fardados dinheiro, telefone celular e a câmera fotográfica que havia registrado os bons momentos da viagem.
Catastrófico para a imagem da cidade no exterior, o caso — registrado na Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) e noticiado com exclusividade por O DIA — está muito longe de ser uma raridade. Levantamento feito em 11 delegacias do Rio revela que, entre 2005 e 2009, pelo menos 48 policiais militares, entre praças e oficiais, foram identificados em 35 registros de ocorrências como autores de ataques contra turistas estrangeiros.
Os números fornecidos pela PM são outros. Ao longo do mesmo período, de acordo com a assessoria de imprensa da corporação, 28 policiais responderam a Inquérito Policial-Militar (IPM) por ações contra turistas. Oito deles acabaram sendo expulsos da corporação.
Embora o problema seja tratado de forma sigilosa pelas autoridades, que preferiram não fazer comentários sobre o assunto, a proliferação desses crimes tem tirado o sono da cúpula da segurança do estado. Ainda mais às vésperas do Carnaval.
A audácia dos acusados é assustadora, como relataram as vítimas à Polícia Civil. Em um desses casos (registro 0855/2005), uma carioca e um médico americano, que seguiam de táxi de Copacabana para a Barra da Tijuca, foram interceptados por uma patrulha do 23º BPM (Leblon), próximo a um supermercado, em São Conrado. Um dos PMs, com o nome Camilo na farda, entrou no carro e determinou que o taxista seguisse rumo a um lugar deserto. Enquanto isso, a viatura os seguiu. Quando chegaram à Estrada do Joá, a amiga do estrangeiro foi obrigada a entregar R$ 300.
Nos registros pesquisados, o batalhão do Leblon é o recordista absoluto de suspeitas. E é na área de atuação do 23º BPM que fica um dos pontos campeões em ataques a turistas: a Avenida Niemeyer, que liga São Conrado ao Leblon. Foi ali que um português teve quase R$ 1 mil roubados de sua carteira em uma blitz, como indica o registro 0384/2006).
Também foi naquela mesma via que um PM, que não sabia falar inglês, conseguiu se fazer entender através da mímica para tirar os R$ 395 que três amigos americanos tinham nos bolsos, conforme consta no registro 0120/2007.
Os números deixaram indignado o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih), Alfredo Lopes. “Gasta-se fortunas promovendo o Rio e PMs fazem um negócio desses com a imagem da cidade. É um prejuízo incalculável”, revoltou-se o dirigente do setor.
Furto na chegada à rodoviária
O caso dos ingleses foi o mais recente a chegar na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar. Os GPS de duas viaturas indicam que elas estavam perto do local onde os turistas foram abordados. Outro caso, ocorrido em dezembro, também está sob investigação. Um japonês chegou à Rodoviária Novo Rio e foi abordado por três PMs do BPTur. Um falava inglês. Levado para uma sala dentro da própria rodoviária, ele teve US$ 300 furtados. De acordo com a PM, dos 28 policiais que responderam a inquéritos por ataques a turistas desde 2005, oito foram expulsos e quatro condenados estão recorrendo.
Cinco dos processos estão em andamento, seis foram arquivados, um acabou extinto e dois nem chegaram a ser abertos. Um PM acusado foi absolvido e um morreu. Segundo estimativas de funcionários de órgãos que trabalham diretamente com turistas e da própria Polícia Civil, os episódios registrados representam menos de um terço do que realmente ocorre nas ruas.
Extorsão registrada em várias línguas
Entre os relatos dos turistas estão desde ameaças com fuzil em punho até seqüestros, nos quais foram usadas as próprias viaturas. No registro 2859/2005, por exemplo, um americano foi parado por uma Blazer, na Gávea, mas durante alguns minutos ninguém conseguia se entender. Até que um PM ligou para uma mulher, que serviu de intérprete. E ela explicou, em bom inglês, que ele teria de pagar R$ 300 para não ser preso.
