Mais uma!
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Primeiro, foi a resolução dando competência aos delegados de polícia para a tomada de decisões em matéria de polícia administrativa de preservação da ordem pública, no que concerne ao mister específico da realização de eventos em área pública, competência claramente alusiva às autoridade policiais da PM (Res SESEG n.º 013/07).
Agora, com o advento de mais um "nome legal" - "orla total" - a mesma SESEG define Força-tarefa (Portaria SSGS n.º 002/07) que, "buscando a redução de ilícitos na orla marítima do Rio de Janeiro (capital)", tem, dentre outros, o seguinte (E ESTAPAFÚRDIO) objetivo:
"empregar nos locais de maior concentração de pessoas, uma viatura da Polícia Civil e uma viatura da Polícia Militar" (SIC).
Será que sabem que a Polícia Civil tem por destinação a ELUCIDAÇÃO DE DELITOS?
Que, como já dizia um juiz no velho oeste norte americano, o que reduz a prática de delitos é a certeza de aplicação da pena?
Que, sem ELUCIDAÇÃO, não pode haver redução da SENSAÇÃO DE IMPUNIDADE?
Que, tal qual as forças armadas, os funcionários da Polícia Civil não têm preparo para o exercício da Polícia Ostensiva?
Que nas próprias delegacias de polícia já há concentração de pessoas, ávidas pelo encaminhamento de meros feitos de menor potencial ofensivo à Justiça? De outras, ávidas pela investigação e punição de seus algozes e dos algozes dos seus, inclusive filhos, viúvas, etc de agentes da lei cujos homicídios não foram elucidados?
Que o desvio de funcionários para a função pode aumentar, ainda mais, o tempo consumido por policiais militares para o registro de ocorrências e a formalização de prisões, RETIRANDO-OS DAS MESMAS RUAS em que se pretende "intensificar" o policiamento com a Polícia Investigativa (dá até para fazer piada, de carioca - se é que já não está pronta)?
Será que conhecem as taxas de elucidação da mesma polícia da qual reconhecem e, pior ainda, parecem valorizar, as práticas eminentemente ostensivas?
Será que PRESTARAM ATENÇÃO nos impactos da dinâmica implementada pela Polícia Investigativa com o advento das CENTRAIS DE FLAGRANTES na violência, na criminalidade, no erário e na própria polícia do RJ? Em quantos Km uma viatura vai percorrer em média para "fazer um flagrante"? Em quanto tempo ficará longe das Ruas? Em quantas viaturas a menos teremos para atender à população?
Se não mudarmos a maneira de governar, de nada adiantará termos "mudado" o governo!
E, enquanto isso, assisto, perplexo, à entrevista da deputada Marina, acusada de receber dinheiro do bicho, na qual diz, com todas as letras, que seu pessoal na Civil vai investigar!
Investigar o que? Se ela recebeu? Se os policiais civis que teriam intermediado o aporte financeiro realmente o fizeram?
N Ã O!
Seu pessoal da Civil iria investigar de onde partiram as informações contrárias aos interesses da própria deputada. Quem (e por que) divulgou o relatório da PF.
Pena que o "pessoal da Civil" não tenha a mesma competência para, por exemplo, ELUCIDAR HOMICÍDIOS!
E pena que a Segurança Pública pareça inerte em relação às práticas policiais perpetradas (antes e agora) e às velhas fórmulas utilizadas para "combater" velhos e novos problemas!
E O JOGO DO BICHO, VAI CONTINUAR LIVRE, LEVE E SOLTO?
4 comentários:
Hummm...caro Major. Sabemos por fonte certa, que o sr, quando SubCmt, foi encarregado de um procedimento que visava apurar a corrupção de seus colegas oficiais..havia provas (cópia de escalas, nomes de PM fantasmas, etc...) Se não provasse a corrupção POR CERTO COMPROVARIA A FALTA ADMINISTRATIVA..mas nada aconteceu, eo os RATOS CONTINUARAM ROUBANDO, POR SUA CULPA E NEGLIGÊNCIA!!!!
A pergunta: PORQUE O SR NÃO DECLINOU A COMPETÊNCIA PARA QUE OUTROS ( O MP, POR EXEMPLO) INVESTIGASSE?
ESSA NÓDOA VAI TE ACOMPANHAR, NÃO ADIANTA! VOCÊ PODERIA TER FEITO E NÃO FEZ!! FARINHA DO MESMO SACO???
Samango.
Voces sabiam que o surdo cel pm wilton quando foi cmt geral foi contra a equiparação de salários com a Policia Civil que foi proposta pelo Garotinho e o Cel Josias dizendo que um salário alto iria desestimular a tropa, temos que desmascarar este cidadão.
Caro Anônimo I
Com o objetivo de auxiliá-lo em seu mister de elucidar condutas indevidas (inclusive, como dito, a minha), faço saber que o procedimento ao qual parece fazer referência é o seguinte:
Averigução de Portaria 203/2530/2005.
Acho que concordamos em um ponto, pois, tal qual você (pelo que pude depreender), eu também julgava oportuno que a averiguação deveria ser conduzida por alguém de fora da Unidade (mas minha tese não prosperou). Todavia, o intento foi obtido posteriormente, quando as mesmas denúncias anônimas foram encaminhadas (salvo engano, por um notório vereador, envolvido com a praga das Vans e Kombis - indiciado por mim em uma outra averiguação) a outra instância, gerando um novo procedimento apuratório.
De qualquer forma, caso tenha elementos para tal, sugiro que, ciente da natureza do procedimento, da qualificação do encarregado (Wanderby Braga de Medeiros - Maj PM RG 52807) e, ao que parece, de maiores detalhes acerca de seu objeto, peticione à CGU, CIntPM e mesmo a ao MP (que poderá requisitar a instauração de IPM).
Caro Anônimo II
Sinceramente, não creio que qualquer autoridade com o mínimo de caráter pudesse adotar tal postura.
Diferentemente de você, a versão de que tomei conhecimento dizia respeito à proposta de equiparação apenas entre delegados e oficiais superiores, a qual teria sido rechaçada, o que, sinceramente, não me pareceu (caso tenha ocorrido) um erro, mas sim, um grande acerto, já que, em não o fazendo, estaríamos reproduzindo em nosso meio a disparidade absurda vigente na Polícia Civil.
A equiparação deve ocorrer, mas o índice 1000 deve ser mantido no posto de Coronel, permitindo a aplicação, a partir de então, do escalonamento vertical e, de tal forma, beneficiando a todos.
Major, sou praça. se o sr q ta ai por cima nao consegue mudar certas coisas, so me resta continuar estudando para outro concurso, no qual , a longo prazo nao receberei tanto e trabalharei mais anos, mas pelo menos dormirei tranquilo, sabendo q nao faço parte de tudo isso
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