13/03/2007

Homicídios contra policiais e sensação de impunidade. Por que não existe especializada?

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Conforme publicado em http://www.sinpol.org.br:

"Menos de 20% dos crimes contra policiais são apurados
26/02/2007

Nos últimos dois anos 40 policias civis executados.

Com o assassinato do inspetor Félix dos Santos Tostes, quinta-feira, no Recreio, sobe para 19 o número de policiais civis executados no Rio desde o início de 2006.

Em 2005, 23 policiais civis foram executados sumariamente por armas de grosso calibre. Nos últimos dois anos o número sobe para 40. A maioria desses policiais foram mortos quando estavam de folga.

Ano passado, apenas quatro estavam de serviço. Em 2007, os três policiais que morreram estavam de folga ou licença. Em 97% dos casos, os crimes contra policiais ocorrem sempre no interior de seus veículos ao serem abordados por marginais na tentativa de roubar seus carros.
Dentro desse percentual, cerca de 30% das mortes têm indícios de execução sob encomenda, não relacionados a roubo de automóveis. Outro fator que preocupa o Sindicato dos Policiais Civis é que menos de 20% dos homicídios contra os agentes da lei são apurados com os responsáveis identificados e presos. É o caso da oficial de cartório Ludmila Maria Fernandes, da 22ª DP (Penha), assassinada em Magé, no dia 4 de agosto de 2006, quando se dirigia para casa em Imbariê.

Ludmila tinha 24 anos, foi torturada e teve o corpo carbonizado pelos marginais que atearam fogo no Fiesta de sua propriedade. A mãe, a advogada da OAB, Zoraide Vidal, lembra que o assassinato ocorreu na mesma noite da morte do desembargador José Maria do Mello Porto, na Av. Brasil. No caso do Juiz, os assassinos foram presos poucos dias depois. No de Ludmila, até hoje a polícia não prendeu os assassinos da jovem policial.".


Cabe ressaltar que, em verdade, a taxa de elucidação deve estar bem abaixo dos 20% anunciados pelo referido sindicato (da Polícia Civil).
Afinal, conforme noticiado no periódico "O Globo" (14Dez06), somente 1,31% dos homicídios são elucidados pela Polícia Civil.
Infelizmente, do ponto de vista estritamente estatístico, o crime no RJ - inclusive o praticado contra agentes da lei - compensa, já que a possibilidade de seu autor ser descoberto é ínfima.

Em meio à gravosa situação que assola os agentes da lei, emerge o fato de que não existe delegacia especializada na investigação dos homicídios praticados contra os mesmos.
Ora, por que motivo tal delegacia ainda não foi concebida?
A questão não é importante?
Não é muito mais importante do que, por exemplo, furto de energia elétrica, delitos contra o consumidor, crimes contra a saúde pública, crimes de informática, crimes contra a propriedade imaterial, etc?


Ou será que seu advento se prestaria a evidenciar de forma ainda mais cabal o quão ineficaz é o trabalho "investigativo" da Polícia Civil?

OS RECURSOS PÚBLICOS (HUMANOS E MATERIAIS) DISPENDIDOS PARA O "FUNCIONAMENTO" DA COORDENADORIA DE RECURSOS ESPECIAIS (CORE) NÃO SERIAM MELHOR APROVEITADOS SE, AO CONTRÁRIO DE GERAREM INCURSÕES OSTENSIVAS DE NATUREZA MILITAR (EFEITOS COLATERAIS ADVERSOS - BALAS PERDIDAS E INOCENTES MORTOS - À PARTE), ESTIVESSEM SENDO EMPREGADOS NA INVESTIGAÇÃO - E ELUCIDAÇÃO - DOS HOMICÍDIOS PRATICADOS CONTRA POLICIAIS?

