Lembro-me de quando vestia a camisa azul de meu pai, orgulhoso em ser filho de PM, não fazendo segredo algum (muito ao contrário) em dizer que era filho de Capitão da PM. "Seu pai é capitão e advogado" (sic), dizia minha mãe...
Lembro-me do dia em que, atendendo aos meus reiterados apelos, meu pai me buscou, fardado, à saída da escola e lembro-me daquela roda de crianças em torno dele.
Lembro-me de sua espada presa à parede na sala de nossa casa.
Lembro-me de sua espada presa à parede na sala de nossa casa.
Lembro-me do presente que, com a autoridade de meus poucos anos de vida, lhe dei e da promessa de que ele o exibiria em sua mesa de trabalho. Era um brasão de plástico com a expressão "Capitão" que comprei na barraquinha do colégio com o dinheiro da merenda.
Lembro-me do Cabo de Polícia responsável por garantir nossa travessia segura ao término das aulas e das homenagens que sempre recebia de nossa escola aquele "Cabo velho".
Lembro-me de meu pai me mandando buscar seu "bibico", já que estava seguindo para o pátio do Batalhão de São Cristóvão e não queria dar mau exemplo.
Lembro-me dele engraxando o coturno para a passagem de comando do Batalhão. E lembro-me dele desfilando, ao lado de outros Oficiais, em continência ao novo Comandante, em plena Praça da Harmonia.
Lembro-me dos desfiles no dia 21 de abril, quando, orgulhoso, ladeava
meu pai na escadaria da ALERJ para ver a PM desfilar. E lembro-me
daqueles uniformes azuis, da marcialidade, do movimento d`armas e do
brado da EFO.
Lembro-me de respeito, tradição, garbo, amor...
Lembro-me da Polícia Militar!
E lembro-me de que, como ouvi faz alguns poucos anos, o futuro da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro está no passado.
No passado!
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