Chega a impressionar.
Não apenas a discrepância entre suas palavras e suas (não) ações, mas também a quantidade e a natureza dos erros - mesmo, ouso dizer, políticos - cometidos por Sérgio Cabral.
Fico em dúvida apenas se o problema está em sua "assessoria" ou em sua própria mente.
"VENDA DE TERRENO DE BATALHÃO NO LEBLON
Batalha entre governo e prefeitura
Segundo o Município, projeto restringe utilização de área do quartel apenas para fins militares
4/10/2007 02:08:00
Batalha entre governo e prefeitura Segundo o Município, projeto restringe utilização de área do quartel apenas para fins militares
Flávia Salme
Rio - A intenção do governador Sérgio Cabral de pôr à venda dois terrenos no Leblon pertencentes ao governo do estado — entre eles quase 90% dos 40 mil metros quadrados do 23º BPM (Leblon) — pode não se concretizar. O prefeito Cesar Maia afirma que o Decreto nº 6115/86, que instituiu o Projeto de Estruturação Urbana (PEU) do Leblon, inviabiliza a proposta de venda do terreno para a iniciativa privada: no local, só instalação militar.
O secretário municipal de Urbanismo, Augusto Ivan, explica que o artigo 11 não admite transformações no uso da área. - 'A lei é restritiva em relação ao terreno. Como no local funciona um Batalhão da PM, que sucedeu a ocupação do Exército, fica claro que é uma área de uso militar', atesta.
CONTRADIÇÃO
Em nota, a assessoria do Palácio Guanabara afirma que “a legislação municipal não pode obrigar o Estado a usar imóvel de sua propriedade para uma finalidade específica” e reforça que, além da inconstitucionalidade, há contradição nos argumentos. Segundo levantamento da Casa Civil, a própria Procuradoria-Geral do Município concordou com a modificação do uso do terreno há anos atrás. O parecer foi resposta a consulta da Prefeitura sobre a construção de hospital no lugar do 23º BPM.
O secretário Augusto Ivan foi taxativo: - 'Constitucionalmente, a ocupação do uso do solo é responsabilidade do Município'. Segundo Ivan, o governo estadual pode até vender o imóvel, mas terá dificuldades em aprovar e licenciar qualquer projeto para local. Ele afirmou, porém, que o governador Sérgio Cabral pode elaborar um projeto de lei para alterar a legislação, caso consiga aprovar o documento na Câmara de Vereadores. Cesar Maia demonstrou insatisfação com a idéia e garantiu que não quer saber de mudanças nas regras: - 'Nós não faremos (proposta para mudar o decreto)', afirmou.
Ação civil pública em estudo
A presidente da Câmara Comunitária do Leblon, Evelyn Rosenzweig, estuda a possibilidade de mover ação civil pública para barrar a construção de prédios em uma área de 35 mil metros quadrados do BPM do Leblon. - 'O governador quer dilapidar o patrimônio público e não sabemos a quem isso interessa. Vai haver um adensamento que o bairro não suporta. Ninguém nos chamou para discutir, isso cria uma expectativa negativa', reage.
O governo estadual espera arrecadar pelo menos R$ 220 milhões com a venda do terreno do Batalhão. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, defendeu a proposta, alegando que a unidade policial ficará com uma área ampla, de cinco mil metros quadrados. Em protesto, moradores do bairro organizam um abraço simbólico em torno do terreno do 23º BPM, dia 21. " (O Dia online - 04/10/07).
No "O Globo":
“Por causa do barulho, essa é uma parte menos valorizada do terreno”.
Regis Fichtner, Chefe do Gabinete Civil de Sérgio Cabral, justificando o local escolhido para a construção da nova sede do 23º Batalhão de Polícia Militar (ODia online, 03/10/07).
6 comentários:
Major Wanderby
Estou solicitando ao senhor a publicação da matéria publicada no JB.
Ela, por certo não segue na sua linha de pensamento que, com todo respeito, ainda não conseguiu romper certas barreiras impostas pela rígida formação militar e tecno-jurídica.
Mesmo assim, solicito publicação para reflexão do seu conteúo histórico-político por seus leitores, para análise dos contextos que promovem a mudança de paradigmas.
