15/04/2007

Perguntas sem respostas. Alguém se habilita?

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Texto de autoria ignorada e importante conteúdo, postado em comentário no blog 200 anos ("EDITORIAL V - A METAFÍSICA DO PROJETO 200 ANOS." ):

"Anonymous disse...

Uma crítica natural diante dos Oficiais PM que assumem cargos na Secretaria de Segurança relaciona-se ao comando 'paralelo' exercido, intencionalmente ou não.
Muitos já demonstraram a pretensão de comandar a PM através de tais cargos (perpetuação do poder), de maneira que adentram em certos detalhes operacionais que nos tempos remotos eram deliberados no âmbito da Corporação.
Outros, na ânsia de exporem seus ideais ou por em prática a 'polícia dos seus sonhos' acabam focados na política de resultado e esquecem os aspectos estruturais que enchem a PMERJ de mazelas.
Porém, se há intenção ou não, presumo que esquecem do detalhe de que a polícia ostensiva atua sobre a oportunidade do homem em cometer o crime, ou seja, se pela presença policial militar ele deixa de cometer um crime, ele buscará outro local para fazê-lo, onde haja a oportunidade.
A Polícia Ostensiva deve existir para defender o cidadão de bem e não para caçar criminosos numa guerra particular, com inúmeras vítimas inocentes.
Já o que efetivamente permite um sentimento constante e estimulante para o não-cometimento de crime está relacionado à sensação de punidade. Se o homem crer que o delito pretendido está diante de uma razoável possibilidade de ser elucidado e conseqüentemente punido, pode daí gerar um freio para muitos criminosos em potencial.

Do exposto, considerando que a Secretaria de Segurança não é secretaria da PMERJ, gostaria de saber a quantas andam os trabalhos da SSPIO e afins no que diz respeito a fazer a Polícia Civil elucidar delitos, principalmente os que não estão no foco da mídia (os que estão no foco da mídia muitas vezes existem em razão dos anteriores cometidos pelo mesmo autor terem sido ignorados pela polícia judiciária).

Quantos processos judiciais relativos ao Art. 157 CP, por exemplo, foram provenientes de inquérito policial no ano de 2006?

Quantas pessoas que tiveram seus veículos roubados receberam o comunicado de que do registro feito na DP houve a elucidação do delito?

Das vítimas de “bala perdida” quantos autores foram descobertos e presos por força das investigações da polícia judiciária?

Será que é difícil colocar a Polícia Civil para investigar, dotando de mais recursos humanos e materiais necessários, esclarecendo que não adianta dotar de recursos a DRFA, por exemplo, para a realização de ronda policial. Por que PM na Polícia Civil?

Será que é para as diligências investigativas?

Há coisa semelhante em outra unidade da federação?

Outra sugestão aos especialistas: Não seria bom equiparar o combate ao narcotráfico nos morros cariocas ao combate aos efeitos do narcotráfico na vida dos cariocas, seja no morro ou no asfalto?" (grifos nossos).

Outrossim, apesar de reproduzir o comentário cujas questões levantadas me parecem muito procedentes e com as quais faço coro, gostaria de frisar que minha experiência pessoal com o oficial superior objeto tácito do post do projeto 200 anos revelou (e ainda revela) se tratar de personalidade digna não apenas de respeito, mas também de admiração, em face de conduta reta e coerente.

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