24/02/2013
Qual?
Por certo, não o que deriva de seu texto, mas de seu contexto.
De fato, fez cair a máscara de dada categoria profissional.
O que pretendem seus patrocinadores?
Afinal, o que justifica a luta por exclusividade em relação a labor desempenhado de maneira pífia e ineficaz?
Como é possível lutar pela submissão do interesse público a anseios meramente classistas?
Se, de um lado, a PEC 37/2011 apresenta risco real à população brasileira, de outro, seu advento teve o mérito de exibir, de forma clara e sem retoques, a verdadeira face dos que fazem sua desavergonhada defesa.
13/01/2013
Como justificar a busca de exclusividade por parte de delegados de polícia para investigação de delitos e lavratura de meros termos circunstanciados de ocorrências ?
No Brasil, só 5% dos homicídios
são elucidados
No Reino Unido, taxa é de 85% e
nos EUA, de 65%; 85 mil inquéritos abertos em 2007 ainda estão inconclusos
Guilherme Voitch (Email · Facebook · Twitter)
Publicado: 12/01/13 - 19h00
SÃO PAULO — A meta 2 da
Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp) — parceria do
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) e do Ministério da Justiça — previa concluir até abril de 2012 todos os
inquéritos abertos até dezembro de 2007 para investigar casos de homicídio.
Mas, do total de 136,8 mil inquéritos, apenas 10.168 viraram denúncias e 39.794
foram arquivados. Outros 85 mil inquéritos ainda estão em aberto.
Segundo Taís Ferraz, conselheira
do CNMP e coordenadora do Grupo de Persecução Penal da Enasp, o trabalho para
concluir essas investigações continua.
— A polícia está fazendo
diligências na maioria desses 85 mil inquéritos. Parte deles ainda pode virar
denúncia — diz.
Agora, o CNMP também trabalha com
inquéritos registrados até 2008. A meta é concluí-los até abril deste ano, mas,
até agora, 95% dos inquéritos continuam em aberto. Entre os que avançaram,
apenas 246 viraram denúncia.
Para o jurista e ex-promotor de
Justiça Luiz Flávio Gomes, o esforço do Ministério Público para resolver os
inquéritos inconclusos é louvável, mas os números evidenciam o sentimento de
impunidade no país.
—Temos uma média de 5% de
resolução de homicídios. No Reino Unido esse número é de 85%, nos Estados
Unidos, de 65%. Nosso número é ridículo. Ainda reina uma impunidade muito
grande — diz ele.
Para Taís Ferraz, o percentual
baixo no Brasil não pode ser visto isoladamente:
—Na maioria dos estados,
conseguimos eliminar mais de 50% do passivo. E para dez mil casos que seriam
esquecidos, que cairiam na impunidade, conseguimos formalizar uma denúncia.
O balanço do CNMP mostra um bom
desempenho de estados como Acre e Piauí, que conseguiram cumprir 100% da meta.
Minas Gerais e Goiás, por outro lado, aparecem com os piores indicadores, e
resolveram apenas 11,4% e 12% dos inquéritos, respectivamente.
Para a conselheira do CNMP, só o
fato de a Enasp estar fazendo um diagnóstico dos inquéritos já é motivo de
comemoração:
— Antes, não havia sequer como
mensurar o tamanho do problema.
A promotora também diz que o
trabalho sobre os inquéritos trouxe à tona a discussão sobre os problemas da
investigação criminal no país:
— Nós nos deparamos com um quadro
muito complicado, de falta de equipamento e de pessoal. Muitos estados têm
aberto concursos para a polícia científica. E mesmo o governo federal abriu os
olhos para a importância da perícia e tem ajudado os estados na aquisição de
equipamentos. São passos fundamentais para a resolução dos homicídios.
Estado do Rio arquivou em massa
os inquéritos
Quando a Meta 2 foi fixada, o
objetivo era identificar os inquéritos e processos judiciais mais antigos e
adotar medidas concretas para fazê-los andar, na contramão da morosidade. Os
resultados, porém, causaram polêmica. Em 2011, reportagem do GLOBO mostrou que,
para cumprir a meta estabelecida pelo Conselho Nacional do Ministério Público
(CNMP), a Procuradoria de Justiça do Rio de Janeiro, em apenas quatro meses
(abril a junho), arquivou 6.447 inquéritos de homicídio.
Os promotores optaram por um
arquivamento em massa, em vez de investir mais nas investigações, para concluir
os inquéritos e chegar ao fim do ano com prateleiras vazias. Na grande maioria
dos casos, eles alegaram que faltavam informações sobre a autoria dos crimes,
geralmente cometidos em bairros pobres, e envolvendo famílias sem condição
financeira ou social para reclamar por justiça.
Muitas delas, por medo de
retaliações, optavam pelo silêncio, agravando ainda mais a má qualidade da
investigação produzida pela polícia, com o acompanhamento do MP.
