31/12/2017

Ano novo

Dias atrás perguntei à minha filha se ela tinha blog e notei que sua resposta negativa veio acompanhada de certa perplexidade como que a afirmar que isso era coisa do passado; modismo já deixado no passado.
Pois é; em tempos de snapchat, instagram e outras coisas que confesso sequer me atrever a tentar escrever, parece que blog é mesmo coisa do passado; coisa velha. 
Mas eu tenho blog (ou blogue, já não sei qual a grafia mais correta)! E nem sou tão velho assim ainda. Mas o blog também não é tão velho quanto pode parecer ser.
Divagando a respeito me dei conta de que o tempo "vivido", tanto por mim quanto pelo blog, não é de fato o elemento determinante para que sejamos julgados mais ou menos velhos e em desuso.
Tá, mas e daí?
E daí que escrevo o texto "saideiro" e ao mesmo tempo pioneiro de 2017 certo de que os anos recentes vividos o foram com muito maior densidade de vida propriamente dita, do que de meros minutos, horas e semanas.
Parece que envelheci mais do que o próprio tempo. Acho que de certa forma ganhei dele. Venci essa! Vivi  compulsivamente meses em semanas, anos em meses e quem sabe até uma década em um punhado bem menor de anos (ao menos é o meu sincero sentir).
Mas de que serviu isso? Os desafios abraçados foram alcançados? Ajudei a construir, com a pequenez de um mero ser humano encarnado, algo de bom para a sociedade? Creio que não, a despeito de algumas tentativas sem resultados duradouros e com alto preço pago por pessoas de bem que se dispuseram a somar esforços em uma ou outra batalha.
Mas amanhã será ano novo!
Que venha então o ano novo e com ele, creio, uma vida nova; vida que, confesso, talvez não tenha ainda vivido apesar de velho. Tão velho quanto o blogue já fora de moda ou o youtube e o facebook. Youtube e face? Não. Eles não caíram em desuso.
Vamos a 2018...