Na paradisíaca Ilha Grande, na Costa Verde, um casal sueco que ficou sem R$ 400. Já um chileno, que marcara um encontro amoroso no Aterro do Flamengo, foi ameaçado e teve que entregar R$ 42 aos policiais.
Em outro caso, um suíço que tinha apenas R$ 30 no bolso, recebeu de volta um papelzinho anotado. Era o número da conta do PM, que exigia um depósito de mais R$ 70 até o dia seguinte.
Um trailer na Rua Barão da Torre, em Ipanema (já retirado), foi alvo de várias reclamações. Em uma delas (registro 1197/2006), um americano contou que foi mantido dentro do local. Depois de ameaças, entrou em um táxi com um PM e um falso agente federal até uma agência bancária, onde sacaram R$ 1.150.
Na Tijuca, um ataque a turistas chama a atenção pela ironia (registro 2054/2006). Após saírem de um clube, dois japoneses tiveram o táxi interceptado. Levados na viatura para baixo de um viaduto escuro, perderam os R$ 480 que tinham nos bolsos e foram conduzidos, dentro da patrulha, de volta à porta do clube. Sem entender nada, uma das vítimas fez o sinal de que seus bolsos estavam vazios. Um dos PMs, então, devolveu-lhe R$ 20, para que pudesse pegar um táxi até o hotel.
Vergonhosa a atitude COVARDE desse jornaleco. Merecia pensarmos em um troco a dar:
ResponderExcluirO DIA
O Rio que nos envergonha
Levantamento revela que ataques a turistas estrangeiros praticados por policiais militares fardados não são raros. De 2005 a 2009, 48 praças e oficiais foram identificados pelas vítimas
Leslie Leitão
Rio - Hospedado com o amigo M. A. B., de 27 anos, em apartamento alugado na Zona Sul, o inglês A. H. S., de 26, voltou para Londres, Inglaterra, semana passada, sem uma fotografia sequer da estadia de quase um mês na cidade. De imagem mesmo, o jovem levou apenas os machucados no rosto — resultado da queda que sofreu ao se jogar da viatura, para onde os dois turistas foram levados algemados no dia 1º, na esquina das ruas Joana Angélica e Prudente de Moraes, em Ipanema. Dentro da patrulha, que seria do 23º BPM (Leblon), tiveram que entregar a dois policiais armados e fardados dinheiro, telefone celular e a câmera fotográfica que havia registrado os bons momentos da viagem.
Catastrófico para a imagem da cidade no exterior, o caso — registrado na Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) e noticiado com exclusividade por O DIA — está muito longe de ser uma raridade. Levantamento feito em 11 delegacias do Rio revela que, entre 2005 e 2009, pelo menos 48 policiais militares, entre praças e oficiais, foram identificados em 35 registros de ocorrências como autores de ataques contra turistas estrangeiros.
Os números fornecidos pela PM são outros. Ao longo do mesmo período, de acordo com a assessoria de imprensa da corporação, 28 policiais responderam a Inquérito Policial-Militar (IPM) por ações contra turistas. Oito deles acabaram sendo expulsos da corporação.
Embora o problema seja tratado de forma sigilosa pelas autoridades, que preferiram não fazer comentários sobre o assunto, a proliferação desses crimes tem tirado o sono da cúpula da segurança do estado. Ainda mais às vésperas do Carnaval.
A audácia dos acusados é assustadora, como relataram as vítimas à Polícia Civil. Em um desses casos (registro 0855/2005), uma carioca e um médico americano, que seguiam de táxi de Copacabana para a Barra da Tijuca, foram interceptados por uma patrulha do 23º BPM (Leblon), próximo a um supermercado, em São Conrado. Um dos PMs, com o nome Camilo na farda, entrou no carro e determinou que o taxista seguisse rumo a um lugar deserto. Enquanto isso, a viatura os seguiu. Quando chegaram à Estrada do Joá, a amiga do estrangeiro foi obrigada a entregar R$ 300.
