Conforme ostenta o site da Polícia Civil:
"Polícia recebe o mais moderno helicóptero para combate ao crime (22/12/06)
ASCOM/PCERJ
A Polícia Civil acaba de reforçar a sua frota de aeronaves com a aquisição, nesta quinta-feira (21/12), de um novo helicóptero, modelo Esquilo AS 350 B3, blindado contra tiros de fuzil calibre 7.62 mm e metralhadora ponto 30, para apoiar as operações policiais e monitorar as principais vias da cidade. A aeronave foi recebida pelo secretário de Segurança, Roberto Precioso, que representou a governadora Rosinha Garotinho, pelo chefe de Polícia, Ricardo Hallak e pelo subchefe de Polícia, José Renato.
...
O novo helicóptero também será empregado para atuar na investigação e nas ações de inteligência da polícia, monitorando à distância os pontos de venda de droga e as áreas onde se concentram os traficantes." (gifos nossos).
Enquanto isso, no Globo:
"Secretaria de Segurança registra aumento na criminalidade no mês de outubro
O Globo Online
22/12/06
RIO - Sete dos dez crimes monitorados pelo Instituto de Segurança Pública (ISS) apresentaram aumento em outubro, em relação ao mesmo período do ano passado.
Apenas dois registraram queda e um ficou estável.
Os crimes que registraram alta foram
homicídio doloso, com mais 9,7%,
roubo de carga mais 6,1%,
roubo e furto de veículos com mais 8,2%,
roubo a banco, mais dois casos,
roubo a transeunte, aumento de 22,1%,
roubo a residência teve acréscimo de 8,3%, e
roubo em coletivo mais 19,2%.
De acordo com o relatório, o roubo a estabelecimento comercial caiu 9,4%, e o latrocínio teve menos duas vítimas..." (grifos nossos).
Já, na ADEPOL (http://www.adepolrj.com.br/adepol/index.asp):
"ADEPOL/RJ INTERPELA COM. DA PMERJ POR OFENSAS CONTRA A POLÍCIA CIVIL.
22/12/2006
Fonte : ADEPOL/RJ
A Notificação Judicial foi distribuída na Comarca de Búzios, para o 1º JECRIM, cujo processo tornou nº 2006.860.001522-4. Veja abaixo o inteiro teor da peça judicial.
...
II – Dos Fatos
No dia 21 de setembro de 2006, o diário “Primeira Hora” divulgou reportagem, de autoria do 1º notificado, intitulada “A Polícia mais perto da comunidade resulta em maior segurança social” (vide doc. nº 04).
Segundo se depreende, a matéria, que mereceu destaque na capa e continuação na página 03 – já aqui sob o título “A Polícia que queremos perto da população, para melhor protegê-la” –, foi baseada em entrevista com o 2º notificado, na qual este revelou sua visão acerca da segurança pública fluminense.
No quadro denominado “Propostas para Segurança” (página 03), há um esquema, supostamente elaborado pelo 2º notificado, que representa o sistema de segurança pública. O gráfico parece sugerir que, nos inquéritos policiais, a decisão do delegado gera impunidade (IP – decisão do DEL. > gera impunidade).
Pouco abaixo, a sigla “PC” aparece direcionada, por meio de uma seta, para o desenho de uma lata de lixo. Todo o contexto leva a crer que as iniciais “PC” significam “Polícia Civil”, pois elas estão perfiladas com abreviações como “PM”, “MP”, “Pod. Jud.” e “Sist. Pen.”.
Em outra passagem, há ainda estes escritos: “VPI e SSP / Resolução que fere a Lei”.
Ora, tais apontamentos são profundamente desairosos para a Polícia Civil, uma vez que toda a instituição viu-se relegada à cesta de lixo. Não bastasse esse ultraje institucional, deixa-se, também, sob suspeita a honra e a dignidade dos delegados, cuja atuação geraria impunidade e adotaria procedimentos que ferem a lei...". (grifos nossos).
E por falar na atuação dos Delegados, me vem à mente os índices de elucidação de delitos, divulgados, apenas uma vez,
(http://urutau.proderj.rj.gov.br/isp/admin/paginas/upboletim/2003_06_Bol.zip) pelo poder público (SESP/ISP), nos quais se via, por exemplo, que a média de elucidação de delitos de homicídio nas dez delegacias cujas circunscrições comportavam o maior número de vítimas era de 2,7%.
Que quando o assunto era roubo a transeuntes, a elucidação chegava a apenas 9,0%.
