do Rio de Janeiro...
Afinal, é no RJ que resido.
Se fosse falar de outra Polícia Militar, poderia fazê-lo em relação à PMSC, cada vez mais, referência nacional em excelência de serviços prestados à população.
Mas sou do RJ!
Preciso falar de uma Polícia Militar em que a máxima segundo a qual "toda ocorrência termina na delegacia" ainda é uma triste, onerosa e penosa realidade.
De uma PM mais tutelada por práticas policialescas eleitas por gestores da "polícia judiciária" do que por ditames legais vigentes.
Da PM de uma Unidade da Federação em que até mesmo o simples registro de extravio de documentos só é feito no balcão de uma delegacia de polícia.
Da PM de um estado em que a "solução" para o controle da criminalidade parece desconsiderar a necessidade de redução da sensação de impunidade, fundamentando-se, tão somente, na mera presença de representação fardada/uniformizada como pressuposto de redução de crimes, desconsiderando o fato de que tal medida apenas desloca sua prática.
Da PM de um estado em que as taxas de elucidação de delitos da polícia investigativa permanecem ocultas. E ocultas, pasmem, sob o seguinte argumento de sua Secretaria de Estado de Segurança:
"Os sistemas informatizados das Delegacias Legais não permitem ao Instituto de Segurança Pública consolidar as informações sobre a elucidação de delitos nas Delegacias Legais" (informações prestadas no bojo do Processo n.º 0045384-90.2014.8.19.001).
Não vou falar de "meritocracia", de escalas, de posicionamentos, de amor corporativo, de polícia judiciária militar, de autoridade moral, de legitimidade, de profissionalismo, de identidade ou de ética...
Aliás, nem vou falar da PM do RJ...
Não é necessário!
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