08/04/2008

"Millor Fernandes lançou um desafio através de uma pergunta:
- Qual a diferença entre Político e Ladrão ?
Um leitor respondeu todo orgulhoso:
'Caro Millôr, após longa pesquisa cheguei a esta conclusão: a diferença entre o ladrão e o político é que, um eu escolho, outro me escolhe. Estou certo?' (Fábio Viltrakis, Santos-SP).
E a réplica do Millor:
'Poxa, Viltrakis, você é um gênio ... conseguiu achar uma diferença entre ladrão e político! Parabéns.'" (oportuno email recebido).

Um comentário:

Anônimo disse...

Terça-feira, 8 Abril, 2008
BLOG DA SEGURANÇA JORNAL O DIA
A mãe e a madrasta

Mais três deputados se juntaram à comissão que vai estudar um novo estatuto para a Polícia Militar do Rio de Janeiro. Uma lei única, forte, capaz de aglutinar a corporação em uma só - e não permitir mais o eterno conflito entre praças e oficiais que prevalece hoje nos quartéis. Os deputados Iranildo Campos - sargento da PM - Álvaro Lins (ex-chefe de Polícia Civil e ex-capitão da PM) e Waldeth Brasiel, a Waldeth do INPS, trabalharão junto com Flávio Bolsonaro, Paulo Ramos, Wagner Montes e Coronel Jairo na elaboração da nova lei. Na pauta, Regime Disciplinar e tempo de serviço - ainda está fortíssima a tese dos 35 anos de serviço como limite universal e o fim dos "highlanders" (coronéis que permanecem além do tempo protocolar por estarem em cargos de confiança).
O que move alguns dos parlamentares é o conceito de que a PM tem rigor excessivo com seus praças. "A Polícia Militar é mãe para os oficiais e madrasta com os praças", me disse o deputado Flávio Bolsonaro. Já Wagner Montes diz quase a mesma coisa: "A PM tem que deixar de ser madrasta com seus soldados, cabos e sargentos", diz o deputado, que quer propor a diminuição do interstício - intervalo entre as promoções.
Estão errados os parlamentares? Ao vermos o Boletim da PM desta segunda-feira, vemos que nem tanto. Está lá escrito que o capitão Goeth, do 23º BPM, vai presidir um Conselho de Disciplina de um praça, o cabo Mendes. Não sei qual a infração.
Goeth foi preso em fevereiro de 2005 por causa de grampos que supostamente o ligavam a traficantes da Favela da Rocinha. O oficial ganhou absolvição na Justiça e merece voltar a ter uma vida normal - ainda que no decorrer do processo, tenha justificado de forma muito interessante a sua presença nos grampos. Segundo um policial ouvido pelo Blog da Segurança, Goethe explicou que os traficantes, por serem pouco instruídos, se confundiam e pronunciavam "guête" em vez de "gáti" para se referirem ao Grupamento de Ações Táticas da PM.
Não tenho provas ou autoridade para contestar uma decisão da Justiça - aquela que inocentou o capitão.
Mas tenho certeza absoluta de que a corporação pensaria duas vezes se o acusado fosse um praça. Mesmo absolvido, dificilmente o praça receberia uma responsabilidade grande, ainda mais que envolvesse um colega de mesmo batalhão.
Afinal, até reclamar de assédio moral dá CD para praça.