Atropelamento a pauladas
Para justificar o arquivamento de
um dos inquéritos no Estado do Rio, o promotor alegou tratar-se de um
atropelamento. Uma rápida examinada no conteúdo, porém, revelou que a vítima,
na verdade, fora morta a pauladas.
Mas o problema não se limitou ao
Rio. Nos primeiros quatro meses de Meta 2 em 2011, os MPs do país já haviam
arquivado 11.282 casos e oferecido denúncia em apenas 2.194.
O Estado do Rio foi o segundo que
mais arquivou: 96% dos casos examinados. Só foi superado por Goiás (97%), que
teve mais da metade de todos os inquéritos arquivados no país.
Fonte: O Globo
Postado por
Wanderby
às
09:57
0
comentários
06/01/2013
Mediação! Alguém se opõe?
Ditadura
dos fuzis dá lugar ao diálogo
UPPs
abrem caminho para MP ajudar moradores a firmar acordos judiciais
POR FELIPE FREIRE

A mãe de X conseguiu acordo
e ganha R$100 mensais do ex-marido para ajudar a alimentar o filho.
Foto: Paulo Araújo / Agência
O Dia
Apesar de o trabalho no
núcleo ter começado há meses, só em dezembro foi assinado o convênio com a
Secretaria de Segurança Pública para recrutar mão de obra policial. Com 58 PMs
em 28 UPPs, o número de ‘soluções’ disparou. Nos primeiros 20 dias, foram 118 atendimentos.
Na sede do MP, foram sacramentados outros 46 acordos.
“Quando me separei, ele
parou de ajudar. Os policiais me chamaram e negociamos. Terei R$ 100 por mês”,
elogiou A., que chegou ao acordo em menos de duas semanas.
Além de levar democracia a
áreas antes dominadas pelo tráfico, a medida desafoga o Judiciário. “Na
política do medo, a última palavra era do tráfico. Agora, o morador pode
conversar e atingir o consenso”, revela a promotora Eliane de Lima,
subcoordenadora do núcleo.
Polícia cria nova relação com morador
O mediador não tem poder de
decidir, apenas de facilitar a comunicação entre as partes e ajudar a criar
opções para os problemas. Com este propósito, os policiais devidamente
capacitados por cursos do Tribunal de Justiça vêm construindo uma nova relação
com os moradores das áreas pacificadas e um novo cenário nestas comunidades.
“O grande mérito da
mediação é ser uma ferramenta de rápida conclusão e desenvolver a prevenção de
eventuais crimes”, define o capitão Leonardo Mazzurana, que é subcoordenador de
ensino e pesquisa da CPP.
“Além de ser um ganho de democracia e de
direitos que eles não tinham antes, pelo próprio acesso à Justiça, sai a
polícia de confronto e entra a que consegue resolver os problemas na base da
conversa”, elogia a coordenadora do Núcleo de Mediação do MP, a procuradora de
Justiça Anna Maria de Masi.
Fonte: O Dia online
Postado por
Wanderby
às
12:12
0
comentários
02/12/2012
A quem interessa tal reserva de mercado?
Faria de Sá aguarda resposta de embaixadas para colocar PEC 37 em votação
De acordo com o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), o parecer da PEC 37/2011 – a PEC da IMPUNIDADE - será votado só depois do recebimento das respostas a ofícios encaminhados a várias embaixadas para saber como a competência do Ministério Público é tratada em diferentes países. O parlamentar é o presidente da Comissão Especial que trata do assunto na Câmara dos Deputados.
Em nota técnica entregue aos parlamentares da Comissão, a ANPR chamou atenção para os modelos vigentes em países como Alemanha, Espanha, Itália e Portugal, nos quais os atos investigatórios são feitos pela polícia sob a condução e orientação do Ministério Público e do Judiciário. “Os países reconhecidamente condutores do processo civilizador e do aprimoramento do Estado de Direito adotaram majoritariamente a dupla característica de capacidade investigativa criminal do Ministério Público e sujeição da polícia a este”, destaca.
No documento, a entidade cita pesquisas recentes que indicam que somente três países, em todo o mundo, estabelecem sistemas onde a polícia tem a exclusividade da investigação criminal: Quênia, Uganda e Indonésia.
Confira a íntegra do documento.
Fonte: anpr
Postado por
Wanderby
às
19:10
0
comentários
19/11/2012
27/10/2012
30/09/2012
O Aspirante e o Coronel
Quando Aspirante, era comum ouvir dizer que o Coronel gostaria de ter metade do poder que o Aspirante pensa ter. E eram justamente os Comandantes que costumavam dizer tal coisa; em geral, o faziam para refutar alguma tese ousada oriunda daqueles prestes a ocupar a base da cadeia hierárquica da oficialidade.
Também havia aqueles que diziam que se o Aspirante tivesse ao menos um pouco da experiência que tem o Coronel, poderia trilhar sua carreira com mais segurança e bom senso. E havia ainda a usual colocação, segundo a qual éramos nós, Aspirantes, ainda muito novos para entender as ações – e omissões – com que nos deparávamos.
Claro, também havia os que diziam que um Coronel não poderia nunca pensar como um Aspirante, pois caso o fizesse, não seria um Coronel.
