31/07/2008

A VERDADE... NADA COMO A VERDADE...


FOLHA DA POLÍCIA MILITAR - MAIO - 2008

GRATIFICAÇÕES DE COMANDO

R$ 90.375,84



FOLHA DA POLÍCIA MILITAR - JUNHO - 2008

GRATIFICAÇÕES DE COMANDO

R$ 181.308,05


INCREMENTO

SUPERIOR A 1 0 0 %
.
E APENAS PARA ALGUNS CORONÉIS
(POUCO MAIS DE DEZ)
.

30/07/2008

"O futuro tem muitos nomes. Para os fracos, é o inatingível. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, a oportunidade.". Victor Hugo.

'CORONÉIS BARBONOS'
Causa debet praecedere effectum.
(Não há efeito sem causa)

AO POVO DO RIO DE JANEIRO:
Cerca de um ano atrás, com a finalidade de resgatar a cidadania, a dignidade pessoal e profissional dos integrantes da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, bem como reduzir dificuldades na área de segurança pública mediante propostas de ações governamentais, um grupo de integrantes da Polícia Militar do último posto da Corporação, denominados “Coronéis Barbonos”, travejado na experiência profissional adquirida ao longo de mais de trinta anos de serviço, elaborou manifesto denominado “Pro lege vigilanda” (Para a vigilância da lei) de cunho estritamente institucional, contendo as principais e urgentes necessidades da Corporação e de seus Componentes.
O documento discorria sobre doze tópicos, consolidados nos princípios de valorização do servidor público policial militar, profissionalização, racionalização de recursos e fortalecimento institucional, todos exeqüíveis e extremamente essenciais para a implementação de um projeto de segurança pública concreto e viável, tanto que, alçado à análise do Chefe do Executivo Estadual, teve pronto assentimento, por entender que por aquelas doze proposições passava a recuperação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, órgão responsável pela polícia administrativa da ordem pública no ordenamento constitucional e infraconstitucional vigentes.
Naquele instante já alertávamos para o fato de que a funcionalidade e operacionalidade do sistema policial, sempre jogadas para um plano secundário, achavam-se agonizantes; que os estertores de uma Corporação subjugada e sem brio se faria ouvir na sociedade, preliminarmente levando às comunidades carentes o terror de uma política de segurança sem os requisitos mínimos de inteligência e alicerçada unicamente no belicismo descabido, posteriormente impondo às demais camadas da sociedade o medo, a desconfiança e o luto pelos muitos filhos sacrificados em razão do despreparo e da pressão funcional e emocional a que são submetidos os profissionais de segurança.
Urgia uma radical mudança de postura na condução da política de segurança pública, pois é fato que a que hoje está em prática, a qual já se arrasta por muitos anos e desgovernos não atende aos anseios da população, tampouco traduz as aspirações da sofrida família policial-militar, ao menos a majoritária parcela de abnegados preocupados em servir e proteger, já que além de nossas reputações maculadas pela desconfiança da população e pelo contínuo achincalhamento promovido pelos meios de comunicação - não sem razão, admita-se – também nos vemos vítimas e reféns do atual estado de barbárie em que vivemos.
Estamos certos de que, ao contrário do que indica a desconstrução da imagem institucional mediante a série de gravosos e lamentáveis fatos envolvendo policiais-militares com toda sorte de crimes, ainda não chegamos ao fundo do poço, mas tal não tardará, pois quando o cidadão deixa de ter o Estado como seu protetor e passa a vê-lo como algoz, quando a desconfiança impera, quando os agentes da lei sentem-se sem credibilidade e incapazes de mudar o estado de coisas que os afligem, as conseqüências tendem a revelar um quadro de completo caos social, que somente o desprendimento de um governo inteiramente voltado para a coisa pública e avesso a picuinhas e jogadas de bastidores daqueles que querem prolongar o statu quo pode reverter.
Quando de nosso manifesto, fomos afastados e defenestrados da Corporação, como se nosso posicionamento fosse contrário ao interesse social e institucional, mas tal injustiça não esmoreceu nossa crença de que é preciso mudar radicalmente alguns conceitos, que as proposições por nós outrora firmadas são essenciais para a retomada do caminho da ordem pública, bem como sabemos que determinadas medidas irão requerer tempo para que logrem seus objetivos, enquanto que outras terão efeito imediato; da mesma forma é certo que algumas exigirão um esforço contínuo do governo, mediante planejamento e previsões orçamentárias, já outras se realizarão mediante simples ato do executivo, entretanto, todas necessitam de uma ação única e imediata, para que não se perca mais tempo.
Esclareça-se que sempre estivemos e estamos à disposição do Estado do Rio de Janeiro e de sua população, colocando nossa larga experiência a seu serviço.
Nosso manifesto, longe de configurar um ato de rebeldia ou de insubordinação, foi um grito de alerta e teve o caráter de rever conceitos defasados e garantir melhor contraprestação de serviços para o povo fluminense, o que é nossa missão.
Não podíamos ser subservientes e estéreis, pois nunca agimos assim ao longo dos nossos mais de trinta anos de carreira policial-militar.
O quadro atual demonstra que não estávamos errados.

