29/11/2007

Não sei qual título dar.

E sei que isso já foi feito em outros blogs.
Peço desculpas pelo que pode parecer (e é) plágio, mas preciso falar francamente e também aos detratores.
Inicialmente, devo sugerir que procurem exercitar um pouco mais (como nos "velhos" tempos) a coesão de idéias e mesmo de insultos, pois em não o fazendo, data venia, acabam por não apenas externar provável fraqueza de caráter - de maneira não percebida pelos próprios, eu sei - mas até por reforçar, ainda que indireta e subliminarmente, o ideário externado nas, quem sabe, asneiras que eu mesmo tenho escrito já há não pouco tempo. Perdoem, mas devo dizer que a cada minuto me convenço ainda mais de que não é o caso (talvez, como dito em mais de um momento e com palavras outras, eu seja mesmo um asno - que me perdoem os asnos).
Sei que vou decepcioná-los outra vez, mas é bom que ajam logo, pois o tempo parece ser inimigo de seus, creio, impublicáveis verdadeiros desígnios. E, mesmo que as células cancerosas da poltronice gerem, mais uma vez, metástase, causando a morte da honra e da palavra (sei que o risco é iminente e que a taxa de mortalidade é muito grande), ainda me restarão, no mínimo, mais de onze anos de labuta; e ela irá continuar, com a disposição e, quem sabe, mesmo a sabedoria (vou me esforçar) de um "mero aspirante".
Quanto às ameaças, peço que sejam menos impolidos nos predicados e, quem sabe, até mais objetivos e ordenados nas manifestações de vontade (assim, poderei publicá-las sem ofender aos leitores).
Perdoem, mas além de acreditar em reencarnação, tenho muito medo... muito medo mesmo de que nos próximos anos nós sejamos alvo de serviços ainda mais sofríveis e danosos (a todos, acreditem, mesmo aos políticos) por parte das polícias do estado do RJ.
Percebo ainda grande preocupação com minha eventual ascensão profissional. Saibam, caros detratores (e/ou não), que eu não apenas não compartilho tal preocupação, como aproveito estas mal redigidas linhas para pedir respeitosamente a quem tem autoridade para tal que faça o possível (acho que não será difícil) para que eu seja conservado em minha posição atual, na qual - dou minha palavra - estou confortável como nunca antes estive, pelo maior tempo possível; esse conforto não tem preço... podem acreditar.
Há algum tempo eu aprendi a "cantar" uma música, cuja letra, aspirante que sou, acabei não apenas por internalizar, mas, pasmem, por encarar como verdadeiro aprendizado.
Alguns trechos diziam:
"Nobres inventos não morrem
Vencem do tempo a porfia
...
Humanos sacros direitos
Que calcará a tirania
...
Da luz depósito augusto
Recatando a hipocrisia

...
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza
!".
Perdoem outra vez, mas eu acredito no que digo, escrevo, defendo e, no caso, até no que canto. E não há nada que mude tal situação.
Podem acreditar.

27/11/2007

QUEM SERÁ RESPONSABILIZADO?

Quem arcará com o ônus pela morte do Cb PM RG 56792 Hélio Bezerra de Lima e do aposentado Valdir Ribeiro Barbosa?
E pelos ferimentos sofridos por Helaine Barbosa e por Janderson de Oliveira Cruz?
Não falo de culpados (no sentido da autoria propriamente dita), pois sei que com a Polícia Civil que temos, é quase certo que jamais serão descobertos.
Falo de quem deu início às ações que produziram tais resultados nefastos.
Falo da origem da intervenção sem a qual o Cabo PM BEZERRA estaria VIVO. Sem a qual o gari aposentado VALDIR teria chegado VIVO em casa. Sem a qual HELAINE e JANDERSON não teriam sido vitimados.
QUEM DEU A ORDEM?

QUEM É O RESPONSÁVEL?
Qual é o seu NOME e SOBRENOME?
QUAL SERÁ SUA PENALIDADE?

18/11/2007

Falando ainda em segurança pública.

Gostaria de fornecer sugestão simples que, acatada e ultimada, tenderá a fornecer maior transparência ao trabalho de investigação dos delegados de polícia civil do RJ.
Embora tenha conhecimento das recorrentes matérias veiculadas pela mídia sobre "êxitos investigativos", folgaria em conhecer os números brutos alusivos à questão, somente divulgados em uma oportunidade, no mês de julho de 2003.
Creio que não haja dúvida quanto à flagrante relação entre tais números, impunidade e criminalidade.
Acredito ainda que mesmo aos olhos dos mais crentes nas teses maniqueístas que parecem nortear a "política de segurança" do RJ, não reste dúvida de que o conhecimento de tais números pode representar elemento importante de aferição quanto aos rumos (tomados, reforçados ou intocados) da pasta.





