15/04/2007

Lavratura de termos circunstanciados pela PM no RS. Contra fatos não há argumentos!


Em 2007, a segurança pública do RJ parece, sabe-se lá por que motivo, ainda fiel à viciada lógica do combate desenfreado, sob o desgastado (por falseado) manto da aplicação da inteligência e da integração:


Fiéis (por ignorância, incapacidade, incompetência, medo, burrice ou sei lá) à tal ciclo pernicioso, continuamos a planejar megaoperações com tropas da PM e "tropas" da Polícia Investigativa.

Continamos a "fardar" cada vez mais os agentes de investigação (tanto na PC, quanto na própria PM).

Continuamos a tergiversar desavergonhadamente em relação ao jogo do bicho, à "máfia das vans", ao envolvimento de agentes públicos com atividades de segurança privada, etc.

Continuamos escravos de velhas fórmulas, cuja eficácia já foi testada e, por muito mais de uma vez, reprovada (premiação por apreensões, "jogo de cintura" em relação ao cumprimento de leis e normas, auxílio de nossas verdadeiras forças auxiliares - ao menos em matéria de segurança pública, leia-se, armadas -, rondas da polícia investigativa, falta de transparência à guisa de "proteger" o governo, pirotecina, falseamento de fatos, desculpas esfarrapadas, intensificações de policiamento, etc).

Continuamos a mascarar dados estatísticos e mesmo a escondê-los, como no caso das taxas de elucidação de delitos.

Continuamos a ter, acredito, uma das piores polícias investigativas da face da terra!

Continuamos a aceitar que a polícia ostensiva seja utilizada como "garota de recados" de outra polícia, desperdiçando valioso potencial para a redução da impunidade e para a melhoria do atendimento à população, e, em decorrência, jogando dinheiro público no lixo.

Continuamos a bloquear a autonomia da POLÍCIA TÉCNICA.

Continuamos reféns de interesses, no mínimo, duvidosos, como a preservação de status quo de delegados de polícia, através da reserva de mercado, da aplicação de anacrônicas fórmulas de tratamento e da mantença de patamares remuneratórios absurdamente distintos.

Continuamos a ser o estado das piadas prontas!

E, em 2007, práticas delituosas (de maior e menor potencial ofensivo) continuam a assolar a sociedade fluminense.

Nossa fábrica de balas perdidas continua a funcionar a pleno vapor, em todos os turnos.

Por outro lado, em 2002, a Brigada Militar (Polícia Militar do RS, onde a Polícia Técnica é independente da Polícia Judiciária desde 1989) passou a lavrar termos circunstanciados em todas as cidades do estado.

Em 2003, de acordo com dados da própria Brigada, enquanto o número de termos circunstanciados lavrados por seu efetivo sofreu acréscimo de 255 % em relação ao ano anterior, foi registrada queda de 12,84% no número de homicídios em relação ao mesmo ano.

Significa dizer que mais de duas centenas de pessoas deixaram de SER MORTAS.

Como visto, o fato exposto não se deu na Colômbia, mas no próprio Brasil, um pouco mais ao Sul.

Não passou da hora de aprendermos com bons exemplos deixados aqui por perto mesmo?

VIDAS HUMANAS ESTÃO EM JOGO.
BASTA DE INCOMPETÊNCIA!

Em breve, postaremos resultados de pesquisas realizadas pela Brigada Militar acerca do grau de satisfação com a lavratura de termos circunstanciados por ela realizada.

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