HILDEBRANDO QUINTAS ESTEVES FERREIRA
CORONEL DE POLÍCIA
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
LEONARDO PASSOS MOREIRA
CORONEL DE POLÍCIA
FRANCISCO CARLOS VIVAS
CORONEL DE POLÍCIA
RONALDO ANTÔNIO DE MENEZES
CORONEL DE POLÍCIA".

27/07/2008

"SE AS ESTRELAS FALASSEM"

(SARGENTO DA PMERJ)
"SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS REVELARIAM A VERGONHA DE TER QUE ADORNAR A FARDA DE HOMENS QUE NÃO MERECEM O SEU BRILHO. HOMENS QUE VIRAM AS COSTAS PARA OS SEUS COMANDADOS, E QUE SÃO CAPAZES DE NEGOCIAR COM A MISÉRIA QUE ASSOLA A BASE DA TROPA.
SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS DIRIAM QUE ESSES HOMENS DESCONHECEM O VALOR DA HONRA, ALIÁS, ELAS DIRIAM QUE ELES NEM SABEM O QUE SIGNIFICA HONRA. VISTO QUE HONRA É UM VALOR INTRÍNSECO NO SER HUMANO, QUE É ADQUIRIDO NO BERÇO E NÃO SE PERDE NOS PERCALÇOS DA ESTRADA. A HONRA NÃO SE VENDE, NÃO SE DÁ A NEGOCIATAS, NÃO TRIPUDIA EM CIMA DA DOR DO PRÓXIMO, NÃO SE VAN-GLORIA OUVINDO GRITOS DE SOCORRO, COMO É PRÓPRIO DOS CORONÉIS...
SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS DIRIAM QUE O SALÁRIO DESSES CORONÉIS, NÃO É COMPOSTO APENAS DO QUE PENSAMOS. ALÉM DE TUDO O QUE VEM NO CONTRA CHEQUE, EXISTE AINDA OS VALORES NEGOCIADOS COM O JOGO DO BICHO, COM OS DONOS DAS MAQUININHAS DE CAÇA-NIQUEIS, COM OS FORNECEDORES DE MATERIAIS PARA OS BATALHÕES,COM O PRÓPRIO TRÁFICO DE DROGAS, COM A MÁFIA DAS VANS...
AH! SE ESSAS ESTRELAS FALASSEM. CERTAMENTE ELAS DIRIAM QUE É POR CAUSA DISSO, QUE UMA CASA DE JOGOS FUNCIONAVA NUMA GALERIA AO LADO DO 19ºBPM, SEM QUE NINGUÉM OS INCOMODASSE. ELAS EXPLICARIAM O PORQUE DE POLICIAIS FICAREM BASEADOS NA FRENTE DOS HOTÉIS NA ORLA DA ZONA SUL.
SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS EXPLICARIAM O PORQUE DO FUNCIONAMENTO DAQUELA BANQUINHA DO JOGO DO BICHO EM FRENTE AO BANCO ITAÚ, QUE FICA DO OUTRO LADO DA CALÇADA DO QG. ELAS EXPLICARIAM O PORQUE DAS VIATURAS DO 9ºBPM SEREM COLOCADAS EM PB FIXOS, LONGE DO LUGAR ONDE O TRÁFICO ACONTECE.
SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS DIRIAM PARA ONDE VAI A CARNE DE BOA QUALIDADE ADQUIRIDA PELA CORPORAÇÃO, MAS QUE NÃO APARECE NOS RANCHOS DOS QUARTÉIS. SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS CONTARIAM O PORQUE DE NUNCA EXISTIR FARDAS PARA A TROPA, APESAR DAS CONSTANTES NOTAS DE COMPRAS.
SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS DIRIAM O NOME DOS 'MARGINAIS' QUE USAM FARDA E CARREGAM ESTRELAS, E QUE ESTÃO A SERVIÇO DO COMANDO VERMELHO, USANDO O APARATO POLICIAL QUE COMANDAM, PARA IMPEDIR A INVASÃO DO REDUTO DOS SEUS ASSECLAS.
SE AS ESTRELAS FALASSEM ELAS DIRIAM QUE BASTA SER FEITO UM RASTREAMENTO DAS LIGAÇÕES FEITAS PELOS NOSSOS COMANDANTES, PARA DESCOBRIR QUE EXISTE UMA LINHA DIRETA COM OS CHEFES DO TRÁFICO.
SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS DIRIAM QUE SE FOSSE FEITO UMA AUDITORIA, SERIA DESCOBERTO FACILMENTE QUE EXISTEM COMANDANTES QUE SÃO DONOS DE FRANQUIAS DO MCDONALD'S, MUITAS DELAS NO NOME DAS SUAS ESPOSAS E FILHOS, QUE NÃO TRABALHAM, OU SE TRABALHAM, NÃO GANHAM PARA ISSO. ELAS DIRIAM AINDA QUE OS NOSSOS DIGNÍSSIMOS COMANDANTES, SÃO DONOS DA MAIORIA DAS EMPRESAS DE SEGURANÇA DO RIO DE JANEIRO, RAZÃO PELA QUAL MANIPULAM AONDE DEVE OU NÃO HAVER POLICIAMENTO PARA AUMENTAR A NECESSIDADE DE SEGURANÇA E ADQUIRIREM CONTRATOS PARA AS SUAS EMPRESAS.
SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS DIRIAM QUE OS CHEFES DO TRÁFICO DETERMINAM AONDE DEVEM SER COLOCADAS AS VIATURAS, PARA FAZER SEGURANÇA NOS SEUS REDUTOS DE CRIME, IMPEDINDO, ATRAVÉS DA AÇÃO POLICIAL, QUE FACÇÕES RIVAIS ATRAPALHEM O SEU 'SERVIÇO'.
SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS DIRIAM QUE A VIDA DO SARGENTO E DO CABO QUE MORRERAM NA FONTE DA SAUDADE, TEVE UM PREÇO QUE FOI PAGO E FOI PARAR NO SALÁRIO DE UM CORONEL. ALIÁS, SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS DIRIAM QUE A MINHA E A SUA VIDA TEM UM PREÇO, E ESSE PREÇO É NEGOCIADO POR QUEM NOS COMANDA. PROVA DISSO, SÃO OS DOIS POLICIAIS DO 2ºBPM, QUE FORAM ASSASSINADOS QUANDO ESTAVAM BASEADOS NO TÚNEL SANTA BÁRBARA, ONDE O COMANDO DO BATALHÃO TINHA INFORMAÇÕES ANTECIPADAS SOBRE AS AMEAÇAS, E PERMITIRAM QUE OS SOLDADOS SAÍSSEM, SEM QUE FOSSEM ALERTADOS DO PERIGO.
SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS DIRIAM QUE BASTA COLOCAR MICRO CÂMERAS EM LUGARES ESPECÍFICOS E FAZER UMA PESQUISA NA JUCERJA COM OS NOMES DOS CORONÉIS E DE SEUS FAMILIARES, QUE TEREMOS FARTO MATERIAL A SER ENTREGUE NO MINISTÉRIO PÚBLICO PRA QUE SEJA INSTAURADO UM IPM OU UMA AUDITORIA NA PMERJ.
SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS DIRIAM FINALMENTE QUE A SAÍDA É PARAR DE TRABALHAR. ISSO PORQUE, O QUE MANTÉM O CORONEL NO COMANDO SÃO OS ÍNDICES DE APREENSÕES DE ARMAS E DROGAS. É A DIMINUIÇÃO DOS CRIMES COMETIDOS NA ÁREA DOS BATALHÕES E ASSIM POR DIANTE. CORONÉIS E COMANDANTES DE CPAS RECEBERAM GRATIFICAÇÕES DE R$7500,00 PARA A TODO CUSTO MANTER OS POLICIAIS TRABALHANDO. EIS O PORQUE DO DESESPERO DO CEL. DAVI, QUE PENSA QUE TEM PEITO DE AÇO E QUE É MAIS HOMEM DO QUE TODO MUNDO, QUE ACABOU COM A ESCALA DO EXPEDIENTE E ALTEROU A ESCALA DO BATALHÃO DE CHOQUE. ELES NÃO SABEM MAIS O QUE FAZER. OS HOMENS DE PRETO(BOPE) NÃO PRODUZEM MAIS. OS DEMAIS POLICIAIS ESTÃO DE BRAÇOS CRUZADOS, ESPERANDO O DIA ACABAR SEM SE IMPORTAR COM OS ACONTECIMENTOS. JÁ CONVOCARAM OS PSICÓLOGOS PARA REUNIÃO. ESTUDAM NA BASE DO CHICOTE, UM MEIO PARA MANTER NA LINHA UMA TROPA QUE ALÉM DOS SALÁRIOS MISERÁVEIS, ACABAM DE PERDER A OPORTUNIDADE DE FAZER UMA SEGURANÇA, VISTO QUE ACABARAM COM AS FOLGAS. ATÉ OS OFICIAIS ESTÃO INCOMODADOS COM ESSA SITUAÇÃO. AFINAL, SÓ DE GRATIFICAÇÃO MENSAL, O CEL. DAVI RECEBE O EQUIVALENTE AO SALÁRIO DE TRÊS MESES E MEIO DE UM TENENTE. O CALDEIRÃO VAI FERVER. O CALDO VAI SER DERRAMADO. AFINAL, ESTÃO COMANDANDO HOMENS, QUE AO CONTRÁRIO DELES, TÊM BRIO E HONRA.
SE AS ESTRELAS FALASSEM, ELAS DIRIAM QUE ELES ESTÃO SE PREPARANDO PARA UMA GUERRA, QUE SABEM QUE MAIS CEDO OU MAIS TARDE, VAI ACONTECER.
QUEM NÃO TRABALHA NÃO ERRA E QUEM NÃO ERRA NÃO É PUNIDO." (comentário postado).