Pode ser um pouco complicado para o coronel Paul, e por isso preferi não publicá-la em seu blog.
Quanto ao senhor, embora considerando vossa compreensão diversa, amarrada à base conceitual que se dispõe, sei que irá entendê-la e isso é um grande passo.
Abaixo transcrevo a notícia:
"Polícia, mas como se fosse um Exército
Felipe Sáles
Com táticas de guerra e aparato militar, a Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) desbaratou no Morro Dona Marta, em Botafogo, dois paióis - que escondiam um arsenal de sete fuzis, três metralhadoras anti-aéreas e até um lançador de flechas - e apreendeu uma tonelada de maconha e 200 litros de loló naquele que foi o maior prejuízo causado ao tráfico de drogas este ano. Apenas cerca de 100 policiais participaram da operação, que contou com táticas utilizadas pelas Forças Armadas para invadir territórios inimigos. A troca de tiros e a explosão de granadas, por volta das 10h, assustou motoristas que passavam pelo Avenida São Clemente e deixou pelo menos uma escola fechada.
Por volta das 10h, cerca de 40 policiais da DRFA chegaram ao alto do Morro Dona Marta através da mata, próximo à Rua Oswaldo Seabra que liga a favela a Laranjeiras. Os policiais foram recebidos a tiros e granadas por um grupo de traficantes fortemente armados. Neste momento, o helicóptero sobrevoou a parte alta do morro e houve nova troca de tiros.
Com o confronto concentrado na parte alta do morro, o delegado da DRFA, Ronaldo de Oliveira, pediu o apoio do caveirão da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que chegou pela parte baixa do morro com cerca de 15 homens e outros 40 da DRFA . A ação pegou os bandidos no contra-pé e ocasionou na maior apreensão de armas e drogas deste ano. Toda a operação durou cerca de quatro horas.
Segundo Oliveira, as atenções do Comando Vermelho estavam voltadas para a favela Tabajaras, em Copacabana, devido a incursões constantes da Polícia Militar. Ainda de acordo com o delegado, a favela Santa Marta estava sendo usada como depósito de armas e drogas para abastecer outros morros comandados pela quadrilha. De Santa Marta saíam também as armas que eram emprestadas a outras favelas que necessitavam de reforço - como o próprio Tabajaras e o Complexo do Alemão.
- Fizemos um mapeamento da área e definimos quem entraria por onde e em quais momentos - explica Oliveira.
De acordo com o professor Ronaldo Leão, diretor do Núcleo de Estudos Estratégicos da UFF, os policiais usaram táticas de "progressão ordenada sob força", comuns em ações militares do Exército em favelas do Haiti, por exemplo. O objetivo, nesses casos, é sufocar as saídas do inimigo. Segundo Ronaldo de Oliveira, os bandidos arremessaram granadas do outro lado do morro com o objetivo de desviar os policiais para longe dos paióis.
Na Praça do Cantão, próximo à Escola de Samba Unidos do Santa Marta, na parte baixa do morro, os policiais encontraram sete bandidos que protegiam o paiol na localidade conhecida como Mina d'Água. Houve troca de tiros e os bandidos fugiram, mas Igor Vieira da Silva, 18 anos, que segundo a polícia era o gerente da boca-de-fumo, foi preso. Igor, no entanto, diz que era olheiro do tráfico. No subsolo de um barraco, próximo a um valão, a polícia encontrou uma tonelada de maconha, cinco galões de "cheirinho da loló", 50 peças de montar arma e duas mil munições. Até um arco com 16 flechas foi encontrado.
Na parte alta do morro, dentro da mata, os policiais encontraram mais um paiol de armas escondidos dentro de canos enterrados e cobertos com grama. No local estavam sete fuzis, dois alemães HK-G3, dois Fal 1.62, um AK-47, um AR-15 e um fuzil de precisão, além de duas metralhadoras .30 e uma .50 - capazes de perfurar caveirão, derrubar helicópteros e dividir um corpo ao meio a mais de dois quilômetros de distância.
Havia ainda oito pistolas, um revólver, um rifle de caça e dois bombas artesanais. Na parte alta, Marcelo Valdivino Sales, de 19 anos, foi preso depois de trocar tiros com a polícia. A Secretaria Municipal de Saúde informou que duas pessoas do Dona Marte deram entrada no Hospital Rocha Maia, mas a polícia nega a informação.
