"Era uma vez.
Tendo em vista a necessidade de registrar em breves crônicas, a riqueza de engajamento intelectual dos vários fundadores de movimentos culturais inéditos em estrutura e conjuntura, tudo tendo como arcabouço, o multiforme e denso caldo de cultura da vida militar, bem como tendo em vista também, que explicitamente, todos os participantes tem registrado seus mais profundos desejos, em se perpetuarem nas teias da história eterna, haja vista os incontáveis termos que permeiam suas mensagens , ultimatos, cartas, certidões, etc, quais sejam: ESTAMOS FAZENDO HISTÓRIA,
PASSAREMOS PARA A HISTÓRIA,
INÉDITO, NUNCA ANTES , NUNCA DANTES,
ANTES DE NÓS NADA, ANTES DE NÓS O CAOS, AGORA SIM,
AGORA É À VERA,
JÁ ESTAMOS FAZENDO HISTÓRIA, etc. etc, etc...
Eu Forrest Gump, fui escolhido democraticamente pelo Grupo para ser o cronista , o contador de história do dia a dia, das aventuras e desventuras dos Heróis Sociais, daqueles que foram escolhidos pela providencia divina para serem o SOL, para serem a ALAVANCA , para serem a CATAPULTA que impulsionará a Polícia Militar para uma nova era.
Uma era de ouro,de mel, de glória, de cornucópias sangrando sangue doado permanentemente, sangue que se transformará imediatamente em ouro, cada vez mais ouro, uma era de jade, de marfim, de topázio e rubis, de água cristalina, de virgens diáfanas mas verdadeiras , de carros importados de lagostas e babas de moça, etc, etc, etc...., enfim a Policia dos Barbonos, dos Evaristos, dos Evaristos do B, e brevemente dos Barbonos do B também.
O nome de nosso projeto será Projeto 198 anos - O passado, o aqui e o agora - Por amor a PM.
E, de forma inédita como não poderia deixar de ser, lá vai a primeira Crônica:
Crônica n 1 (era um vez)
Era uma vez um Pais que se encontrava em uma situação bem confusa, em termos de segurança pública.Vários componentes de sua polícia civil, em campanha salarial, haviam criado situações insólitas , tais como nariz de palhaço, pedido de esmola ostensivamente, faixas e cartazes criticando o Governo etc. Tudo estava sendo encarado pelo poder de maneira esportiva, e assim a coisa ia,- são paisanos, são civis.......diziam os integrantes da Secretaria de Segurança não Pública, é assim que a coisa funciona em todo mundo.Paralelamente porém,um movimento também começou a se formar na sua Polícia Militar.
A principio incipiente, pequenas reuniões em residências, churrascos em grupos reduzidos, apontamentos em jardins, telefonemas intermináveis de madrugada, uso desenfreado dos meios cibernéticos, reuniões em Shoppings, contatos por sinais adredemente combinados , etc.
Ocorre que a coisa evoluiu.
De repente surgiram atos públicos.
De repente surgiram também faixas e cartazes criticando o Governo, só que transportados e exibidos por militares. E agora?
De repente, surgiram cartas assinadas, abertas a imprensa e ao Governador do Estado, com cópia para o Cmt da Força. De repente os atos públicos ameaçaram se transformar em passeata emassada, as aglomerações em turbas, e as cartas passaram a assumir posturas de afronta clara, direta e concisa ao Governador do Estado.
Ai, a coisa pegou.Foi quando em uma solenidade a imprensa, sempre a imprensa, questionou o Secretário da Segurança não Pública daquele Pais, se ele tinha tomado conhecimento do texto escrito por um dos grupos militares insatisfeitos, grupo esse auto denominado Capuchinho, no qual chamavam o aumento salarial concedido pelo Governo, de indigno.
O Sr Secretário, tentando manter a calma disse 'não li ainda, mas se o fato se configurar desvio de conduta, não tenham dúvida que a Corregedoria da PM tomará as providências.'. A repórter caiu em sí e começou a suar frio. Num rompante profissional de coragem redarguiu, mas Senhor Secretário, o líder do movimento dos Capuchinhos, responsável pela carta aberta, é o Corregedor da Policia Militar.Ai, a situação ficou realmente tensa. O quê?, gritou o Secretário da Segurança não Pública, como é possível isso acontecer e o Chefe do Serviço Secreto da PM não me informar?, esbravejou.
A repórter, sempre a repórter, já sem cor, em um fio de voz, sussurrou,- também não seria possível Sr Secretário, é que o Chefe do Serviço Secreto da PM é oVice- líder do Movimento dos Capuchinhos.
Sua Excelência, já com a gravata aberta, visivelmente apoplético, grita a plenos pulmões: CMT, Comandante da Forçaaaa,!!!!!!!!!
A repórter, sempre a repórter, desta vez já saindo pé ante pé,de 'esguelha', falou como se estivesse se vingando,- também não vai ser possível não Sr Secretário da Segurança não Pública- E por quê nãaãaoo??
Porque o Cmt da Força é o mentor intelectual dos Capuchinhos.......(Cai o pano), ou (cai a ficha)
Até a próxima crônica.
Forrest Gump" (comentário postado no blog 200 anos).