26/07/2008

"Como pode uma geração de oficiais mercenários estragar toda uma Corporação?"

21/07/2008

Luto oficial (e bandeira nacional a meio mastro nos Quartéis da PM)!

No RJ, decretado por Sérgio Cabral em razão da morte de Dercy Gonçalves?
No mesmo RJ em que mulheres, crianças e idosos têm sido insistentemente assassinados e feridos em meio às constantes, malfadadas e nada inteligentes "operações policiais"?
Em que crianças e outros inocentes são mortos em meio até mesmo às abordagens policiais "de rotina"?
Em que policiais militares com remuneração vergonhosa (à exceção de alguns poucos dirigentes), sem previsão de carga horária, mais dedicados ao "bico" de que à profissão e submetidos a regulamento disciplinar anacrônico têm sido mortos como moscas (e repostos como... uma lâmpada que teima em queimar em um carro velho)?
Deve ser uma piada... quem sabe até a última de Dercy Gonçalves!

20/07/2008

Quem conduz a veraneiro?

"Se eles tem fogo em cima, é melhor sair da frente
Tanto faz, ninguém se importa se você é inocente
Com uma arma na mão eu boto fogo no país

E não vai ter problema eu sei estou do lado da lei".
O trecho da letra de "Veraneio Vascaína", composta por Flávio Lemos e Renato Russo em 1980, gravada pelo "Capital Inicial" (e censurada com a vedação de execução pública) no ano de 1986, parece mais contemporâneo do que nunca.
No momento em que a sociedade e a imprensa fluminenses começam a despertar sobressaltadas do pesadelo em que a segurança pública foi voluntária e deliberadamente imersa, os números alarmantes da letalidade policial e da letalidade contra o policial ganharam contornos menos acadêmicos e mais cotidianos, fruto da cobertura jornalística de recentes (sempre) e recorrentes desgraças que se abatem democraticamente sobre pessoas dos mais variados extratos sociais, de diversas matizes políticas, crenças religiosas, idades, etc; sobre famílias de vítimas da polícia e de policiais vítimas, unas na dor...
No momento em que termos como "impunidade", "bico", "auto de resistência", "statu quo policial", "bala perdida", "salário aviltante", "elucidação de delitos", "corrupção", "carga horária", "política de confronto", "autonomia da perícia criminal" e até "termo circunstanciado" parecem emergir dos textos acadêmicos e das postagens na rede mundial de computadores para o ideário social, os fluminenses começam a dar provas de que embora possam até não compreender ainda suas nuanças, enxergando-os isoladamente, já reconhecem sua importância para a reversão a níveis ao menos razoáveis da grave situação que lhes foi e ainda está sendo imposta.
Mesmo as frases vazias e repetitivas dos gestores do que se denomina (cada vez mais, somente por eles mesmos) "política de segurança pública" parecem não mais ecoar tão bem na imprensa e na sociedade.
No refrão, a letra diz:
"Cuidado, pessoal, lá vem vindo a veraneio
Toda pintada de preto, branco, cinza e vermelho
Com números do lado, dentro dois ou três tarados
Assassinos armados, uniformizados"
Em 2008, no RJ, não só as matizes são outras...
O condutor da grande "veraneio vascaína" também o é!

19/07/2008

FORA BELTRAME E SEUS ASSECLAS!

Amanhã, dia 20/07/08, às 0900 h, no Posto 6, em Copacabana
.
PARTICIPE

17/07/2008

VOCÊS SÃO SIM OS MAIORES RESPONSÁVEIS SEUS CANALHAS E CRETINOS!


Enquanto mais dois policiais militares extenuados pela absurda carga horária de trabalho imposta, agravada pela necessidade de dedicação dos parcos horários de "folga" ao "bico" (fruto da vexatória realidade salarial) são assassinados, quem deveria investigar os tantos outros casos havidos e fornecer ao Ministério Público a devida indicação de autoria, dá ensejo a mais um confronto armado em comunidade carente, vitimando, como de costume, inocentes.
Saldo de mais um dia de permanência de Beltrame no cargo e, mais ainda, de mantença do que alguns insistem em chamar de "política de segurança" do governo Sérgio Cabral: mais dois policiais militares e um civil inocente assassinados... e mais uma criança e um punhado de inocentes outros lesionados.