5 comentários:

  1. leia hoje no blog: "O alvo da chibata"

    - como será o amanhã, como vai ser o meu destino!!!

    falando sobre o O CAOS E A GUERRA CONTRA A PMERJ, NA CIDADE DO RIO....

    leia e dê sua opinião: www.oalvodachibata.blogspot.com

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  2. CARO MAJOR, NÃO AGUENTAMOS MAIS ESSE CLIMA DE TERROR INSTALADO NO NOSSO ESTADO, E NINGUÉM SE MOVE PARA PODER MODIFICAR A LEGISLAÇÃO PENAL VIGENTE.... O QUE SERÁ DOS MEUS FILHOS DAQUI A ALGUNS ANOS?
    SERÁ QUE ESTAREMOS VIVOS PARA VER O FINAL DESSA NOVELA?

    ESPERAMOS NÃO NOS TORNARMOS MAIS UM SOL NO CÉU DO BRASIL...

    FRATERNO ABRAÇO, AVANTE GUERREIROS

    QUEM É SABE!!!

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  3. Anônimo22:47

    Caro Wanderby!
    Hoje ouvi de um senhor que não é policial, mas foi baleado por uma 9mm de um vagabundo que fazia arrastão, junto com outros, próximo ao Complexo da Maré, a sua indignação com a situação que nós vivemos, de sermos exterminados por marginais e nada acontecer em resposta. O mesmo me deu algumas opiniões, claro ele não é policial, mas ouvir conselhos de pessoas que passaram pelo que ele passou nos é útil e ouvir não custa nada e pode ser proveitoso. Uma foi de que se ele fosse policial no dia de hoje ou pediria baixa ou mataria tantos marginais quanto ele podesse. Que não é possível as coisas acontecerem e nossos políticos, comandantes e órgãos formadores de opinião tirarem ou reterem o nosso direito a autoridade( interprete como discricionaridade). Pois eles o fazem porque não são eles após o fim do expediente que têm de se deslocar por áreas de risco para chegar em casa vivos. Outra que ele me disse e eu achei muito interessante, seria de nos unirmos e contra-atarcarmos e acaso nossos políticos, comandantes e formadores de opoinião derem contra, então que nós paremos para força-los a reverter esse estado de caus que nos abate, "hoje foi mais um sol que nasceu no céu do Brasil", e voltarmos a ter a Ordem Pública que é a nossa maior missão seguido pela proteção da moral e dos bons costumes.
    Claro! Isso seria motim. Mas devemos, praças e oficiais( e até mesmo policiais de outras instituições, juizes, promotores e pessoas entenidas na segurança pública) sem distinção ou hierarquia, a começar a montar grupos de debates para se tentar democraticamente formar uma Carta da Segurança Pública e precionarmos nossos políticos e convencer a população de que a polícia boa é a polícia que reaje a estas violências com o nível de energia maior do que as dos marginais para retormar a Ordem, uma polícia que aborda, multa(poder que nos foi tirado pelo ex- Comante Geral para atender a devaneios políticos do Garotinho), apreende veículos e documentações de motoristas infratortes, que cerseia direitos individuais em nome do direito coletivo. Ou seja, uma polícia discricionária de ponta a ponta do estado, mantenedora da Ordem Pública.
    É meu anseio como PM, que comece por nós a mudança, já que nós é que estamos morrendo, nossas familias e entes queridos é que estão sofrendo e apreensivos quando saimos para trabalhar sem saberem se voltaremos ou se serão atacaos por serem amigos(as), esposas(os), pais, filhos, parentes; por serem pessoas que nos amam.
    Temos que reagir!
    Temos que vencer o mal!
    Nem que para isso fassamos uma passeata nós; as pessoas que nos amam; as familias que ficaram desamparadas por terem seus chefes, pais, filhos e Heróis mortos por esse caus governamental que privilégia o vagabundo e nos desmoraliza, nos mata...
    VAMOS DAR O SINAL DA NOSSA FORÇA!
    Desde já agradeço sua luta por todos nós.


    Um Soldado Policial Militar amante da Corporação.

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  4. Anônimo12:24

    Olha amigos, o poder político resiste em adotar a pena de morte e a prisão perpétua no nosso País, mas será que sabem que nós PM estamos condenados a morte pelos bandidos? Caro congresso nacional, abra o olho, bandido não tem pátria e nem respeitam nenhuma lei. Pra eles não existe Estado, Sociedade, Soberania, etc. São autênticos animais e como tal devem ser caçados para serem mortos e não presos.

    Ass: papa defunto.

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  5. Irmãos em armas

    Eis o conteúdo do documento que enviamos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, noticiado hoje no Jornal do Brasil:

    AO EXMº Sr SECRETÁRIO EXECUTIVO DA COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS DA OEA

    Tenho a honra de me dirigir a V.Exª para acusar o recebimento de vosso ofício, em resposta a nossa solicitação para que essa insigne Comissão notificasse ao governo brasileiro sobre as contínuas mortes de policiais no Brasil, o que à época foi noticiado amplamente , conforme nota da Agência Brasil,transcrita em vários jornais pelo Brasil:

    http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=2006616151129&assunto=26&onde=1

    Em vossa resposta, com a clara intenção de nos ajudar, havia a orientação de que nós deveríamos observar as formalidades desse organismo internacional,citando o artigo 28 do Regulamento da Comissão e nos enviando em anexo um folheto intitulado: Direitos Humanos - Como apresentar petições no sistema interamericano, com as condições necessárias para a apresentação de petições a esse organismo. A primeira requer que façamos referência à suposta violação dos direitos humanos, a segunda que esgotássemos todos os recursos internos disponíveis no Brasil, exigindo-se que aguardássemos em até seis meses para agir e, finalizando, que a nossa petição não deveria estar pendente na Comissão de Direitos Humanos da ONU.

    Quanto à primeira condição, dirijo-me a V.Exª para informar que O DIREITO À VIDA dos policiais não estão sendo protegidos no Brasil. De 2000 a 2004, 758 PMs foram mortos só no Rio de Janeiro, conforme pesquisa da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), a qual demonstrou que a mortalidade de policiais no Rio é 13 vezes maior do que a da população brasileira. Quanto à segunda condição, nossa petição protocolada na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados do Brasil, recibada em 10 de agosto de 2004, porém até hoje não foi respondida, encontra-se em anexo, o que cremos, deixa patente que já se esgotou o tempo de seis meses exigido.Outrossim, quanto à terceira condição,informo-vos que não há petição protocolada por esta entidade na Comissão de Direitos Humanos da ONU.

    Finalizando, reiteramos a esse organismo que notifique o governo do Brasil sobre as necessidades urgentes de se investir na proteção do DIREITO À VIDA dos policiais brasileiros, haja vista os contínuos cortes, ano a ano, nos recursos federais destinados à área de segurança pública, além dos nefastos contingenciamentos de verbas. Ressalte-se, que desde o envio de nossa petição à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, em 19 de junho de 2006, já foram assassinados mais de 100 policiais no Rio de janeiro e cerca de 400 no Brasil, portanto a situação é urgentíssima e requer menos formalidades, inclusive, só nos últimos 7 dias, morreram 10 policiais no Rio de janeiro,aos quais prestamos as justas homenagens, citando-os a seguir:

    1 - Na manhã de 08/03/2007, traficantes da Favela do Caracol, em Bonsucesso, mataram a tiros o PM Fábio Luís Gadelha. Os bandidos atiraram contra o carro da PM, que fazia patrulhamento no local. A polícia fez buscas na região e ninguém foi localizado.

    2 e 3 - Na noite de 08/03/2007, Uma mulher ligou para a 27ª DP (Irajá) pedindo que policiais fossem até a Rua Monsenhor Félix. Quando o cabo Sebastião da Silva Santos e soldado Fábio Roberto da Silva chegaram em frente ao número 277, onde fica um posto de gasolina, que já estava fechado, um Space Fox se aproximou. Três homens armados com fuzis desceram do carro, enquanto outro homem ficava no veículo, e atiraram contra os PMs. O cabo e o soldado levaram mais de 30 tiros e foram levados para o Posto de Atendimento Médico (PAM) de Irajá, onde chegaram mortos. Os fuzis dos PMs foram roubados.

    4 - Um PM foi assassinado na noite de quinta-feira,08/03/2007, quando voltava da faculdade.Cláudio Ferreira da Silva, 29 anos, lotado no GETAM, foi baleado quando estava em um ponto de ônibus na Av Marechal Deodoro , no bairro 25 de agosto, Dque de Caxias. Dois homens em uma moto efetuaram vários disparos na cabeça do PM e fugiram levando sua arma.

    5 - Depois de ajudar a levar os PMs executados em Irajá para o hospital e ir ontem ao enterro dos colegas, o cabo Marcel foi morto pouco depois de sair do cemitério,à noite de 09/03/2007 . Ele estava ao volante de seu Fox prata, no cruzamento das ruas Vila Nova e Carolina Machado, em Osvaldo Cruz, a 100 metros de casa, quando foi abordado por dois homens. O policial reagiu à tentativa de assaLto, e os bandidos atiraram, acertando a cabeça de Marcel, que morreu no Hospital Carlos Chagas.

    6 - O capitão Paulo César Silva dos Santos Lima, do 18º BPM (Jacarepaguá), foi morto durante tentativa de assalto em Anchieta na noite de segunda-feira, dia 12 Mar 2007.

    7 - O terceiro-sargento Hélio Ricardo Porto Valentino, do 9º BPM (Rocha Miranda), lotado na Policlínica de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, foi morto na noite desta terça-feira, 13 Mar 2007 , ao reagir a assalto, na Rua Mercúrio, na Pavuna. O policial voltava para casa, em seu Sienna grafite. Os assassinos estavam em um carro escuro, de marca e placas não identificadas. 8 -

    8 - Na noite de14 Mar 2007, o sargento PM Jorge Ulisses Fernandes, 44 anos, lotado no 5º BPM (Praça da Harmonia), foi assassinado a tiros por bandidos, na esquina da Rua Irapuá com Tapevi, na Penha Circular, subúrbio do Rio. O policial estava fora de serviço no seu carro, um Fiat Palio, quando foi abordado por ladrões, que ocupavam um veículo escuro, de placa não anotada. O PM reagiu e trocou tiros com os assaltantes, mas acabou atingido por vários disparos na cabeça, tórax e abdômen. O sargento foi socorrido e levado para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu.

    9 - Morreu na manhã de quinta-feira, 15 Mar 2007, o PM Elson de Souza Rente, 30 anos , atingido por mais de dez tiros após confronto com bandidos na Favela de Vigário Geral, na Zona Norte.

    10 - No fim da tarde de 15 Mar 2007, na Favela da Metral, em Bangu, o sargento PM Aílton Lima da Fonseca, do 14º BPM (Bangu), atingido na cabeça com tiro de fuzil por traficantes, foi hospitalizado, mas não resistiu.

    Respeitosamente,

    TENENTE MELQUISEDEC NASCIMENTO

    PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS MILITARES AUXILIARES E ESPECIALISTAS -AMAE

    www.amae.org.br

    MATÉRIA DE HOJE(17/03/2007) NO JORNAL DO BRASIL


    Associações cobram mais equipamentos

    Breno Costa e Felipe Sáles

    As associações de policiais do Rio já começaram a cobrar por melhores condições de trabalho dos agentes de segurança. Do estado dos coletes à proteção das cabines e dos veículos, vários itens vêm sendo contestados. Após reunião com a cúpula da Polícia Militar, o coma ...


    http://jbonline.terra.com.br/editorias/rio/papel/2007/03/17/rio20070317003.html

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