Nos registros pesquisados, o batalhão do Leblon é o recordista absoluto de suspeitas. E é na área de atuação do 23º BPM que fica um dos pontos campeões em ataques a turistas: a Avenida Niemeyer, que liga São Conrado ao Leblon. Foi ali que um português teve quase R$ 1 mil roubados de sua carteira em uma blitz, como indica o registro 0384/2006).
Também foi naquela mesma via que um PM, que não sabia falar inglês, conseguiu se fazer entender através da mímica para tirar os R$ 395 que três amigos americanos tinham nos bolsos, conforme consta no registro 0120/2007.
Os números deixaram indignado o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih), Alfredo Lopes. “Gasta-se fortunas promovendo o Rio e PMs fazem um negócio desses com a imagem da cidade. É um prejuízo incalculável”, revoltou-se o dirigente do setor.
Furto na chegada à rodoviária
O caso dos ingleses foi o mais recente a chegar na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar. Os GPS de duas viaturas indicam que elas estavam perto do local onde os turistas foram abordados. Outro caso, ocorrido em dezembro, também está sob investigação. Um japonês chegou à Rodoviária Novo Rio e foi abordado por três PMs do BPTur. Um falava inglês. Levado para uma sala dentro da própria rodoviária, ele teve US$ 300 furtados. De acordo com a PM, dos 28 policiais que responderam a inquéritos por ataques a turistas desde 2005, oito foram expulsos e quatro condenados estão recorrendo.
Cinco dos processos estão em andamento, seis foram arquivados, um acabou extinto e dois nem chegaram a ser abertos. Um PM acusado foi absolvido e um morreu. Segundo estimativas de funcionários de órgãos que trabalham diretamente com turistas e da própria Polícia Civil, os episódios registrados representam menos de um terço do que realmente ocorre nas ruas.
Extorsão registrada em várias línguas
Entre os relatos dos turistas estão desde ameaças com fuzil em punho até seqüestros, nos quais foram usadas as próprias viaturas. No registro 2859/2005, por exemplo, um americano foi parado por uma Blazer, na Gávea, mas durante alguns minutos ninguém conseguia se entender. Até que um PM ligou para uma mulher, que serviu de intérprete. E ela explicou, em bom inglês, que ele teria de pagar R$ 300 para não ser preso.
Na paradisíaca Ilha Grande, na Costa Verde, um casal sueco que ficou sem R$ 400. Já um chileno, que marcara um encontro amoroso no Aterro do Flamengo, foi ameaçado e teve que entregar R$ 42 aos policiais.
Em outro caso, um suíço que tinha apenas R$ 30 no bolso, recebeu de volta um papelzinho anotado. Era o número da conta do PM, que exigia um depósito de mais R$ 70 até o dia seguinte.
Um trailer na Rua Barão da Torre, em Ipanema (já retirado), foi alvo de várias reclamações. Em uma delas (registro 1197/2006), um americano contou que foi mantido dentro do local. Depois de ameaças, entrou em um táxi com um PM e um falso agente federal até uma agência bancária, onde sacaram R$ 1.150.
Na Tijuca, um ataque a turistas chama a atenção pela ironia (registro 2054/2006). Após saírem de um clube, dois japoneses tiveram o táxi interceptado. Levados na viatura para baixo de um viaduto escuro, perderam os R$ 480 que tinham nos bolsos e foram conduzidos, dentro da patrulha, de volta à porta do clube. Sem entender nada, uma das vítimas fez o sinal de que seus bolsos estavam vazios. Um dos PMs, então, devolveu-lhe R$ 20, para que pudesse pegar um táxi até o hotel.
Prezado major (agente da Autoridade Policial, mais conhecida como Delegado de Polícia:
ResponderExcluirQual o motivo de tanta raiva dos Delegados de Polícia?
É só por que o delegado manda mais do que você, ganha mais do que você e é autoridade e você seu agente?