16/07/2008

13/07/2008

14 DE JULHO!

Um ano depois do ordeiro, democrático e pacífico ato público feito por militares da PM e do CBMERJ em Copacabana... de nosso grito de socorro, busquei algo para homenagear a todos os que, de soldados a coronéis, ativos ou não, além de mães, pais, cônjuges, irmãos, amigos, etc, abraçaram verdadeiramente a empreitada.
Para homenagear também aqueles que, velada ou ostensivamente, fizeram de tudo para nos prejudicar e para tentar desqualificar o que estávamos fazendo, pois foram importantes para o engrandecimento MORAL de nós todos e para o reconhecimento público de nossa causa, que, ainda que tardiamente, parece começar a dar sinais de pujança.
Pensei em exibir o texto e as assinaturas de nossa carta, da carta dos bravos soldados do fogo, da carta dos "Barbonos"; pensei em exibir o resultado da reunião com o governador Sérgio Cabral - "L'État c'est moi" - (em cujo caráter responsável, coerente e democrata, confesso, cheguei a ingenuamente acreditar), em fotos de reuniões, no compromisso de entrega de cargos, nas nomeações posteriores, em exemplos da sanha dos velhacos, em vídeos e áudios inéditos, etc... Resolvi não fazê-lo, pois poderia causar constrangimento a alguns dos signatários das ações, promovidos ou ainda não, comandantes ou ainda não. Não seria justo!
Resolvi então exibir um vídeo simples, sequer inédito, com a falação de um coerente, digno e honrado TC da ativa da PM do RJ, certo de que será a melhor forma de constranger não apenas a alguns, mas a TODOS aqueles que, ainda que lá no fundo (ou nem tanto), sabem o quão IMORAIS foram (e/ou são) suas atitudes.



JUNTOS SOMOS FORTES

Por incrível que pareça!

As gratificações de determinados cargos de coronel na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro receberam significativo reajuste.
O "DG", por exemplo, passou para R$7500,00.
A gratificação destinada ao cargo de comandante geral passou para algo em torno de R$10.000,00 (além do salário de coronel).
Com isso, os vencimentos de um coronel ocupante do cargo de comandante intermediário passaram a representar algo em torno de 1500 % do que ganha um soldado da mesma PM.
Se o parâmetro for o cargo máximo da Corporação, a discrepância passa a ser superior a 1750%.
Os vencimentos líquidos de um soldado da PM giram em torno de estapafúrdios R$850,00!

Salário não é importante! Não mesmo?

"Sr. Maj PM Wanderby,
Estas últimas semanas assistimos, com pesar, a diversos episódios que colocam em xeque a PMERJ.
Se analisarmos os fatos isoladamente e fora do contexto correto vamos concluir que a PMERJ é vilã e os seus críticos são virtuosos homens que só fizeram ao longo de suas vidas o bem para o Rio de Janeiro e seus cidadãos...
Mas a realidade é outra, logo no início dos anos noventa, 93/94 o Brasil submetia um inimigo antigo, a inflação, que corroia da noite para o dia o salário dos brasileiros, com a derrota da inflação o Brasil entrava em um novo período de sua História, 'o período de estabilidade econômica', portanto temos como pano de fundo para os dias atuais, desde 93/94, 'o período da estabilidade econômica'... então nosso contexto é de estabilidade econômica... O que nos leva ao outro ponto da discussão a PMERJ e sua estrutura. A PMERJ é estruturada como uma Instituição Militar e as instituições militares sabidamente são baseadas na 'hierarquia e disciplina', portanto existe os que comandam, dirigem ou chefiam e os que são comandados, dirigidos ou chefiados... ou seja obedecem.
Neste ponto mora a questão que quero levantar:Quem em um contexto de estabilidade econômica vai procurar o emprego de 'SOLDADO POLICIAL MILITAR no Rio de Janeiro', não falo de quantidade, falo do perfil, quero discutir a qualidade, ou melhor a 'sua qualificação para o mercado', para iniciarmos esta discussão devemos definir basicamente o que é ser um 'soldado policial militar no Rio de Janeiro':
1- estar em primeiro lugar nas estatísticas como 'a carreira com mais chances de morte violenta';
2- receber o pior salário de sua profissão no Brasil;
3- Ser submetido a uma rotina diária estressante por conta da violência urbana que se instalou no estado e no país, por conta da falência do ensino público, da saúde pública e da ausência de uma política governamental de primeiro emprego; e,
4- enfretar as ruas todos os dias, fardado, a cobrança por parte da população, por ser um aparelho do Estado, da solução de problemas que não estão ao seu alcance a saúde pública falida, o ensino público falido e a falta de uma política governamental de primeiro emprego.
O nosso jovem que enfrentará tudo isso pelo pior salário de sua profissão no pago no país, de que família vem? Qual sua origem social? Qual seu nível cultural? Que pais orientariam um filho a seguir tal carreira, que possui elevado risco de vida, o pior salário e uma cobrança tão elevada???Em uma conjuntura econômica estável, como a existente hoje no país, veremos que o perfil do jovem que procura a PMERJ, é o do menos qualificado, ou cuja família teve menor condição de prepará-lo para o mercado de trabalho, por ser das camadas econômicas mais baixas da sociedade, por culpa do própio estado, da falência da saúde pública , do ensino público e da falta de uma política governamental de primeiro emprego. Portanto nosso jovem sofre no dia a dia as mesmas pressões dos mais simples, dos mais humildes que deve proteger e, se possui algum desvio de conduta ou de comportamento, não é algo que não esteja presente na sociedade da qual é oriundo, que é Governada por quem deveria melhorar a saúde pública que está falida, o ensino público que está falido e possuir uma política governamental de primeiro emprego, hoje inexistente. Concordo que devamos condenar os desvios de conduta do aparato de segurança do estado, porém o que fazemos para melhorar suas condições???
Nós da sociedade fazemos passeatas para exigir melhores salários para estes homens???
É justo exigir do filho de alguém que morra para proteger meu sono por R$ 850,00???
Quando aplaudo a compra de uma viatura nova por um Chefe de Estado para a polícia, eu me lembro que isto é um factóide e, que o policial continuárá ganhando o mesmo salário??? Eu concordo com a 'conversa fiada' que salário não é importante, e continuo criticando a polícia, e abro mão como cidadão de ter uma polícia bem paga, permitindo que o 'político desonesto' ao invés de pagar bem minha polícia, gaste meu dinheiro dos impostos com campanha, e continue co o blá blá blá que 'salário não é importante'???
'SE VOCÊ NÃO COBRA SALÁRIOS DECENTES E CONDIÇÕES DIGNAS PARA QUEM VAI MEDIAR OS CONFLITOS URBANOS, OS CONFLITOS DA SOCIEDADE NA QUAL VOCÊ VIVE, VOCÊ É UM OMISSO, VOCÊ ESTARÁ ERRANDO JUNTO COM O POLICIAL, QUANDO ELE ERRAR'...
Rita de Cássia, Professora da Rede Estadual de Ensino.".
Obrigado professora!