Que quando o tópico abarcava roubo em coletivos, a elucidação era de 3,9 %.
E não nos esqueçamos de que tais índices abrangiam as prisões em flagrante delito, feitas, em sua maioria e por questões óbvias, fruto de sua maior capilaridade, pela Polícia Militar.
E, não sei se lembram, mas a série de matérias publicadas no periódico Extra em setembro e outubro deste ano sob o título INVESTIGAÇÃO ZERO trouxe à luz importantes questões,tais como o fato de que "...apenas 4% dos crimes ocorridos em 39 delegacias legais da Região Metropolinana do Rio viraram inquérito." (29Set06 - "Sem investigção, mais roubos"). De que "...além de provocar o fechamento de 22 varas criminais por falta de processos, a prática de suspender investigações de registros de ocorrências em delegacias também provocou estragos em outra frente no judiciário (...) a falta de investigação é a principal causa do pequeno número de condenações no estado" (01Out06 - "Roubos: poucos são condenados").
Deixa pra lá!
Já escrevi em demasia.
Afinal, as coisas já estão melhorando, uma vez que agora a Polícia Civil possui um helicóptero blindado cuja aquisição, certamente, deve estar inserida em algum tipo de planejamento alusivo à redução da impunidade, através do cumprimento de sua missão constituicional, ou seja, ELUCIDAÇÃO DE DELITOS.
Quem sabe não teremos percentuais de elucidação de homicídios superiores a 5%, já que tal helicóptero possui equipamento para a realização de patrulhamento noturno?
Quem sabe os roubos a transeuntes não vão cair (ou, ao menos, parar de subir), fruto da quase (ou, ao menos, razoável certeza) de que seus autores serão descobertos?
Quem sabe a Polícia Militar não vai passar a tratar com ainda maior deferência os Doutores Delegados de Polícia, nunca ousando confrontá-los com a realidade objetiva dos números?
Aliás, quem sabe se os tais Doutores não terão seus vencimentos equiparados aos percebidos pelos juízes, fruto da magnânima qualidade de seus serviços, já que parecem não ganhar o suficiente?
Delegado de primeira classe – R$ 12.133,97
Delegado de segunda classe - R$ 10.771,89
Delegado de terceira classe - R$ 8.810,81.
Quem sabe o helicóptero blindado não poderá se prestar ainda ao transporte de equipamentos e apoio às "frações de tropa" da Polícia Civil, evitando maior agravamento do desvio de suas funções constitucionais principais, já tão mal cumpridas?
Quem sabe se graças à aquisição do helicóptero (pelo valor de R$ 7,8 milhões, com recursos do governo do Estado e da Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp), o poder público não volte a divulgar, orgulhosamente, os índices de elucidação de delitos?
Quem sabe o helicóptero não foi entregue com corretas finalidades à Instituição errada? Ou com erradas finalidades à Instituição certa? Ou sem finalidades? Quais são as finalidades mesmo?
Quem sabe a mantença da falta de autonomia da Polícia Técnica, da reserva de mercado da Polícia Civil na lavratura de termos circunstanciados e registro de ocorrência, da aferição da eficácia policial calcada na apreensão de armas, drogas e prisões, da insistência no fato de que a mera presença policial pode reduzir (e não deslocar) delitos, da leniência com o jogo do bicho, com o transporte alternativo irregular e com o exercício de atividades remuneradas de natureza privada por agentes públicos, e, dentre outras tantas coisas, do desvio de função de Instituições e de seus integrantes não nos conduzirá, afinal, a um estado melhor?
Quem sabe?
Mas não importa, já que ao final somos nós mesmos que sempre pagamos a fatura.
Há, já ia esquecendo, mas enquanto tudo acontece, no site da "nossa associação" (http://www.assofrj.org.br/restaurante/cardapio.html) podemos nos certificar, com destaque, de que:
"O cardápio semanal, variado, inclui pratos frios e quentes com a seguinte composição diária:
SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA
Arroz Arroz Arroz Arroz Arroz
Feijão preto Feijão preto Feijão preto Feijão preto Feijão preto
Farofa Farofa Farofa Farofa Farofa
Filé de frango grelhado...
Bife acebolado Bife rolé Carne assada Bife à milanesa Filé de peixe frito
Estrogonofe de carneFrango c/ molho Frango c/ molho Carré ao molho Frango frito ...".
Piada de quem mesmo?
"Polícia recebe o mais moderno helicóptero para combate ao crime (22/12/06)
ASCOM/PCERJ
A Polícia Civil acaba de reforçar a sua frota de aeronaves com a aquisição, nesta quinta-feira (21/12), de um novo helicóptero, modelo Esquilo AS 350 B3, blindado contra tiros de fuzil calibre 7.62 mm e metralhadora ponto 30, para apoiar as operações policiais e monitorar as principais vias da cidade. A aeronave foi recebida pelo secretário de Segurança, Roberto Precioso, que representou a governadora Rosinha Garotinho, pelo chefe de Polícia, Ricardo Hallak e pelo subchefe de Polícia, José Renato.
...
O novo helicóptero também será empregado para atuar na investigação e nas ações de inteligência da polícia, monitorando à distância os pontos de venda de droga e as áreas onde se concentram os traficantes." (gifos nossos).
Enquanto isso, no Globo:
"Secretaria de Segurança registra aumento na criminalidade no mês de outubro
O Globo Online
22/12/06
RIO - Sete dos dez crimes monitorados pelo Instituto de Segurança Pública (ISS) apresentaram aumento em outubro, em relação ao mesmo período do ano passado.
Apenas dois registraram queda e um ficou estável.
Os crimes que registraram alta foram
homicídio doloso, com mais 9,7%,
roubo de carga mais 6,1%,
roubo e furto de veículos com mais 8,2%,
roubo a banco, mais dois casos,
roubo a transeunte, aumento de 22,1%,
roubo a residência teve acréscimo de 8,3%, e
roubo em coletivo mais 19,2%.
De acordo com o relatório, o roubo a estabelecimento comercial caiu 9,4%, e o latrocínio teve menos duas vítimas..." (grifos nossos).
Já, na ADEPOL (http://www.adepolrj.com.br/adepol/index.asp):
"ADEPOL/RJ INTERPELA COM. DA PMERJ POR OFENSAS CONTRA A POLÍCIA CIVIL.
22/12/2006
Fonte : ADEPOL/RJ
A Notificação Judicial foi distribuída na Comarca de Búzios, para o 1º JECRIM, cujo processo tornou nº 2006.860.001522-4. Veja abaixo o inteiro teor da peça judicial.
...
II – Dos Fatos
No dia 21 de setembro de 2006, o diário “Primeira Hora” divulgou reportagem, de autoria do 1º notificado, intitulada “A Polícia mais perto da comunidade resulta em maior segurança social” (vide doc. nº 04).
Segundo se depreende, a matéria, que mereceu destaque na capa e continuação na página 03 – já aqui sob o título “A Polícia que queremos perto da população, para melhor protegê-la” –, foi baseada em entrevista com o 2º notificado, na qual este revelou sua visão acerca da segurança pública fluminense.
No quadro denominado “Propostas para Segurança” (página 03), há um esquema, supostamente elaborado pelo 2º notificado, que representa o sistema de segurança pública. O gráfico parece sugerir que, nos inquéritos policiais, a decisão do delegado gera impunidade (IP – decisão do DEL. > gera impunidade).
Pouco abaixo, a sigla “PC” aparece direcionada, por meio de uma seta, para o desenho de uma lata de lixo. Todo o contexto leva a crer que as iniciais “PC” significam “Polícia Civil”, pois elas estão perfiladas com abreviações como “PM”, “MP”, “Pod. Jud.” e “Sist. Pen.”.
Em outra passagem, há ainda estes escritos: “VPI e SSP / Resolução que fere a Lei”.
Ora, tais apontamentos são profundamente desairosos para a Polícia Civil, uma vez que toda a instituição viu-se relegada à cesta de lixo. Não bastasse esse ultraje institucional, deixa-se, também, sob suspeita a honra e a dignidade dos delegados, cuja atuação geraria impunidade e adotaria procedimentos que ferem a lei...". (grifos nossos).
E por falar na atuação dos Delegados, me vem à mente os índices de elucidação de delitos, divulgados, apenas uma vez,
(http://urutau.proderj.rj.gov.br/isp/admin/paginas/upboletim/2003_06_Bol.zip) pelo poder público (SESP/ISP), nos quais se via, por exemplo, que a média de elucidação de delitos de homicídio nas dez delegacias cujas circunscrições comportavam o maior número de vítimas era de 2,7%.
Que quando o assunto era roubo a transeuntes, a elucidação chegava a apenas 9,0%.