Por conta do tiroteio, a Escola Alemã Corcovado, na Rua São Clemente, suspendeu as aulas no turno da tarde. No Colégio Santo Inácio, as crianças foram impedidas de usar o pátio na hora do recreio durante a manhã devido ao tiroteio. Na British School, as crianças também não puderam usar o pátio durante a manhã".
[ 04/10/2007 ] 02:01
O LEILÃO DO 23 º BPM PODE SER UMA SOLUÇÃO VIÁVEL.
A EMPRESA QUE COMPRAR O TERRENO DEVERIA SE COMPROMETER A CONSTRUIR UM EDIFICIO COM 10 ANDARES E HELIPONTO.
E AO LADO DO EDIFICIO UMA PISCINA SEMI-OLIMPICA E UMA QUADRA POLIESPORTIVA COM PISTA DE CORRIDA.
ASSIM, OS ANDARES PODERIAM SER DISTRIBUIDOS DESSA FORMA:
1-TÉRREO/GUARDA
2-GARAGEM
3-GARAGEM
4-RANCHO/RUMB
5-CMT/SCMT/SL OP/P3
6-P1/P2/P4/P5
7-ALOJAMENTOS
8-AUDITÓRIOS
9-(A DEFINIR)
10-(ADEFINIR)
COBERTURA-HELIPONTO
UM APERFEIÇOAMENTO DO PROJETO DO 19º BPM, QUE FOI CONSTRUÍDO PELO METRÔ, APÓS A DEMOLIÇÃO DO ANTIGO BPM.
A PMERJ CONTARIA COM INSTALAÇÕES MODERNAS E CONFORTÁVEIS PARA SEUS PROFISSIONAIS E O HELIPONTO PODERIA PROVER APOIO-SOLO PARA OS HELICOPTEROS QUE OPOIAM AÇÕES POLICIAIS.
CONTARIA AINDA, COM INSTALAÇÕES PARA A PRÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUE PODERIAM FACILMENTE SERVIR DE GARAGEM PARA AS VIATURAS DAS OPM QUE APOIAM O REVEILLON, CARANAVAL E ETC.
É APENAS UMA IDÉIA, NÉ?!
EU, PESSOALMENTE, ACHO MELHOR QUE CONTINUAR TRABALHANDO NUM QUARTEL VELHO, DESCONFORTÁVEL, DE DISPENDIOSA MANUTENÇÃO. UM ELEFANTE BRANCO.
É SÓ UMA IDÉIA!
'LABOR OMNIA IMPROBUS VICIT'
PAU NESSES BANDIDOS QUE SÃO FINANCIADOS PELOS CHEIRADORES DA SOCIEDADE DA ZONA SUL,UM BANDO DE SAFADOS
Enquanto contam centavos para nos autorizar qualquer reajuste, sobra dinheiro para torrarem com cargos em comissão para apadrinhados:
Alerj aprova criação de 165 cargos em comissão no TJ
Plantão | Publicada em 04/10/2007 às 19h48m
O Globo
RIO - A Assembléia Legislativa do Rio aprovou, nesta quinta-feira, o projeto de lei 635/07, que prevê a criação de 165 cargos em comissão de direção e assistência intermediárias no Poder Judiciário. O projeto, que havia recebido sete emendas em votação na tarde de ontem, teve três acatadas pelo parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj. Todas foram aprovadas em plenário e incorporadas ao texto.
Segundo o presidente da CCJ, e líder do Governo na Casa, deputado Paulo Melo (PMDB), as demais emendas eram inconstitucionais ou representavam invasão de competência atribuída ao Judiciário. O projeto, de autoria do Judiciário, buscava assegurar o emprego dos funcionários que ocupam vagas criadas pela Resolução 03/01, do Tribunal de Justiça, que é alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal.
Por que em vez de vender o terreno do 23º BPM, não se faz um conjunto habitacional para a PM, e para de colocar conjuntos em Campo Grande, Baixada Fluminense, São Gonçalo e em outros lugares longe de tudo?
Po, conj habitacional para PM no Leblon? Ai que o morador da Z Sul morre de raiva...
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