Nunca souberam! São incompetentes, covardes, bravateiros e, quem sabe, mal intencionados!

"NÃO SABEM MAIS O QUE FAZER! OU NUNCA SOUBERAM?
1. Quando uma secretaria de segurança, em qualquer estado ou mesmo em nível federal, não sabe o que fazer, investe em veículos e armamentos, ambos de ampla visibilidade. Quanto mais coloridos e chamativos, melhor. Funcionam como publicidade para que as pessoas pensem que aquilo ali é polícia e aumentem a percepção de segurança. Bem, isso quando não vem junto uma 'comissãozinha' tão comum nestas macro-compras de veículos, como ocorreram nestes anos pelo Brasil afora.
2. Em seguida, o governador do estado passa em revista a frota de veículos que sai em passeata com seus letreiros reluzentes piscando, algumas sirenes ligadas. De preferência com fuzis novos a mostra.
3. Quando isso ocorre, todos podem escrever: é tudo empulhação e não há chance de dar certo. De um lado, em vez de aumentar a sensação de segurança, aumentam a sensação de insegurança, pois a ostensividade coreográfica sinaliza para as pessoas que aquela região é de alto risco. Outro dia colocaram uma cabine blindada no final da Av. Princesa Isabel, na Praia de Copacabana. Será que querem dizer que só o policial dentro da cabine está seguro? Cabines imobilizam o policial. Só tem aqui.
4. Veículo é feito para transporte, para dar mobilidade quando necessário. Imobiliza o homem, ao inverso do que parece e descola o policial da rua e das pessoas. Se foram treinados para abordagem, o uso excessivo de veículos os destreina. E quando esse deslocamento em carro, como se estivesse patrulhando, é feito com fuzil, coloca em risco a população civil em seu entorno. Um fuzil desses tem alcance efetivo num raio de 2 km.
5. Mesmo quando há delinqüentes em fuga, o policial deve medir na captura se está colocando a população civil no entorno em risco. Se estiver, pode interromper a perseguição para evitar que a emenda seja pior que o soneto. Isso tem ocorrido freqüentemente no Rio. Tiroteios nas ruas em ações de perseguição pela cidade toda. Na Av. Vieira Souto e Av. Atlântica foram várias, em Ipanema na área frontal ao Pavãzinho, na Tijuca -Conde Bonfim- na Avenida Brasil, nas vias principais da zona norte e da zona oeste. Em todos os casos há pelo menos um ferido. Quando não há vários feridos e mortos, como as tragédias dos últimos dias.
6. Patrulhamento se faz a pé. É com este que a população se sente mais segura. É com este que o policial treina todos os dias as práticas de abordagem que aprendeu na escola militar. Em Londres o patrulhamento é feito com os policiais sozinhos, para evitar distração. E sem arma. Mas com uma letal: seu rádio e a memória do código de localização em cada ponto que estiver de forma a chamar apoio da intensidade que necessitar e na direção necessária que se desloca em menos de 2 minutos.
7. Nos anos 30, na Inglaterra, um policial só era autorizado a usar armas quando todos os testes-surpresa feitos com ele garantiam que ele não tinha mais como primeiro reflexo levar a mão ao coldre. O primeiro reflexo deve ser avaliar a situação e o recurso da arma deve ser uma decisão e não um reflexo.
8. Dias atrás, numa exibição de soldados do exército, na França, o sargento não trocou a munição por festim. Feriram 14 pessoas. O comandante geral do exército entregou seu cargo, o que foi aceito pelo presidente Sarkozy. Esta semana, uma operação de perseguição na cidade do México atingiu vários civis sendo que dez faleceram. O Chefe de Polícia e o Procurador de Justiça pediram exoneração, o que foi aceito. Aqui, são desculpas, lamúrias, xingamentos aos policiais, empurrando para baixo uma responsabilidade que inevitavelmente é de cima. Quando não há essa consciência, não há autoridade, não há comando, não há polícia, não há mais nada
." (ex blog-César Maia, 10/07/08).

