20/11/2021

Consciência...

Dia 20 de novembro e me vem à mente a imagem da Soldado Fabiana.

Fabiana que entrou para a história não "apenas" como mais um(a) integrante da Polícia Militar assassinado(a) no desempenho de suas funções.

Fabiana foi o primeiro caso de morte de PM em Unidade de Polícia Pacificadora!

Um verdadeiro choque à época e com repercussão internacional. 

Raro momento em que a morte em serviço de integrante da PM do RJ gerou tamanho estranhamento.

Sim, já faz algum tempo e hoje em dia o "sonho" da pacificação não é muito mais ou muito menos do que a realidade que o antecedia.

As coisas seguem como sempre seguiram... 

As coisas são como são?

Algo mudou de lá para cá?

Alguém se lembra daquela ainda jovem mulher, nascida no interior do RJ e que envergava a farda da PM pacificadora na UPP Nova Brasília? 

Seu homicídio foi elucidado?

Quem se importa?

Alguém ainda se lembra da Soldado Fabiana?


22/03/2021

Como escapar de nós mesmos?

A reflexão é breve; talvez mais do que deveria, mas ainda assim o é (ou pretende ser).

Como chegamos ao ponto em que nos achamos? E como saímos dele?

Talvez o caminho, tal qual a virtude, esteja realmente no meio.

Os extremismos que têm nos habitado trazem no pacote a guerra aos seus opostos, mesmo quando não são de fato tão extremos e opostos quanto parecem ou como se deseja fazer parecer ser.

E interessa pontuar que para além dos fantasmas reais ou não que alimentam o desejo de guerra parece haver e em não poucas vertentes identidade de condutas, para acertos e desacertos, independentemente do “lado” de quem empunha a caneta e desfralda a bandeira.

Claro que o governo atual, democraticamente protagonizado por militares (talvez “como nunca antes na história do país”), tem se mostrado funesto e de certa forma até desavergonhado de suas flagrantes e cada vez mais gritantes imperfeições e... derrotas.

E claro que outros que o antecederam existiram e agiram de forma nem tão diferente assim. Mas, por certo, nunca com tamanha morbidez. Afinal, temos a pandemia...

E a dúvida persiste! Como nos livrarmos disso?

Infelizmente ou não nosso problema democrático resulta de nossas próprias escolhas (democráticas).

Logo, somos reféns de nós mesmos. Somos “soldados” voluntariamente alistados em um ou em outro “exército” e nos vemos sempre assombrados com a possibilidade de vitória de nosso “oponente”.

Mas o que fazer então?

Desertar!

Abandonemos o campo de batalha e mandemos nossos sempre seguros e bem remunerados “generais” (hoje mais do que ontem) às favas sejam quais forem as cores das “fardas” usadas (talvez se bem lavadas nem se mostrem tão diferentes assim).

Busquemos o caminho do meio!

Se não conseguirmos nos libertar de nós mesmos - dos extremismos que nos habitam - talvez sejamos responsáveis por delegar o poder a algo tão funesto e desavergonhado quanto o que hoje temos, tenha o mandatário o nome (e as “cores”) que tiver, inclusive, o mesmo.

Não há virtude e glória nos extremos.