Que quando o tópico abarcava roubo em coletivos, a elucidação era de 3,9 %.
E não nos esqueçamos de que tais índices abrangiam as prisões em flagrante delito, feitas, em sua maioria e por questões óbvias, fruto de sua maior capilaridade, pela Polícia Militar.
E, não sei se lembram, mas a série de matérias publicadas no periódico Extra em setembro e outubro deste ano sob o título INVESTIGAÇÃO ZERO trouxe à luz importantes questões,tais como o fato de que "...apenas 4% dos crimes ocorridos em 39 delegacias legais da Região Metropolinana do Rio viraram inquérito." (29Set06 - "Sem investigção, mais roubos"). De que "...além de provocar o fechamento de 22 varas criminais por falta de processos, a prática de suspender investigações de registros de ocorrências em delegacias também provocou estragos em outra frente no judiciário (...) a falta de investigação é a principal causa do pequeno número de condenações no estado" (01Out06 - "Roubos: poucos são condenados").
Deixa pra lá!
Já escrevi em demasia.
Afinal, as coisas já estão melhorando, uma vez que agora a Polícia Civil possui um helicóptero blindado cuja aquisição, certamente, deve estar inserida em algum tipo de planejamento alusivo à redução da impunidade, através do cumprimento de sua missão constituicional, ou seja, ELUCIDAÇÃO DE DELITOS.
Quem sabe não teremos percentuais de elucidação de homicídios superiores a 5%, já que tal helicóptero possui equipamento para a realização de patrulhamento noturno?
Quem sabe os roubos a transeuntes não vão cair (ou, ao menos, parar de subir), fruto da quase (ou, ao menos, razoável certeza) de que seus autores serão descobertos?
Quem sabe a Polícia Militar não vai passar a tratar com ainda maior deferência os Doutores Delegados de Polícia, nunca ousando confrontá-los com a realidade objetiva dos números?
Aliás, quem sabe se os tais Doutores não terão seus vencimentos equiparados aos percebidos pelos juízes, fruto da magnânima qualidade de seus serviços, já que parecem não ganhar o suficiente?
Delegado de primeira classe – R$ 12.133,97
Delegado de segunda classe - R$ 10.771,89
Delegado de terceira classe - R$ 8.810,81.
Quem sabe o helicóptero blindado não poderá se prestar ainda ao transporte de equipamentos e apoio às "frações de tropa" da Polícia Civil, evitando maior agravamento do desvio de suas funções constitucionais principais, já tão mal cumpridas?
Quem sabe se graças à aquisição do helicóptero (pelo valor de R$ 7,8 milhões, com recursos do governo do Estado e da Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp), o poder público não volte a divulgar, orgulhosamente, os índices de elucidação de delitos?
Quem sabe o helicóptero não foi entregue com corretas finalidades à Instituição errada? Ou com erradas finalidades à Instituição certa? Ou sem finalidades? Quais são as finalidades mesmo?
Quem sabe a mantença da falta de autonomia da Polícia Técnica, da reserva de mercado da Polícia Civil na lavratura de termos circunstanciados e registro de ocorrência, da aferição da eficácia policial calcada na apreensão de armas, drogas e prisões, da insistência no fato de que a mera presença policial pode reduzir (e não deslocar) delitos, da leniência com o jogo do bicho, com o transporte alternativo irregular e com o exercício de atividades remuneradas de natureza privada por agentes públicos, e, dentre outras tantas coisas, do desvio de função de Instituições e de seus integrantes não nos conduzirá, afinal, a um estado melhor?
Quem sabe?
Mas não importa, já que ao final somos nós mesmos que sempre pagamos a fatura.
Há, já ia esquecendo, mas enquanto tudo acontece, no site da "nossa associação" (http://www.assofrj.org.br/restaurante/cardapio.html) podemos nos certificar, com destaque, de que:
"O cardápio semanal, variado, inclui pratos frios e quentes com a seguinte composição diária:
SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA
Arroz Arroz Arroz Arroz Arroz
Feijão preto Feijão preto Feijão preto Feijão preto Feijão preto
Farofa Farofa Farofa Farofa Farofa
Filé de frango grelhado...
Bife acebolado Bife rolé Carne assada Bife à milanesa Filé de peixe frito
Estrogonofe de carneFrango c/ molho Frango c/ molho Carré ao molho Frango frito ...".
Piada de quem mesmo?
NOTA 10 PRO SENHOR.
ResponderExcluirÉ uma verdadeira farofa!!
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