SEJA DIGNO E RENUNCIE SÉRGIO CABRAL

SE NÃO AO MANDATO, À FALTA DE ZELO COM A VIDA HUMANA

07/07/2008

Fosse o RJ minimamente decente...

e chegaríamos ao dia 08/07/08 com a EXONERAÇÃO do incompetente delegado de polícia José Mariano Benincá BELTRAME (e de seu grupelho) ou mesmo com a RENÚNCIA de Sérgio CABRAL Filho, protagonista de reiteradas demonstrações de incompetência, omissão, mentira e fanfarrice.

Ou será que ninguém enxerga a responsabilidade de tais atores no evento ora retratado (e em tantos outros de natureza similar já noticiados)?

05/07/2008

Bumbo no pé direito!

Faz mais de dezenove anos que aprendi a marchar.
Lembro-me da dificuldade inicial, já que nunca havia recebido tal ensinamento. Lembro-me dos tapas na nuca e dos brados de veteranos e superiores.
Lembro-me, sobretudo, de que deveria manter o bumbo no pé direito.
Dezenove anos!
Sei que pode parecer pouco ou muito tempo, dependendo aos olhos de quem tal lapso temporal se apresente, mas tenho certeza de que todos os que passaram por ensinamento idêntico têm recordação do bordão: "bumbo no pé direito".
Já há não tanto tempo, a figura do "bumbo no pé direito" veio à luz na rede mundial de computadores para ilustrar, por parte do(s) responsável(eis) pelo Projeto 200 anos, a necessidade de que a conduta dos integrantes da Corporação fosse pautada em parâmetros de legalidade e ética. Polêmicas à parte, lembro-me de que fiz não poucos comentários elogiosos (dos quais não tenho qualquer arrependimento) à iniciativa de conscitar à reconstrução da profissão; à mantença do bumbo no pé direito.
Desde então, a perspectiva de "tapas na nuca" foi algo sempre muito mais presente. Por vezes (não poucas), os "tapas" soavam iminentes.
Pois bem, demorou muito, reconheço, mas eles finalmente vieram, infeliz e paradoxalmente, de fonte digna e honrada, compreensivelmente premida pelas circunstâncias.
Sei que a banda já parece não mais tocar; ao menos, não consigo mais ouvir o bumbo...
Marcho "de memória", mas, mesmo assim, acredito que ainda mantenho o bumbo no pé direito.

O delegado Beltrame não se hospeda no Muquiço!

"O que eu realmente não entendo, Major Wanderby, é porque ninguém vem a público falar destas mortes de pessoas pobres, principalmente CRIANÇAS pobres.
Tá certo, o governador veio a público atacar o PM do caso da Baronetti (embora ninguém tenha feito perícia nas mãos dos envolvidos para ter certeza de que a pólvora está nas mãos do PM).
Mas morre uma criança por dia. A tiros. Em operações feitas de manhã.
Estamos realmente mais seguros? A PM está sendo paga com Justiça? Estão sendo bem treinados. As famílias dos PMs estão sendo bem amparadas? Não, para todas as perguntas. Aí, a conseqüencia só pode ser uma tropa que reage a tiros ao menor sinal de distúrbio. Vira irmão contra irmão, como dizia na Bíblia - o soldado que ganha R$ 800 invadindo a favela e dando tiro na criança do pai pedreiro, da mãe doméstica. Guerra entre pobres, miseráveis, só que de um lado está o Estado armado. E do outro, a ausência completa dele.
Acima deles, governantes inaugurando PAC, fazendo alianças para as eleições, andando de bicicleta.
Quando o Rio vai se cansar de ver crianças morrendo?" (comentário postado por Gustavo de Almeida).