Confesso que sempre tive mais afinidade e facilidade de trabalho com Comandantes que tendiam mais para as teses do Aspirante de que para as antíteses do Coronel. A conjuntura tendia a ser sempre mais favorável à criação ou fomento de ideias novas, ainda que, não raro, voltadas a velhos problemas.
Pois bem, no momento em que o “clube de oficiais” completa noventa e cinco anos de sua fundação, aproveito para destacar figura que, embora na “inatividade”, tem revelado que de fato é possível encarnar em uma mesma pessoa a vibração e ousadia do Aspirante, e a experiência e sensatez do Coronel.
Seja na incansável defesa do patrimônio histórico da Polícia Militar do RJ, seja na militância em prol da lavratura do termo circunstanciado e da preservação do Colégio da Força Pública, creio jamais ter visto Presidente com tamanha disposição para buscar, através da defesa de prerrogativas dos militares estaduais do RJ, bombeiros e policiais, o incremento de qualidade dos serviços prestados à população.
Hoje, tenho a honra de ser representado na Associação de Oficiais Militares do RJ pelo Sr Coronel (Aspirante) Carlos Fernando Ferreira Belo.
Postado por
Wanderby
às
13:12
0
comentários
23/09/2012
19/09/2012
Brasil diz não à ideia da ONU de pôr fim às Polícias Militares
Jamil Chade, com a colaboração de Bruno Paes Manso
Quarta, 19 de Setembro de 2012
Sob o argumento de que fere a Constituição, o Brasil rejeitou na terça-feira (18) proposta apresentada na Organização das Nações Unidas (ONU) para acabar com a Polícia Militar. De uma lista de 170 sobre políticas de direitos humanos, a recomendação foi a única negada. Para o Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares, houve um equívoco na interpretação do texto - uma compilação de sugestões de diferentes países, incorporadas pelas Nações Unidas. Segundo o documento entregue pelo Brasil, publicado na terça-feira (18) no site da ONU, Brasília rejeitou a ideia, da Dinamarca, para "trabalhar na direção de abolir o sistema separado de Polícia Militar".
Durante a reunião de maio em Genebra, diversos países europeus criticaram abertamente a violência usada pela Polícia Militar e apontaram a preocupação em relação aos números de mortes em operações. A resposta foi clara. "A recomendação não tem o apoio do Brasil, diante da Constituição, que prevê a existência de forças policiais militares e civis", indica o documento.
"Forças policiais civis são responsáveis pelo trabalho de polícia judiciária e pela investigação de ofensas criminais, salvo ofensas militares", explicou. "Forças policiais militares são responsáveis pelo policiamento ostensivo e pela preservação da ordem pública", completa.
O governo ainda indicou que estava adotando medidas para melhorar o controle sobre os policiais, como a criação de um ombudsman. Além disso, estariam treinando de forma permanente os policiais em termos de direitos humanos. Nos últimos anos, diversos organismos da ONU criticaram as mortes ocorridas no Brasil por parte das forças de ordem e apontaram o fenômeno como uma das principais violações de Direitos Humanos no País.
Realizado a cada quatro anos, o evento em que o documento foi apresentado serve para sabatinar Estados sobre políticas de direitos humanos e governos de todo o mundo apresentam recomendações em relação a questões como saúde, educação e a situação de minorias.
Na quinta-feira (20), após avaliação das sugestões, o governo brasileiro volta à tribuna do Conselho de Direitos Humanos para informar os membros sobre quais medidas foram aceitas. Em quatro anos, a ideia é que as propostas aceitas pelo Brasil acabem sendo reavaliadas pelos demais governos, que cobraram a aplicação das recomendações.
EQUÍVOCO. Para o Conselho Nacional do Comando de Comandantes-Gerais das Polícias Militares, o documento da ONU não sugeriu o fim das Polícias Militares. Na visão dos conselheiros, houve equívocos na tradução que levaram os brasileiros a acreditar que era pedido o fim da PM. "O que a Dinamarca sugeriu foram medidas para acabar com a violência extralegal praticada por grupos de extermínio", argumenta o coronel Atair Derner Filho, da PM de Santa Catarina e secretário-geral do Conselho.
O coronel afirma que a ONU, inclusive, usa o serviço de policiais militares brasileiros para treinar forças de segurança em países com instabilidade política, como Haiti e Timor Leste. "Como não houve recomendação para extinção da PM, no documento atual, ao qual tivemos acesso, de novo não localizamos esse debate", disse o coronel.
Fonte: O Estado de São Paulo
Postado por
Wanderby
às
19:21
0
comentários
29/08/2012
Até quando?
Jornal "O Malho" (1907)
BRETAS, Marcos Luiz. Ordem na cidade. O exercício cotidiano da autoridade policial no Rio de Janeiro (1907-1930). Rio de Janeiro: Rocco, 1997.
Postado por
Wanderby
às
08:30
0
comentários
25/08/2012
Assinar:
Postagens (Atom)