Sugiro que um dos setenta deputados estaduais do RJ apresente projeto de lei no sentido de que o governo Sérgio Cabral seja obrigado a divulgar as taxas de elucidação de delitos da Polícia Civil e que, em ocorrendo tal apresentação, sociedade, mídia e ALERJ façam com que o projeto seja materializado em diploma legal.

Ou será que a informação não é importante?

17/11/2007

E por falar em segurança pública...



Sabe qual é, segundo estudo publicado no peródico "Extra" (18/11/07), a principal causa de morte violenta de crianças no Rio de Janeiro?

16/11/2007

Secretaria de Segurança Pública responde às críticas de relator da ONU.

"Agência Brasil
RIO - A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro divulgou nota oficial na quarta-feira afirmando que vai continuar com sua política de enfrentamento ao tráfico de drogas no estado.
A nota é uma resposta ao relator da Organização das Nações Unidas sobre Execuções Extrajudiciais, Sumárias e Arbitrárias, Philip Alston, que está no Brasil desde a semana passada e tem criticou a suposta agressividade da polícia do Rio.
Segundo a Secretaria de Segurança, além de agir de forma ativa, as polícias fluminenses têm atuado com inteligência e planejamento, o que teria trazido resultados visíveis para a sociedade, como a redução dos assassinatos, crime que teria apresentado decréscimo de 700 casos nos dez primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda de acordo com a secretaria, 'confrontos são indesejáveis, mas em nome dos direitos humanos e coltetivos, não há como recuar desta obrigação', quando se está combatendo traficantes com armamentos de guerra. Entre outras questões, o relator da ONU criticou o uso do veículo blindado da polícia, o Caveirão, e a operação policial que deixou 19 mortos no Complexo do Alemão em junho deste ano
." (http://jbonline.terra.com.br/extra/2007/11/15/e151125518.html).

Tenho a impressão de já ter lido ou ouvido a mesma coisa antes.

Mas, e quanto às más condições de trabalho e à baixa remuneração?

14/11/2007

Parabéns...

à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que, INSENSÍVEL à oposição imposta pelo Governador SÉRGIO CABRAL ao projeto de lei n.º 2181/2004 (de autoria do Deputado Flávio Bolsonaro - flaviobolsonaro@alerj.rj.gov.br), promulgou a Lei n.º 5124/07, de 12 de novembro de 2007, que dispõe sobre benefícios remuneratórios para militares inativos do RJ e dá outras providências.
Os militares portadores (ou ainda não) de tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso na Corporação, hanseníase, cardiopatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), pênfigo, síndrome de imuno-deficiência adquirida (AIDS), e outras que a lei indicar com base na medicina especializada, agradecem. Seus familiares, certamente, também.
Veja a íntegra da lei em http://justicasalarialpm.blogspot.com/2007/11/apesar-de-srgio-cabral-que-vetou-o.html.

13/11/2007

A verdade, nua e crua, doa em quem doer.

E, mais importante ainda, a CORAGEM para externá-la:
http://celprpaul.blogspot.com/2007/11/disputa-pelo-furo-jornalstico-e.html.
Sei que estou longe de ser fonte "politicamente" recomendável de homenagens, mas não tenho como deixar de dizer:
PARABÉNS Sr Paulo Ricardo Paúl, CORONEL de POLÍCIA MILITAR do RJ.

11/11/2007

CARTA ABERTA AO SR. PHILIP ALSTON.

"Rio de Janeiro, em 11 de novembro de 2007.

Ilmo Sr Philip Alston.

DD Relator Especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre execuções arbitrárias, sumárias ou extra-judiciais.