Um texto que me fez sentir vergonha de integrar a PM do RJ

"3/7/2008 02:10:00

Onde até a saudade se cala

Sem resposta de autoridades, pais de menino morto no Muquiço ainda aguardam perícia no local
Maria Mazzei

Rio - Não havia neurocirurgião no hospital. Não houve também perícia no local dos tiros. Também não há, na Favela do Muquiço, em Guadalupe, segurança para a família que perdeu seu filho. No dia da incursão policial, faltava água na comunidade. Tudo pode ser resumido em uma trágica constatação: não há Estado para os pais de Ramon Fernandes, de 6 anos, morto sábado de manhã durante operação da polícia — com motivação até hoje desconhecida — no Muquiço.
A auxiliar de serviços gerais Andréia Pereira Fernandes, de 37 anos, nunca esteve com o governador Sérgio Cabral. Mas já sabe o que diria se isso acontecesse. 'Se eu estivesse falando com o governador? Perguntaria: ‘Qual a diferença do meu filho para o menino morto por um PM na boate?’. O meu mora numa comunidade e é pobre. Os dois perderam a vida pelas mãos da polícia. A dor é a mesma. A mãe dele perdeu o filho como eu. Mas no meu caso, ninguém está fazendo nada. Nem a perícia veio à minha casa', lamenta. 'O meu filho já faz parte do passado. Amanhã vai ser outra criança baleada, e outra, e outra. Isso acontece todos os dias e ninguém faz nada. Nada acontece', acrescenta.
Andréia conta que o filho desceu as escadas dentro de casa, sábado de manhã, e começou a esperar pelo pai. Paulo Roberto tinha ido a um bar próximo para ver se havia água, já que na residência estava faltando. Ramon esperava, respeitando o limite do portão da casa, já que não podia ir para a rua — ele estava de castigo por não ter feito o dever de casa.
De repente, os tiros começaram. Andréia se assustou e desceu correndo. A cena que viu: o filho caído, ensangüentado. Na parede, a marca da violência. Em desespero, Andréia levantou Ramon nos braços e pediu ajuda.
Com um vizinho, pai, mãe e filho foram ao Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. 'No caminho, ele apertava a minha mão. Eu pedia para ele não fechar os olhos. Apertando a minha mão, sabia que ele estava me sentindo.' A violência como rotina chegou a enganar a mãe desesperada. 'O tempo todo tentei acreditar que era um tiro de raspão, como tem todo dia por aí', lembra Andréia.
Por volta das 10h, chegaram à Emergência do Carlos Chagas, mas não havia neurocirurgião, apenas médicos que deram os primeiros socorros. O menino, então, foi encaminhado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, onde, por volta de 14h, começou a ser operado. Às 18h30, Ramon saiu do hospital, que não tinha CTI, e foi levado para o Hospital da PM. Mas era tarde demais.
Os heróis do menino: Homem-Aranha e o pai
Já aos 6 anos, Ramon tinha sonhos: queria ser jogador de futebol. De preferência, do Botafogo, time pelo qual nutria grande paixão. Quando o alvinegro perdia, ficava chateado. Nem ia às partidas no Centro Comunitário Depende de Nós, onde costumava jogar. Apesar de tão criança ainda, já tinha até posição preferida dentro de campo: atacante.
Além do Botafogo, outra paixão era o Homem-Aranha, estampado na parede do quarto. Usava a camisa e o short do super-herói, a quem tentava imitar, subindo pelas paredes dos corredores da casa, esticando e abrindo pernas e braços.
Só não conseguia mesmo era imitar seu ídolo maior: o pai, o auxiliar de pedreiro Paulo Roberto Conceição. Que hoje sofre em silêncio.
‘DEUS ESQUECE DE POBRE’
O atendimento dos médicos no Getúlio Vargas ficará na memória de Andréia, que ouviu um deles dizer: 'Mãe, estamos fazendo tudo por ele. Só Deus, por ele'. Na hora em que o médico falou em Deus, todos se deram as mãos. 'Daquele momento em diante era rezar, rezar, rezar. Mas, às vezes, Deus se esquece de gente pobre', diz, com esforço, Paulo Roberto, pai de Ramon.
'Talvez, se no Carlos Chagas houvesse atendimento, com neurocirurgião, meu filho pudesse estar vivo', lamenta Andréia. 'Não bastasse ele ser atingido dentro de casa por um tiro, o hospital não tem recurso para atender as pessoas direito.'
O pai demonstra revolta com a atuação da PM: 'Quem mora em prédio na Zona Sul pode ir brincar no playground. Meu filho ia brincar no campinho aqui perto de casa. Se todos sabem que as crianças estão na rua, por que entram atirando?'. Enquanto o marido desabafa, Andréia mostra um vaso de plantas que encobre um buraco de bala na parede. Ali, a marca da dor e da saudade
." (O Dia Online).

Vergonha de ver o aparato que deveria servir e proteger a população (e que tem potencial para tal) entregue às aventuras, mandos, desmandos e aos devaneios de poder de alguns (...) de terno e gravata (ou não).

Vergonha por não reagir!

02/07/2008

Mesmo sem participar de espalhafatosas operações...

Mesmo sem dar entrevistas...
Mesmo com salários aviltados...
Com ou sem terno e gravata...

PERITOS SÃO INFINITAMENTE MAIS IMPORTANTES PARA A SOCIEDADE DE QUE DELEGADOS DE POLÍCIA.

É claro que não será na cada vez mais desastrosa gestão Cabral/delegado Beltrame, mas, mesmo por cá, chegará o dia em que tal fato será cediço.

Um autêntico político (e mais nada)!

(O Globo online, 02Jul08)