Como cidadão brasileiro e morador da cidade do Rio de Janeiro, gostaria de externar minha perplexidade e preocupação diante do êxito das táticas aparentemente aplicadas pela administração Sérgio Cabral para desviar o foco das discussões ora vigentes acerca da 'política de segurança' empregada no estado.
Ao promover a polarização das atividades de direitos humanos e da polícia, ela encobre, no mínimo, duas coisas: a sua própria responsabilidade (accountability - não falo de culpa) pelas sucessivas e recorrentes mortes de policiais e de inocentes (também não estou sequer mencionando os supostos criminosos) e a possibilidade de que a visita do relator pudesse se prestar ao carreamento de denúncias pela própria polícia contra a administração Cabral.
Imagino o que deve ter passado por sua mente ao receber, em detrimento de pauta de denúncias e reivindicações, a réplica de um blindado.
Embora não esteja certo de que terá acesso às presentes linhas, gostaria de pleitear o carreamento à Organização das Nações Unidas de alguns poucos, porém significativos, fatos do cotidiano das forças policiais do RJ e cuja responsabilidade não é dos criminosos, mas sim, da própria administração Sérgio Cabral.
Há discrepância significativa no que concerne à remuneração e jornada de trabalho imposta aos integrantes das polícias civil e militar, tendo estes condições ainda mais desfavoráveis do que aqueles. Há hipóteses ordinárias em que policiais militares chegam a ter jornada semanal superior a 70 (setenta) horas e tal fato tende a agravamento quando da realização de grandes eventos, diante de seu emprego mesmo durante o que seria período de recomposição fisiológica. Quanto à remuneração, o topo da Polícia Civil chega a receber mais de que 1500 % do que a base da Polícia Militar, que ostenta os piores salários do Brasil.
A manutenção das Unidades de Polícia Militar é feita com a mesma parcela do erário destinada à alimentação de seus homens e mulheres, ou seja, com a "economia de rancho". Não há dotação orçamentária específica.
O estado do RJ é devedor do sistema de saúde da Polícia Militar em mais de US$ 50.000.000,00, concorrendo de maneira significativa para a debilidade do atendimento à crescente demanda.
Um soldado de polícia militar em início de carreira recebe do estado do RJ como paga mensal por seus serviços pouco mais de US$450,00. Recentemente, o simples e democrático intento de realização de passeata de protesto contra os baixos salários foi rechaçada - com êxito - pelo governo Sérgio Cabral com a possibilidade de imposição de sanções disciplinares aqueles que dela tomassem partido.
Apesar de seu grande efetivo e de sua abrangência territorial, os serviços prestados pelos policiais militares são limitados pela necessidade de preservação de status quo da classe policial de delegados de polícia, não sendo franqueada aos mesmos pelo governo Sérgio Cabral sequer a possibilidade de condução direta à justiça das demandas criminais de menor potencial ofensivo. Não por acaso, a perícia criminal, fundamental à elucidação de delitos, também é mantida sob tutela dos delegados de polícia.
As taxas de elucidação de delitos pela Polícia Civil, embora existentes, são mantidas sob absoluto sigilo. Na única oportunidade em que foram divulgadas, eram próximas de zero.
As atividades investigativas da Polícia Civil são cada vez mais revestidas de ostensividade e é usual a concessão de seguidas entrevistas por investigadores sobre casos que sequer lograram encaminhamento definitivo ao Ministério Público. Investigadores de verdade deveriam utilizar coletes com inscrições e veículos caracterizados com o nome 'POLÍCIA'?
A Polícia Militar também é cada vez mais afastada de seu mister principal; a prevenção/dissuasão da delinqüência e a disseminação de sensação de segurança dá lugar ao emprego eminentemente bélico, em ações de natureza militar e sob a concepção simplória de 'guerra contra o crime'.
Paradoxalmente, a criminalidade de pequena monta, e.g., jogo do bicho, permanece, mesmo a despeito das reconhecidas ligações que tem com práticas lesivas outras, imersa na mais flagrante impunidade. Os delitos e as infrações de trânsito também se apresentam cada vez mais freqüentes e, não por coincidência, olvidados pela polícia.
Alheio às suas responsabilidades em relação às condições de trabalho e mesmo à vitimização de seus policiais e civis, o governo do estado restringe sua falação ao impactante e recorrente discurso do 'combate ao crime' e mais inocentes são vitimados, inclusive, dentre os próprios operadores finais da 'política de segurança' do RJ.
Em síntese bastante apertada, estes são alguns dos pontos dos quais emerge a verdadeira espiral da violência na qual se inserem - e da qual são vítimas - os organismos policiais do estado do RJ.
Respeitosamente,

WANDERBY BRAGA DE MEDEIROS
"

O documento, traduzido, foi encaminhado eletrônicamente às instâncias competentes da Organização das Nações Unidas.

08/11/2007

Propaganda política exibida pelo PMDB em 08/11/07, logo após o anúncio do homicídio de mais dois militares de polícia no RJ:



E alguns poucos recortes da desagradável realidade do governo de Sérgio Cabral:





























Déjà vu?


RJTV-TV Globo-08Nov07

Não! Desgraçadamente, não!

E, caso não haja mudanças drásticas no estado, vai acontecer outra vez.

A propósito, de quem é a RESPONSABILIDADE pelas mortes?

Democracia, justiça e opiniões.

A propósito das declarações de Sérgio Cabral em alusão à comemoração de alguns militares de polícia recentemente libertados pela justiça sob a alegação de ausência de individualização de condutas na denúncia (fruto, é claro, não da falta de capacidade jurídica do Parquet, mas da já conhecida inépcia investigativa da polícia judiciária civil do RJ - associada, quiçá, à certa dose de estrelismo de dirigentes seus), de pronto, me vieram à mente um sem número de eventos recentes e, junto aos mesmos, a formulação de uma expressão, de certa forma, no mesmo sentido.
Segundo matérias jornalísticas, o governador teria dito:
"Achei um comportamento péssimo, um comportamento absolutamente lesivo, desrespeitoso. Prova que não podem ser policiais ".
Não consegui pensar em outra coisa, senão:
Achei um comportamento péssimo, um comportamento absolutamente lesivo, desrespeitoso. Prova que não pode ser governador.

05/11/2007

JUNTOS, FORTES E AUDAZES.

Algum dia, em 1995: